Há um tempo encasquetei que queria ler Philip Roth. Deve ser um pouco por conta da paixão absoluta que a minha ex-chefe tem por ele, um tanto pela entrevista que li com ele no dia em que viajei para a gringolândia e mais um bocado porque adorei Fatal, adaptação cinematográfica para O Animal Agonizante.
Daí que num aeroporto desses, bem no comecinho das férias, comprei American Pastoral, que, acredito, não foi editado ainda no Brasil, porque estou googlando direto aqui e não achei a tradução para o título.
O livro (que ganha as telas em 2011) conta a história de Seymour "Swede" Levov, veterano da escola onde o narrador estudou. Em síntese, o cara é um macho-alfa, alguém por quem todo mundo tem um carinho fora do normal. É bonito, inteligente, craque em todos os esportes, etc., etc.
Sei não, mas acho até que rola um componente gay no modo como o autor o descreve.
Levov tem uma vida fantástica quando jovem, mas descobre o quanto ela pode ser amarga nos anos seguintes. Mas isso o leitor só descobre quando já leu um monte de páginas, depois de:
1) Compartilhar essa adoração louca que todos têm pelo protagonista;
2) Descobrir como foi o encontro entre ele e o narrador quando ambos já estão velhinhos;
3) Saber, enfim, como era ser jovem e estudante no fim da Segunda Guerra.
Não cheguei na parte das agruras ainda porque estou lendo o livro muuuuuito devagar. Essencialmente, vou pegá-lo quando estou no avião. E avião, pra mim = sono. Eu apago, seja lendo um texto ótimo, seja vendo aquelas revistinhas de compras a bordo. Não abro o olho nem para colocar a poltrona na posição vertical.
E, com isso, perco toooooda aquela linguagem linda e rebuscada que o autor emprega. Ai, ai.
Daqui a pouco vou pegar o livro de novo. Hoje estou pilhada, com um monte de cafeína no sangue, e não sei a que horas vou cair nos braços quentinhos e acolchoados de Morfeu.
Até lá, Roth me parece uma ótima companhia. :o)
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