segunda-feira, dezembro 26, 2011
A minha Veneza
Veneza é uma cidade que -- como várias outras na Europa -- dá enormes mostras de todas as loucuras que o ser humano já fez para se proteger.
Em algum momento entre os séculos 5 e 6 d.C., quando se viram acuados pelos bárbaros, os então habitantes da região fizeram o quê? Refugiaram-se nas ilhotas (118, no total) de uma lagoa que desemboca no Mar Adriático, espremeram-se em todos os espaços possíveis e lá construíram um megaimpério marítimo.
(Uma enciclopédia conta bem melhor do que eu as coisas que vieram depois.)
Hoje, cada vez menos gente se anima a morar por lá: apenas 59 mil pessoas, contra os 175 mil registrados em 1951, segundo uma matéria que achei na web. Me passaram a impressão de ser gente de dinheiro antigo; muitos parecem estar só terminando de tocar os negócios da família ou esperando o imóvel valorizar satisfatoriamente para pegar as trouxas e ir embora.
É também uma turma difícil de interagir quando se está fora dos locais de maior fluxo turístico. Faz cara feia quando vê algum turista incauto (= Mari e cia.) chegar aos bares, restaurantes e sorveterias que, informalmente, são de uso "exclusivo" da população local.
Mais ou menos como se os turistas fossem os bárbaros modernos, de quem o atual povo do Vêneto se protege como pode.
Viajei para lá este ano e fotografei umas cenas do dia a dia (as turísticas vocês encontram nas boas publicações do ramo). Queria fazer uns posts para fechar o blog com dignidade (dramática! rsrsrs) e acho que vão ficar bacanas. Espero que gostem. Na próxima quarta tem mais.
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Um comentário:
Fecha, não... Deixa estar aí...
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