quinta-feira, julho 28, 2005

Pop Art


Esse é um prostíbulo de luxo no Brooklin, em São Paulo, chamado Café Gauguin.

Não fui (dã!), mas como estive num evento no Meliá, que é ali pertinho, não pude perder a oportunidade de fotografar essa fachada tão legal, tão pop art, tão nada-a-ver-com-o-Gauguin.

Não me preocupei nem em photoshopar o cartaz do concurso das coelhinhas da Playboy (cheio de mukissinhas vestindo orelhinhas cor-de-rosa).

Como não sabia se colocava aqui a versão preto e branco ou a colorida, mandei logo as duas. Espero que gostem...

Café Gauguin


Gente! Nem acreditei quando ouvi um doce som vindo debaixo de um carro, na garagem do meu bloco.

Eram miados! Descobri vários gatinhos perambulando por ali. Não sei como chegaram ali, se são de algum morador ou se simplesmente descobriram as portas abertas depois que algum carro passou. Simplesmente chegaram.

E agora ficam por baixo dos carros, provavelmente, porque lá é mais quentinho (são frias as noites nessa época do ano, principalmente aqui no Planalto Central).

Claro que eu, com meu jeito paparazzi, tive a tentação de sair correndo atrás (tal qual a Felícia, dos Tiny Toons) e fotografar os bichiiiiiiiiiiiiiiiiiinhos. E é claro que tomei uma espécie de toco, porque eles ficaram assustados.

Sempre preferi os cachorros, mas a convivência com várias pessoas, e a leitura quase diária da Cora, estão me fazndo gostar mais e mais dessas criaturinhas :-)

domingo, julho 24, 2005

Pára tudo!!!!

Fernanda Karina Sommagio vai posar para a Playboy por R$ 2 milhões!!!!!!!!! Como assim????

Será que essa mu-kis-sa merece isso tudo???
Se você visse vários caras em roupas civis, correndo armados atrás de você, qual seria a reação? Acho que a de qualquer pessoa seria a de sair correndo, pô! Não adianta, nessas horas, que alguém te peça para parar ou ficar quieto. Ninguém vai querer se expor ao risco de encarar uma arma – e de uma pessoa que se proponha a empunhá-la.
Fiquei muito chateada com essa história do eletricista brasileiro morto na Inglaterra. Ainda mais porque, pelo que ouvi e li, ele não teve a menor chance de se defender ou de sequer responder qualquer coisa sobre si mesmo.
Não sei nem se soube, ou se imaginou, o motivo pelo qual estava sendo perseguido – já que, segundo a família, ele estava legalmente no país...
Cara, que estupidez.
Descobri que uma das melhores sensações do mundo é a de dançar Highway to hell e Black Sabbath como se eu fosse um moleque de 16 anos! Hehe
:o)

Fugindo do flash da máquina do Felipe...

sábado, julho 23, 2005

Momento mulherzinha: roupas sem cabimento

Já faz um tempo que eu estou encucada porque não consigo fazer uma coisa boba, boba: comprar uma calça jeans que 1) vista direito; 2) não tenha essas coquetices de strass, rasgadinhos, desbotados, bichinhos, correntes, etc., etc.

Eu achei que fosse frescura minha, mas tenho ouvido algumas pessoas comentarem o mesmo. Tá inexplicavelmente difícil comprar jeans nos últimos tempos. Dá até preguiça de continuar procurando...

Ultimamente, saí à cata da tal da calça em milhares de lojas aqui em Brasília e fiquei intrigada: para que tipo de mulher esses estilistas estão desenhando as roupas? Tá na cara que é para mulheres muito magrelas, mas eu queria saber um pouco mais que isso. Queria saber o seguinte: quando eles desenham um modelo, que tamanho e formato de quadris, bundas, cinturas coxas e pernas eles imaginam? Em que tipo de corpo aquela peça deverá ter o caimento ideal?

