sexta-feira, setembro 30, 2005

Pow!

Estava eu trabalhando feliz e contente quando o Windows XP mostrou todo o seu jeito de diva temperamental. Ficou lento, lento e... travou de vez.

Dei CTRL+ALT+DEL e saí fechando todas as janelas not responding do computador.
Quando estava quase terminando, um quadrinho surgiu:

"Adobe: ocorreu um erro de E/S. A conexão com o arquivo explodiu"

Hã????
Sério mesmo que, depois do travamento e dessa mensagem totalmente elucidativa (o que é, diabos, um erro de E/S???) os sistemas do meu micro ainda tiveram a manha de explodir?

Fui ler de novo:
"Adobe: ocorreu um erro de E/S. A conexão com o arquivo expirou"
Ah, tá.

Acho que é relativamente comum a gente ler as coisas trocadas de vez em quando, não?
Especialmente nos momentos loucos do fechamento :-)

Diálogos do banheiro

- Adorei esse corte novo, mas descobri que ele só fica bem com escova.
- Mas todo cabelo só fica bem com escova...

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- Aí ele me ligou e perguntou: posso ir praí então? E eu falei que podia, que ele tava convidado, que só trouxesse a cerveja.
- E ele foi?
- Foi, mas eu tô p*** com ele agora!!!
- Hum...
- Ele chegou no domingo, no meio da tarde, não trouxe cerveja, encheu a cara, comeu e ainda trouxe um outro cara e uma mulher que eu não sei quem é. E começou a se pegar com a mulher na minha casa!
- C******* ... E vocês se falaram depois disso?
- Ele me ligou hoje para me perguntar se eu estava chateada com ele

***********************************************

- Eu mandei ela desligar o celular. "Se você não quiser desligar o celular, pode até atender, mas se ele ligar você diz que não sabe onde está. E desliga na cara dele". Eu disse isso para ela.
(As portas de dois reservados se fecham)
- Esse cara não sabe o que quer não.
- Mas as coisas vão mudar, amiga. Vai mudar sim. Porque agora a gente está na Rede Globo.
- ...
- A gente é a Rede Globo, sabe como é? Quando ela quer, ela bota as pessoas para cima. E para baixo também.
- É nóis.

terça-feira, setembro 27, 2005

A M$ é balzaca!



Registro aqui o antes e o depois do bolinho que a Microsoft mandou para um monte de jornalistas em comemoração aos 30 anos de existência da M$. Pelo que andei vendo em outros blogs, como o da Cora, eles criaram versões regionais para o doce. Achei que o meu fosse uma cópia do carioca, mas depois que os meninos o atacaram ontem, vislumbrei uma criação brasiliense!

Acabou que eu nem senti o gosto do bolo porque pedi para os meninos (bem magrelinhos, os sortudos) cuidarem dele por mim. Achei que devorar um mimo desses depois de uma ultra-malhação como a de ontem seria, no mínimo, contraproducente, pra não dizer auto-sabotagem total!!!

(Ainda mais agora que já sei como funcionam uma lipo e uma mini-lipo, e... acho que é melhor me contentar com a boa e velha dupla dieta+ginástica. Afffff)

Mimosa 2

(Prefiro as fotos que tirei a essas do site, mas como só vi as vaquinhas expostas em Congonhas...)

Mimosa

Que fera eu estar em São Paulo a tempo de ver esses seres divertidos da Cow Parade! :-)

Acabei de descobrir nesse site aí de cima que a Mimosa que cliquei com o telefone se chama Cow Alegria. Fotografei mais duas (uma toda dourada, feita pelo Lino Villaventura. A outra era, digamos, uma tecnovaca), mas mandar fotomensagem é muuuuito caro.

Vi todas elas no aeroporto de Congonhas, antes de pegar o vôo da volta, louca pra chegar em casa...

domingo, setembro 25, 2005

Sede!


