Sempre defendi que, a rigor, cantada boa é aquela que vem de quem você está a fim.
O resto corre automaticamente o risco de ser rebaixado à categoria de sub qualquer coisa, com todo o ridículo que faz parte do pacote.
Me ocorreu dizer isso porque sempre me lembro de duas amigas queridas e campeãs de receber uma modalidade peculiar de cantada. Não sei se isso ocorre em outras cidades... leitores de fora de Brasília, mandem-me o briefing, por favor. :o)
É o seguinte: quando saem para almoçar, às vezes recebem de desconhecidos uns cartões de visita corporativos com bilhetinhos atrás ("Notei como você está elegante hoje", por exemplo). A idéia fica clara. Se a menina gostar do comentário, retorna para o gentil mancebo.
O lance é que os cartões nunca são de lugares bobinhos. Quem deixa cartão na mesa é sempre analista de quelque chose em alguma instituição estatal de orçamento polpudo. Tem status. Ou quer parecer que tem.
Mais uma vez, a mensagem é óbvia: se você retornar a ligação para este número, encontrará um servidor público concursado -- de salário provavelmente inflado nos últimos oito anos --, estável e provedor.
Ou seja, praticamente um leão-macho-alfa nessa savana de prédios públicos modernistas, né?
Não que isso convença ou deslumbre as duas personagens principais desse post.
A mim também não convence...
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Outra amiga comentou ontem:
- Mari, toda vez que vou lanchar, um tiozão fica me secando. Ele é um velho babão e desproporcional, sabe? Deve ficar pensando que eu acho isso superlegal.
Até entendo que tiozões desproporcionais gostem de meninas formosas com um terço da idade deles. Mas continuo sem entender essa história nojenta das olhadas. Eu teria de voltar à vida velho e salivante para compreender. Argh.
O que me faz lembrar de outra coisa: os melhores olhares, aqueles que não incomodam nunca (não importa quão babões sejam) são sempre aqueles vindos de quem você está a fim.
Todo o resto implica num risco. Devo dizer: num grande risco.
- Mari, toda vez que vou lanchar, um tiozão fica me secando. Ele é um velho babão e desproporcional, sabe? Deve ficar pensando que eu acho isso superlegal.
Até entendo que tiozões desproporcionais gostem de meninas formosas com um terço da idade deles. Mas continuo sem entender essa história nojenta das olhadas. Eu teria de voltar à vida velho e salivante para compreender. Argh.
O que me faz lembrar de outra coisa: os melhores olhares, aqueles que não incomodam nunca (não importa quão babões sejam) são sempre aqueles vindos de quem você está a fim.
Todo o resto implica num risco. Devo dizer: num grande risco.
11 comentários:
Essa cantada desconhecia até então.
Jefhcardoso do
http://jefhcardoso.blogspot.com
Oi, sempre acompanho seu blog, adoro sua fotografias e a forma como vc descreve os lugares que vc visita.
Sou do interior de SC e qdo li esse post fiquei tentada a comentar.
Qdo eu morava em floripa, certa vez fui fiscal de um concurso para psicólogos da prefeitura. A sala praticamente só tinha mulheres, com excessão de um cara muito alto, forte e muito bonito (com cara de surfista) que acabava por destoar no meio de todo aquele mulherio. Não sou preconceituosa, mas pensei "deve ser gay". Qdo ele me devolveu a prova dele, me deixou um bilhete falando dos meus olhos com o telefone e nome dele. Liguei e tivemos um rolo fortíssimo por um looong loong time. ;)
Beijos
Com esse nível de cantada - "Notei como você está elegante hoje" - o sujeito está mais para conseguir uma vaga de redator da "Bárbara" (isso ainda existe?!) do que algo com a moça, hein...
Não tem nada como você dar uma encarada e soltar um sorriso pra uma mulher e ela... olhar e sorrir pra você. Ainda que após a terceira tentativa. :)
Jefh, pois é, isso existe.
Gente, essa história da Brunah arrasa. Escreva sempre, garota. :-)
RC, o que é "Bárbara"? Seria mais um livro da série Julia/Bianca/Sabrina?
Felipeeeee, you smart boy. hehehe
Beijos!
Mari,
Concordo que a melhor cantada vem de quem você está a fim. Ainda assim, creio que criatividade e bom humor podem salvar a memória da tentativa!
Olha essa...
Atravessava o eixo monumental ali na altura da Torre de TV. Usava um vestido preto, rodado, de tecido leve. Como ventava muito, segurei dos dois lados da saia para passar pela faixa.
Ao chegar ao fim da rua, eis que o motoboy clama:
--- Ah, moça, deixa o ventinho trabalhar.
Ri muito. E dou risada até hoje disto. Fazer o quê?
Sem dúvida: Cantada de quem não se está afim é a última coisa que se precisa...
É, acho que eram essas quatro! Digo acho porque, obviamente, nunca li! HAHA
Que idade tem essas duas "tãosi"? Mais de 15? Brasília é uma província mesmo!
Aqui não tem nenhuma "tãosi". Vc entrou no blog errado. rs
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