Certamente, não é para o meu, nem para o de várias pessoas que conheço. Não sei nem se elas são feitas para brasileiras "normais". Pô, não sou uma mulher altíssima. Nem uma tampinha bunduda, tipo a Tantra, aquela personagem do Angeli (que eu amo). Nem enorme de gorda – talvez eu seja uma gordinha, mas não uma mulher enorme. Aí acontece o seguinte: os números 40 ficam enterrados nas pernas. Os 42 ficam tão largos que eu sei que se tornarão horrorosos caso eu mande apertar. *Suspiro*

Para quem quiser saber mais sobre as incongruências de tamanhos, tem também um editorial que a TPM fez sobre o assunto. Elas pegaram as calças de várias grifes e se deram conta de que "42" pode significar qualquer coisa – e não entrar nas mulheres de tamanho 42.

Isso é uma coisa. Outra chatice é essa febre de customização – palavra horrorosa, que define a "personalização" das peças de roupa. A idéia é mais ou menos assim: você veste um jeans com florzinhas de fuxico e sai na rua sabendo que sua roupa está diferente das demais. O problema é que, como todas as lojas apostaram na customização, agora todas as pessoas saem iguais na rua – com seus jeans de florzinhas, bichinhos, rasgadinhos, desbotados e por aí vai.

Aliás, para vestir jeans com cara de f*****, prefiro botar minhas calças velhinhas mesmo. E ainda economizo uns preciosos R$ 150/R$ 200, porque é o preço médio pelo qual estou encontrando essas cafonices no valoroso comércio da cidade.

(Não me lembro o motivo, mas comentei essa história com a Cora e ela me respondeu: "mas até hoje é assim em Brasília? Já era desse jeito quando eu morei lá. É porque há peruas demais...")

Já me falaram que na Taco tem jeans baratinho e sem frescuras. Deve ser a minha próxima incursão, ao longo dessa semana, assim que eu conseguir um diazinho de folga de plantão... E aí eu conto os resultados :-)

O quase-cofrinho de HH

Primeiro eu fui à CPI. Depois eu fui a Sampa. Agora estou de plantão.
Foi por causa de tudo isso que corri à beça essa semana, mas foi correria das boas.

Na condição de repórter "emprestável" (a que é "emprestada" às outras editorias quando uma bomba estoura), me chamaram para ajudar na cobertura do depoimento do Sílvio Pereira (o do Land Rover) na terça-feira.

Fiquei chocada não só com seus grosseiros erros de português – ele errou simplesmente TODAS as concordâncias e troca o L pelo R. Seu habeas corpus preventivo irritou todo mundo, a ponto de vários parlamentares já estarem se articulando para pedir que o Ministério Público solicite a prisão preventiva de outros que se utilizaram do mesmo recurso – Marcos Valério, claro.

"A prisão preventiva é uma das mais odiosas medidas judiciais que podem ocorrer, mas ela ocorre dentro de circunstâncias muito claras dentro do que o Código de Processo Penal anuncia, como quando o indivíduo obstrui a Justiça e destrói provas", disse o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (que eu gravei com meu Tamagotchi).

O curioso é que, por pouco, a "foto do dia" dos jornais do dia seguinte (quarta-feira), poderia ter sido bem diferente do clássico depoimento de Sílvio.

Durante uma pausa no depoimento do ex-secretário geral do PT, a gente viu uma das cenas mais assustadoras do dia. Uma moça não-identificada, sentada no fundo da plenária, arregalou os olhos, deu um grito gutural e caiu no chão. Avisaram que era um ataque epiléptico e veio todo mundo em cima da mulher, inclusive fotógrafos e cinegrafistas.

Heloísa Helena, que estava láááááá na frente, veio voando para socorrer a moça. Depois alguém me diria que HH é enfermeira, informação que ainda não consegui checar. A senadora se ajoelhou e começou a tentar evitar que a moça enrolasse a língua, etc., etc. Segundos depois, se dando conta de que estava sendo filmada o tempo todo, começou a fazer, com uma mão, o socorro. Com a outra, segurava o cós da calça, que era dessas de cintura baixinha. E eu fiquei torcendo para que a calça permanecesse em seu devido lugar.

