quarta-feira, agosto 18, 2010

Escritório

Brasília é o pó vermelho que gruda na sola do sapato, na barra da calça e até nos cabelos, se você der a sorte de ver esse barro todo fazer um redemoinho.

Eu só ando a pé porque a cidade tem carros demais e estacionamentos de menos, de modo que só há vagas livres a quilômetros de onde preciso estar.

Meu carro está sob a guarda de um flanelinha confortavelmente instalado numa cadeira de escritório no meio da rua.

Eu vou, volto e, na saída, ele espera que eu passe em seu guichê imaginário para deixar as minhas moedas. Como eu não passo lá e ele também não se levanta da cadeira giratória, ele fica sem dinheiro mesmo.

Que coisa, né? Será que agora os flanelinhas da cidade também vão virar burocratas?

4 comentários:

RC disse...

Concurso público para flanelinha já!

Mari Ceratti disse...

RC, vc não pode estar falando sério...
ps.: dá para imaginar o curso de formação???

homi disse...

olha que tem!

homi disse...

http://www.sedest.df.gov.br/003/00301015.asp?ttCD_CHAVE=103628