Custei a acreditar no texto da faixinha branca (que normalmente existe nesse tipo de tattoo). Ao invés de "Jesus", "Mamãe" ou qualquer outra coisa do gênero, a criatura mandou escrever "Homem".
Sabe-se lá o que leva alguém a tatuar isso nas costas: se é para afirmar o que andam chamando por aí de orgulho hétero ou para poupar-se do trabalho de gravar na pele um nome masculino diferente a cada nova paixão -- o que deve doer pra burro.
Cada uno con sus cadaunadas, já diziam os espanhóis.
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Orgulho Hétero -- assim mesmo, com tudo em maiúsculas -- também é o nome de uma das oito redes de internet sem fio disponíveis nas redondezas de onde estou ficando.
A provocação parece ainda maior quando se leva em conta que a área é uma das mais frequentadas pelo público gay em São Paulo, num momento em que as histórias de agressões motivadas por homofobia têm ganhado um espaço tremendo na mídia.
Mas, independentemente do lugar e do noticiário, o fato de alguém batizar assim a própria rede só pode ser chamado de babaquice.
Ou de uma cadaunada sem a menor graça.
Ou de uma cadaunada sem a menor graça.