Qualquer pessoa sabe que ter seu próprio "cofrinho" exposto (e registrado na mídia) é sinônimo de deboche certo. No caso de uma das mais radicais, mais amadas e odiadas parlamentares do Congresso, o temor é multiplicado por 10000000000000.

Porque é claro: se o maldito risquinho aparece, é certeza de primeira página em todos os jornais no dia seguinte. Já pensou? O mundo caindo, a banda podre do PT roubando e o povo só querendo saber do cofrinho da HH? Ia ser demais pro meu pobre coração.
Palhaçada...

segunda-feira, julho 18, 2005

Taí

Copiei o Noblat e vou dar o link para a transcrição da entrevista com o Lula. Está no site do Fantástico, se alguém quiser dar um CTRL+C, CTRL+V...

Ah, sim,

Esqueci de falar (outros falaram por mim, ainda bem! hehe) que a entrevista de Lula se amarrou direitinho com as que Marcos Valério e Delúbio Soares (porque me pediu uma canção pra ele...) deram no Jornal Nacional de sexta e sábado, respectivamente. É claro que a coisa cheira a armação.

Acabei de ler no Noblat os dados sobre a menina que fez a entrevista. Ei-los:

"Chama-se Melissa Monteiro a jornalista que entrevistou Lula na última sexta-feira. Ela foi aluna bolsista do colégio Universitas, em Santos, São Paulo. Ali, em 1993, se formou em segundo grau. Cursou faculdade no Brasil e na Europa (ainda não sei quais).

Acompanhou o correspondente internacional da Rede Globo Caco Barcellos na cobertura do atentado terrorista de 11 de março último em Madrid.

Encontrei essas informações no site www.universitas.g12.br/noticias

Melissa leva mais jeito de produtora free-lancer." (Ricardo Noblat)

Nos comentários do blog do Noblat, já tem uns 225 comentários que, entre outras coisas, descem o sarrafo na entrevistadora. Entre elas, o fato de a menina ter chamado o Lula de "você", exagerando na intimidade com o entrevistado. E os sorrisinhos dela, então? Os olhinhos fazendo blim-blim... fala sério...

Fru-fru

Que entrevistinha bem ruim essa do Lula ontem, no Fantástico.

Eu nem sei quanto tempo durou o papo de uma jornalista brasileira – cujo nome é desconhecido, e a única coisa que se sabe é que ela é de uma TV francesa. Mas em TV, cada segundo é precioso (uma matéria de jornal dura, no máximo, 1 minuto e meio). E foram muuuuuuitos os minutos gastos para que Lula finalmente abrisse a boca para um jornalista, coisa que há tempos ele não fazia. Minutos intermináveis.

Francamente: para ver o que eu vi, preferiria mil vezes ter assistido a uma propaganda partidária qualquer. Duda Mendonça não faria melhor.

Em meio à denúncias de mensalão, CPIs, parlamentares sem-noção (leia-se Roberto Jefferson, Rodrigo Maia et al), o que se esperava era que o presidente esclarecesse um pouquinho que fosse disso tudo. Mas não. A menina até perguntou de corrupção, mas a resposta teve um viés (claro) favorável ao governo. E parou por aí. Soltou vários "infelizmentes" ao falar dos problemas do PT, perguntou onde Lula se via em 2006, etc., etc. E as respostas não traziam nada que fosse realmente novo.

Lula somente chamou a atenção quando disse que "o PT é muito independente do governo e o governo federal é mais independente ainda do partido". Como se ninguém se lembrasse da enorme estrela vermelha "plantada" nos jardins do Palácio da Alvorada, do broche de estrela presente no terno de Lula no começo de sua administração (com ele, o presidente fez suas primeiras audiências internacionais)... como se ninguém lembrasse das críticas a respeito da mistura excessiva entre partido e governo. Ora, ora.

O que já ouvi hoje de manhã, e que outras pessoas devem comentar ao longo do dia, é o quanto essa jornalista desconhecida se revelou despreparada para entrevistar um presidente da república. Eu não sei se "despreparada" é uma boa definição, mas certamente ela estava deslumbrada com (oh!) conversar com o presidente do Brasil, com (oh!) fazer uma entrevista exclusiva com Lula, com (oh!) a possibilidade de exibir seu material na Rede Globo. Todo esse deslumbramento, por si só, já foi o suficiente para queimar o próprio nome diante de vários (não todos) os coleguinhas e de milhares de telespectadores.