Como já tem uns dias que eu não mando nada para cá, vou postar nem que seja uma fotinho (uma imagem recente, é bom ressaltar). Essa moça fashion aí de cima costuma ser vista no Bar Brasília, lugar de chopp do bom e da melhor empada de camarão da face da terra. :-)

quinta-feira, setembro 22, 2005

Antes

Eu tinha ido ontem ao Congresso, mas acabei passando longe de CPIs e outros que-tais. Logo ontem, que seria um dia bom pra essas coisas. Craig Barrett, presidente do conselho da Intel, veio aqui dizer o que os brasileiros devem ou não devem fazer para se tornarem tecnologicamente competitivos. (Tenho desconfiança de quem vem de fora dizer o que é e o que não é para fazer, quase como se aquilo fosse um dogma. Mais ainda quando o setor privado vem dar pitaco no setor público. Posso estar errada, mas acho meio inversão de valores, de perspectivas. Mas até que ele deu umas opiniões legais, então valeu a pena).

Formando a mesa junto com o Craig, quem eu vejo? O presidente da comissão de ciência e tecnologia da Câmara. Que vem a ser... Jader Barbalho. Aquele mesmo que era senador e renunciou, acusado de corrupção no Banpará e na Sudam. Renascido no Congresso, ele agora posa de defensor do FUST, a verba que deveria ser usada em projetos de inclusão digital – mas, por enquanto, só faz alimentar o superávit primário.

Eu não acreditei. Jader, defensor do FUST, presidente da comissão de C&T. Questionado apenas por meia dúzia de gatos pingados (ops, setoristas de tecnologia), diferentemente do que aconteceu há uns três anos. Esse cara se comparou a Jesus Cristo. Renunciou, claro.

A gente se aproximou dele para perguntar mais sobre uma reunião que ele supostamente vai convocar, para a semana que vem, com parlamentares e ministros, para teoricamente cobrar uma utilização mais apropriada para os tais recursos. Não agüentei.

- E aí, deputado, tá com a vida mais tranqüila agora na comissão de C&T? Só essa turminha vindo fazer perguntas...
- Hã? (ele faz uma cara de foto da capa da Veja. Cumprimenta um assessor. Olha pra cima)
- A comissão tá bem longe desse furacão que a Câmara virou, né? Severino renunciando hoje, o senhor deve estar acompanhando...
- Tô... tô acompanhando. Huahuahuahuahuahuahuahuahuahua Hahahahahahahahahahahahahahaha Hehehehehehehehehehehe. Boa pergunta essa sua, hein? (e vazou, puxado por um assessor)

A risada do ex-senador não dava sinais de deboche. Antes: de alívio.
Moral da história: pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Depois

Fiquei muito contente com a saída do Severino da Câmara (embora eu preferisse um belo processo de cassação. Meu negócio é esse: sangue, cabeças e vísceras) porque achava esse homem absolutamente constrangedor (ai, que vergonha ele em Nova York, representando o parlamento do Brasil).
Mas ao mesmo tempo não me sai da cabeça o que minha mãe diz e repete: "eles" colocaram o Severino lá só para sacanear o Lula. Agora que o tiraram, vão encontrar um jeito de sacanear igual.
Guardadas as devidas proporções (não tenho mais esse amor total pelo presidente), acho que tem um bocado de verdade nisso aí.
E agora, hein?

sábado, setembro 17, 2005

A Vênus degolada

Ha! Adorei esse novo visual azulzinho, muito mais legal e fashion do que o rosa anterior. E, acho, as colunas de texto são um pouco mais amplas, o que também me agradou sobremaneira :-)

Acabei ficando com esse template do Blogger mesmo (igual, mas diferente), depois de umas tentativas em outros sites da web. Tinha visto um muito bonito neste site, mas não funcionou direito quando eu tentei aplicá-lo aqui. Era um template com o Nascimento da Vênus (do Botticelli) ao fundo, mas a barra azul do Blogger (aquela em que está escrito Next Blog e outros) degolou a minha Vênus. Sem contar que as palavras acentuadas ficaram todas estranhas. Droga...

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Se alguém conseguir responder, responda: como é que surgem esses comentários em formato de spam? É o próprio Blogger que desencadeia isso?

:-)

Para os que não agüentavam mais ver a página do The Times Picayune... volteiii. Não quero que esse blog morra de inanição, tadinho.

Estive fora esses dias, não foi nem por ausência de criatividade, foi por total falta de saco para escrever qualquer outra coisa que não tivesse a ver com CPIs e outros. Quando tudo acaba, não dá vontade de olhar para o computador, só pegar minhas coisas e ir embora.

