sexta-feira, maio 28, 2010

Coisas que não existem em New Orleans

Faz calor, muito calor em New Orleans. Um calor úmido, que deixa as pessoas envoltas numa película de suor e desafia qualquer escova.

Ainda assim, quase não existem sorveterias na cidade. Docerias, muitas. Lugar pra tomar sorvete, um ou outro. Não estou exagerando: andei a cidade quase toda a pé nos últimos dias e posso garantir.

Outra coisa que praticamente não existe na cidade é livraria. Contei exatamente três, uma delas no Aeroporto Louis Armstrong.

Fiquei imaginando como seria se um cara tipo o Jr. andasse por NO, uma vez que ele costuma ouvir vozes do além quando chega perto de livrarias.

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Em New Orleans, dizem, as vozes do além ecoam até hoje nos cemitérios e nas casas das pessoas muito ricas e muito excêntricas que viveram na região quando ela ainda era uma colônia.

Reza a lenda que elas faziam festas caríssimas e superexageradas. E, em muitas delas, escravos eram exibidos e usados como se fossem pets exóticos. Rolavam bebedeira, vodu, maus-tratos, o escambau a quatro.

Essas histórias são todas contadas em uns tours de coisas sobrenaturais oferecidas em qualquer agência de turismo. Mas, como já acho o mundo de hoje surreal o suficiente, preferi passar longe.

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Um passeio muito legal de contratar na cidade é o das plantations, que mostra como se vivia nas grandes fazendas de monocultura que a Louisiana teve por séculos.

Visitei duas: a Oak Alley e a Laura Plantation. A primeira tem um casarão maravilhoso no melhor estilo ... E o Vento Levou. A outra, por sua vez, é mais simples, mas sai na frente quando se fala na qualidade da informação passada pelos guias.

O Lonely Planet o escolheu como o melhor passeio histórico a ser feito nos EUA. Não sei se é o melhor, mas é realmente sensacional.

O engraçado é que por X dólares (esqueci o valor) você contrata o tour para uma plantation. Adicionando uma quantia ridícula (uns US$ 10), ganha-se o direito a visitar mais uma. Pelo jeito, a lógica do supersize me também se aplica ao turismo por aqui.

Um comentário:

Arthur H. Herdy disse...

Para conferir na telinha a morbidez da Louisiana, "A chave mestra", com Kate Hudson; "Coração satânico", com Bob De Niro; o não tão aterrorizante "O júri", com John Cusack e a série de TV "True blood".

;)