Eu ainda estou incerta quanto ao "despreparo" (para usar uma palavra que ouvi no rádio agora cedo) da moça pelo seguinte: vamos imaginar que a orientação do chefe francês dela era a de fazer uma entrevista favorável, já que os franceses ovacionaram mesmo o Lula durante o período em que ele esteve lá. Hum... hipótese absurda... melhor descartar.

Melhor assim: vamos supor que ela até tinha umas perguntinhas decentes para fazer ao Lula, mas obviamente o partido (com a vocação autoritária que tem mostrado nos últimos tempos) tratou de censurá-las. Quer ter o privilégio de falar com o presidente? Então vai ter de conduzir o papo para o que o presidente quer dizer. E assim a história aconteceu.

Quando Glória Maria anunciou que "a Globo não teve nenhuma interferência na formulação das perguntas", estranhei. Mas depois aquilo me soou como um pedido de desculpas da emissora.

*suspiro*

sábado, julho 16, 2005

Eufemismos, metáforas, alusões

Dinheiro não contabilizado = Caixa dois

Musiquinha

Eu rolo de rir (sozinha) quando algumas pessoas lá no trab cantam uma corruptela / sátira daquela música Sandra, do Gilberto Gil (se vc acha que não conhece... conhece sim! O Netinho, da axé music, também gravou...):

"Delúbio Soares...
porque me pediu uma canção pra ele..."

Dãr! :-)
Eu vi no Pérolas das Assessorias de Imprensa, achei legal e vou reproduzir aqui o link para uma materinha que a Exame fez sobre alguns jargões do mundo corporativo... tipo "agregar valor", "soluções" e outras expressões que eu adoro odiar :-)

sexta-feira, julho 15, 2005

Pensamento lapidar

"Perto do dinheiro que a CPI ainda vai achar, o que encontraram na cueca daquele homem é pinto"
(do Renato Ferraz)

Çamta imguinorâmsia

Para que transformar o futebol em questão de vida ou morte, agredir, saquear e matar por causa da P***** de um time de futebol?
Eu sei que não são todos os São Paulinos (e torcedores do adversário) que concordam com as ações de uns poucos, mas é impossível não ficar indignada com a ignorância dessa gente.

Tutano mental

Não vamos ter mais padrão brasileiro de TV digital, disse o neo-ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele disse que não temos condições (financeiras, não intelectuais) de "recriar a roda".
Oh, Deus, finalmente um sinal de vida inteligente diante das burradas do governo...

quinta-feira, julho 14, 2005


Essa foto foi tirada no começo da semana por um colega aqui do trab, o Iano Andrade. Eu gostei... vou gostar mais ainda quando descobrir como usar o Photoshop para tirar esse "terceiro olho" que se instalou na minha testa :-)
L-i-n-d-o o template novo do blog da doce Elis Monteiro, d'O Globo, companheira das mil coletivas de informática por aí.
Quando eu crescer, quero ser igual a ela (e, claro, à Athina).

Daslu 2

Ah, não, não tô com paciência de analisar possíveis motivos políticos e ideológicos para que a prisão da Eliana Tranchesi se desse como se deu.

A sócia dela é mulher do Nizan Guanaes (publicitário do José Serra) e, portanto, isso é manobra do PT? Ou, então, o PT armou isso para desviar a atenção das CPIs e investigação do governo? Cada um acha uma coisa. Eu li vários (bons) textos com essas hipóteses no Primeira Leitura, no Gabeira, na Cora e acho meio apressado tirar qualquer conclusão a respeito disso agora.

Só acho o seguinte: a mulher fez coisa errada? Então investiguem-na dentro da legalidade. No jornal de hoje publicaram uma tabela com os preços que a Daslu declarava à Receita Federal e eles eram simplesmente ridículos (um vestido Gucci de R$ 4,3 mil foi declarado por R$ 11, por exemplo).