Depois de ontem, quando descobri o que fazer com uns 150 e-mails que se avolumavam em minha Caixa de Entrada, acho que fiquei pronta para voltar para cá e para as outras bobagens deliciosas do mundo da internet.

Acho até que vou tentar colocar um template novo. Rosinha é até legal, mas mudar também não faz mal a ninguém.

terça-feira, setembro 06, 2005


Duas das melhores coisas que eu já li essa semana, as duas no NY Times:

* A história de resistência do pessoal do The Times-Picayune (um jornal bonitaço, como dá para ver na reprodução acima), tendo que fazer jornalismo sem computador, sem telefone, sem internet. E alguns sem saber onde estão os amigos, parentes, filhos, esposas e maridos. Nem numa hora dessas a gente pode deixar de lado essa diva temperamental que chamamos de notícia...

* As agruras da Vodafone, a operadora de telefonia celular mais loser do Japão e mais sacaneada pelos usuários. E foi por esses motivos que todos os coleguinhas da viagem da Ásia tiveram curiosidade de falar com os executivos de lá. Não rolou.

sábado, setembro 03, 2005

Esqueci de dizer

Que o texto abaixo é meu mesmo, não copiei de nenhum conto de "Mário Quintana" ou "Luís Fernando Veríssimo" ou "Arnaldo Jabor" – que existem aos montes pela internet :o)
Se ninguém se opor, eu vou publicar mais uns aqui. Beijos

Vermelho sangue

Os lírios, margaridas, gérberas e rosas que se avolumavam nos vasos do salão, formando arranjos que iam do amarelo ao rosa chá, não interessam à menina loirinha que vejo correr de um lado para o outro da festa, de vestido branco bufante e sandálias baixas. Está indócil.

Desde que viu a moça grande e adulta entrar na cerimônia – esta de vestido branco reto, com recorte que deixa ver as curvas dos ombros e do pescoço – não havia tirado os olhos daquele buquê pesado, meio arredondado, de rosas cor de sangue. Ficou horas buscando as flores com o olhar. Seguiu a noiva enquanto foi possível, as sandalinhas fazendo barulho no chão de pedra da mansão chique do Lago.

Ela tem quatro anos. É mais alta do que a média, ou sou eu que perdi definitivamente a noção da idade das pessoas? A menina é grande. Mas ainda está na idade em que as frases são literais. Brincadeiras, só as do parquinho e as debaixo do bloco – ou as do quintal da mansão, se a mamãe deixar. Nas palavras não: inadmissíveis. É uma criança grande. Quer buquê, mãe.

As palavras começaram a fazer sentido já no final da tarde, quando as moças adultas se juntaram no quintal, e não era para brincar.
– Vem aqui pegar o buquê, vem – a noiva chamou, doce, as convidadas já fervilhando atrás dela.
Era forte, essa noiva. Jogou as rosas vermelhas com tal impulso que elas foram parar no telhado da mansão. Corre gente de preto gritando, pegando escada, ajudando o outro a subir e a descer. Resgate cumprido. Sem ele, o ritual do bom matrimônio não segue em frente.

– Vem aqui pegar o buquê, vem – agora vai, pelo amor de deus, elas imploram.
A trajetória das flores faz lembrar aqueles gráficos de física dos estudos de balística do segundo grau. Elas saem das mãos da noiva, sobem, alcançam a altura máxima, descem com aceleração de 10 metros por segundo ao quadrado, desconsiderando a resistência do ar, é claro. Param na mão de uma loirinha. E ela há muito já passou dos quatro anos.

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhh – é o coro das mulheres
– Buéééééééééééééééééééééééééééé – a menina responde.

A partir dali, um abraço, não tem mais salvação. O chão de pedra caiu sob os pés calçados com sandalinhas. Os pais correm à cata de lírios, gérberas, margaridas, rosas cor de pêssego. Levam à guria. Nada feito. Os olhos denunciam. Os músculos da boca amolecem. Ela cruza o salão. Se agacha, esconde o rosto com as mãos. Desmonta. Explode. Fim de festa. Não adianta pegar essas flores dos arranjos, a gente já tentou, ela não quer – os pais advertem. Ela não quer. Esconde a cara na cintura da mãe.