Não tinha nada contra o empreendedorismo de Tranchesi e companhia – não é crime ter uma ultra-mega-loja de produtos de luxo se o mercado tem demanda por algo assim (tudo bem, eu vou continuar achando tudo uma futilidade, mas tem gente que compra, fazer o quê? É podre que uma loja te passe a faca e não ofereça nem sequer um reservado para você experimentar as roupas, mas se tem gente que aceita isso.... também não vou considerar crime).

O inaceitável é sonegar tanto assim. Tudo bem que os impostos no Brasil são um acinte, mas não há o que justifique. Já que a mina está ganhando mesmo uma grana e ainda faz questão de arrotar o título de empreendedora-que-gera-emprego-e-renda-para-o-país...

Seja a moça da Daslu culpada ou inocente, só torço para que a Justiça aja corretamente, que estão todos muito cansados de verem o mal dar certo.

Em tempo: continuo botando a maior fé na Athina Onassis :-)

quarta-feira, julho 13, 2005

Quando um império se esfacela

Feliz é a ultra-mega-super-tri-milionária Athina Onassis, provavelmente a mulher mais rica do mundo: há uns anos, quando ela esteve em São Paulo, esteve na Daslu e deu uma esnobada básica. Não levou nada dali, nem uma sandalinha, nem um brochinho, nada, por achar tudo caro demais.

Acredito que, a essa hora, todas as dondocas que torraram seus cobres na Daslu devem estar arrancando os cabelos e rasgando as etiquetas de suas roupinhas. Nenhuma delas deve mais admitir ter comprado uma só peça na butique. E pensar que até ontem isso era um símbolo de ultra-mega-super-tri-status... Fora as mulheres de classe média que adquiriram, sei lá, uma calcinha em 10 prestações, só para dizer que tinham uma roupa da Daslu.

Não acho que essas minas (= Eliana Tranchesi e cia.) devam ser execradas somente pela futilidade (tudo bem, elas supostamente souberam ser empreendedoras, mas sempre a serviço de um mercado fútil), ou por dar cara, nome e símbolo à enorme desigualdade social que existe no Brasil. Deveriam ser detonadas também por sua enorme burrice.

Como é que alguém em sã consciência comercializa um vestido de R$ 5 mil e declara, na nota fiscal, que o produto vale apenas US$ 15 – e ainda acha que nunca vai ser pega? Só com muita falta de noção mesmo.

É como ouvi alguém dizer aqui na redação: quer fazer merda, pelo menos faça direito...

terça-feira, julho 12, 2005

Minha mãe tinha uma incrível máquina de escrever Remington, que eu nunca perguntei de quem ela tinha herdado, ou se era dela mesma. Era uma máquina antiga, cujas teclas ainda não apresentavam aspecto parecido com os atuais teclados de computador.

Elas eram meio duras, planas (a ponta do dedo cabia direitinho naquele formato redondo delas) e eram ligadas por uns cabos metálicos muito duros ao local onde ficavam o que eu chamo de tipos (aqueles bloquinhos de metal com a letra moldada). Funcionava assim: você digitava, a fita de cor (vermelha, preta ou azul, conforme a tonalidade desejada para o texto) ficava perto do metal e recebia o toque dos tipos das letras. Assim, letras, palavras e frases ficavam definitivamente impressas no papel.

Essa máquina ficou guardada durante muito tempo dentro de um dos armários lá de casa, em uma igualmente maravilhosa mala dura, meio arredondada, com fechos metálicos. Isso até o dia em que a descobri. Abri os fechos, coloquei a máquina em cima de uma mesa baixinha e fui ver se a coisa ainda funcionava. A resposta era sim.

E era divertido não só porque a gente podia fazer as letras coloridas, mas também porque com uma mesa baixinha, uma cadeira idem e uma máquina de escrever velha, dava para brincar de redação de jornal (hum...). De escritora. Do que viesse à mente, com direito à crises de tormento: se o texto estivesse uma droga, era só pegar o papel, teatralmente fazer uma bolinha e jogar no lixo ao lado. Não me lembro de algum dia a lixeira ter ficado cheia. E, claro, por causa da minha idade reduzida, nunca consegui reproduzir o ambiente típico das redações de ambiente (com seus cinzeiros cheios de tocos de cigarro).

Eu me lembrei disso tudo hoje porque a Fernanda (http://heteronima.blogspot.com) me perguntou quando foi mesmo que eu tinha decidido abraçar essa profissão maluca. Acho que foi nesse momento, embora a idéia de criar uma publicação inteira me desse um bocado de preguiça. E foi também nessa conversa que ela resgatou do fundo do baú uma invenção tão preciosa quanto as máquinas de escrever Remington:

***** os gravadores Meu Primeiro Gradiente! ******

"Minha mãe me deu um desses e achou que eu fosse fazer de conta que era uma cantora, uma Xuxa, sei lá. Mas o brinquedo só tinha três músicas - uma do Trem da Alegria, eu me lembro - e eu enjoei delas no segundo dia!", contou. Foi aí que a pequenina Fernanda se deu conta de que poderia haver uma utilidade muito mais divertida para o novo presente - para quem não se lembra, ele era um gravador enorme, de plástico vermelho e amarelo, com um vistoso microfone de fio (wireless é que não podia ser) acoplado a ele.

Claro, essa utilidade era sair futucando a vida dos outros, e ainda por cima deixar tudo gravado. Era fazer perguntas do tipo: quem é você? Onde você mora? Me conta da sua vida... e por aí vai. Já naquela época, dá para notar o quanto a gente já achava o máximo ficar apontando gravador e microfone para as caras alheias.

Quer dizer, a Fernanda efetivamente fez isso. Depois que ela me contou essa história, fiquei babando, porque em algum momento tive uma vontadinha de ter um Meu Primeiro Gradiente, mas acho também que devo ter tido necessidades mais urgentes. Sei lá, naquela época devo ter encontrado uma boneca, livro ou roupa que me fizesse mais feliz (ou temporariamente aplacasse a minha vontade) do que um Meu Primeiro Gradiente. Ou simplesmente chegou um momento em que me esqueci da existência do tal brinquedo. Ou não...

... Talvez isso explique o porquê de eu, rapidamente, ter descoberto e me apossado dos poderes dos gravadores (de verdade) dos meus pais.

(A Remington provavelmente foi jogada fora na mudança para Brasília, porque nunca mais a vi nos nossos armários)

$$$

Eu sei que essa frase está mais do que batida, já foi dita mil vezes, mas não resisto a repeti-la...
... Templo é dinheiro

segunda-feira, julho 11, 2005

República das bananas

* Caraca, esconder dinheiro na cueca foi o mico maior e mais grosseiro que alguém poderia ter pago nos últimos tempos. Claro, também foi (de longe) o mais nojento. Urgh!

* COMO ASSIM, a Telemar disse que não tinha como saber quem eram os sócios da Gamecorp?

* Enquanto isso, Lula prepara as malas para aproveitar do bom e do melhor na França, a convite do Chirac. Facinho assim, até nóis que semo otário currrrte, né não??

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Brrrrrrrr, que frrrrriiiio. Mas essa é também a época mais bonita do ano em Brasília (só faltam os ipês amarelos). Ontem tirei umas fotos alucinantes do céu no final da tarde, só falta transferir pra cá...

terça-feira, julho 05, 2005

Luxo


E a coisa mais linda que vi (pela TV) na SP Fashion Week? Foi o Lino Villaventura. Não conheço muito o trabalho dele fora da semana de moda, mas sei que ele gosta de criações muuuuuito femininas e sensuais. Não poderia ter sido diferente dessa vez.

Ou melhor, poderia: toda a feminilidade do mundo foi para as roupas-conceito que ele apresentou dessa vez. Para explicar melhor a idéia de roupa-conceito, basta dizer o seguinte: não é que as vitrines da loja dele vão mostrar essas mulheres de roupas larguíssimas e enfeites estranhos na cabeça. Ninguém vai ter de usar segunda pele toda estampada com um monte de panos, e ainda por cima ter de calçar tamanquinhos anabela.