A noiva se aproxima. Não sabe ainda se vai ser legal ou se deixa por isso mesmo, que negócio é esse de ficar fazendo todas as vontades de uma guriazinha assim, depois ela vira uma cocotinha chapinhada e mimada e ninguém sabe o porquê.
– Fiquei sabendo que tem uma mocinha muito triste aqui. É você?
– Éééééééééééééééééééééééé
– O que aconteceu?
– O bu-u-quê-êêê-êêê-êêê
– Mas eu faço um só para você, pego as flores aqui do vaso, ó, vai ficar lindo (ninguém avisou a noiva não??)
– Não queeeeero. Que-ro-o-ver-me-lho...
– Mas a minha irmã pegou o vermelho. A gente vai ter de ir lá perguntar se ela te dá. Só que ela nem vai querer falar se vir você assim chorando
– Tá bom, eu-vou-pa-rar-de-cho-raaaaar
– Isso, pára sim
– Eu quero, mas eu não consi-iiii-iiii-go – A menina respondeu, a boca já toda babada. Aiaiai se começar a chorar de novo. A gente te expulsa da festa, sem piedade e sem buquê.

As duas de branco andam até a varanda. Irmã gente boa. Tolerante. Negociação rápida. A festa volta. O buquê, que provavelmente tem rosas equivalentes a um quarto do peso de uma criança de quatro anos, está nas mãos de quem sempre deveria tê-lo recebido. A menina sai se rebolando. As sandalinhas cantam, de contentes que estão. Dá para adivinhar as palavras ditas ao papai: olha, olha, eu que peguei. E assim a coisa se repete. Ao papai, à mamãe, à titia, ao fotógrafo, aos músicos da banda, aos colegas de trabalho do noivo, à prima de segundo grau da noiva e até à vigia do banheiro, despertada de repente enquanto sonhava sentada em uma cadeira de plástico.

Ela se aproxima. Suspiro. Ela sentencia.
– Esse lugar onde você está não é para se sentar.
Se eu tivesse quatro anos, responderia:
– Seu buquê é ridículo. E você não manda em mim.
Mas como já passei da infância há mais de década, preferi o bom e velho e razoavelmente educado
– Hã?
– Isso não é um sofá. Nem uma cadeira. É uma cama.
– Ah, tá. Cadê o travesseirinho dela, então?
– Tá aqui, ó. Tem dois – ela aponta para duas almofadas em forma de cilindro, cada uma em uma ponta do móvel.
– Ah, tá. Mas eu tô de saia, se eu deitar todo mundo vai ver minha calcinha. Prefiro ficar sentada mesmo, você deixa? – Ela balança a cabeça, dizendo sim.
– Olha o que eu peguei. (Tava demorando a dizer isso)
– Legal. Gostei. Parabéns. – Eu sorrio. Um pouco de tolerância não faz mal a ninguém. Ela ri de volta.
– Agora eu vou me casar.
– Sua mãe já deixou?
– Já. E a sua?
– Também. Ela disse que eu posso porque eu já estou grande. Daqui a pouco podem até dizer que estou passando da hora. – Ela me olha com cara de interrogação.
– Agora vou encontrar um príncipe. Dá licença – As mulheres reclamam que não acham um marido, depois são as mais numerosas nas estatísticas de divórcio do IBGE porque descobrem que o gentil mancebo não é assim, um príncipe. Vai entender.
– Vai com fé – e os meus olhos já querem fechar, depois de um dia inteiro de festa. Minha cabeça caberia direitinho nas tais almofadas cilíndricas, mas minha mãe disse que dormir no casório dos outros é falta de educação.

Ainda vejo quando ela volta à mesa dos pais. Pegam bolsinha, carteira, chave do carro e buquê para ir embora.
O carro acelera na pista que vai dar na avenida principal do lago sul. O príncipe a espera ali, ao dobrar a rua, atrás das cercas vivas que protegem as mansões.

quinta-feira, setembro 01, 2005

?!

Tem picareta para tudo neste mundo!!!! Impressionante...

Ha!

E não é que, informalmente, acabei cumprindo minha "promessa" de só escrever de novo quando agosto acabasse?

Pois é. Setembro chegou aí, um mês novinho e reluzente, um calor da p*****.
As flores de ipê amarelo caem, os pássaros voam, os peixes nadam. Que felicidade.