As peças esquisitas servem, primeiramente, para chamar a atenção do pessoal que está assistindo ao desfile. Depois desse impacto inicial, é a hora de observar o que o estilista quer mostrar.

No caso da coleção do Villaventura, o que eu vi foi o seguinte: cores vivas e tecidos delicados (como cetim e seda) com todos os tipos de estampas fofas imagináveis. É claro que as pessoas podem usar os padrões misturados (conforme outros estilistas mostraram, além do Lino), mas também podem escolher uma cor só, ou duas, e juntá-las a um preto, marrom, jeans, etc., etc. Isso foi uma coisa.

Outro ponto bacana do desfile: vida longa aos bordados, paetês, canudinhos, miçangas! É inacreditável que, até um tempo atrás, a gente só via esse tipo de detalhe em uma ou outra peça nas lojas, principalmente as de modas indianas. Se bem feitos, deixam qualquer roupa mais chique, vistosa, feminina. É uma onda que deve durar pelo menos por mais um ano.

As roupas também mostram que a moda do próximo verão – pelo menos aquilo que a gente usa para trabalhar e sair à noite – está mais larguinho. Não entendi exatamente se ele propôs o retorno da saia balonê (meninas, aquela que a gente usava nos anos 80, urgh!). Mas a gente também não tem que vestir isso se não quisermos. Ainda temos as opções das calças folgadas, tanto as normais quanto as capri (que eu dispenso, obrigada), além das blusas, camisas e batas.

O legal é que essas peças um pouco mais soltas deixam todos os tipos de mulher mais elegantes – e não só as manequins varapaus. Não deixa de ser uma alternativa à moda brasileira convencional, que normalmente é curtíssima, justíssima e decotadíssima, como se todas as brasileiras quisessem ser assim o tempo todo.

Com modelos lindas, maquiagem perfeita e clima suave, Lino mostrou que sensualidade é possível mesmo que um monte de panos estejam cubrindo o corpo. Foi o meu preferido :-)

(Lembrando: as fotos deste e do post abaixo são do site oficial da São Paulo Fashion Week)

Lixo



Bom, eu não fui à Fashion Week, mas a SP Fashion Week veio até mim. Adoro TV a cabo! :-)
Não vi muita coisa, mas foi o suficiente para me fazer querer comentar aqui.

O desfile mais ridículo? O da V. ROM. Todos os jornais deram porque ele aconteceu no estádio do Pacaembu, porque nunca um desfile tinha sido feito em um estádio de futebol, os jogadores dos clubes foram assistir, algo inovador, etc., etc.

Para começar, o lugar não foi muito legal. Só quem pôde ver as roupas direito foram as pessoas que ficaram na primeira e segunda fileiras acima do lugar onde foi feita a passarela. Quem ficou abaixo dela teve de torcer o pescoço para conseguir assistir a tudo.

Quer dizer, não que as roupas valessem um possível torcicolo. A idéia era homenagear o futebol em seus primeiros tempos. Isso foi traduzido na forma de bermudas, calças bem leves, camisetas feitas no material dos uniformes esportivos, meias compridas, agasalhos e por aí vai.

Mas nada era muito usável. Rogério Hideki e Vitor Santos fizeram uns xadrezes ridículos, combinados com listras grandes (gigantes!), tudo meio sobreposto. Algumas calças ainda vinham com uma amarração ridícula na altura da cintura. Sei lá. Não consigo imaginar meus irmãos, namorado, pai, Felipe Campbell e meninos do jornal usando coisas assim.

E enquanto o negócio rolava, Christine Nicklas dizia que estava achando tudo "muito interessante"... hum, sei...

Indicação preciosa de site:

www.accuradio.com

Totalmente excelente!
:-)

segunda-feira, julho 04, 2005

Uia!!! Vou ficar famosa!!! :-)
Este blog agora é um dos links da página do brother, calouro de jornalismo e ultra-mestre-Jedi da informática, Luiz Henrique Quemel.
Clique aqui, ou na lista de links (abaixo, à direita) para conhecer melhor o trabalho desse cabra bom...

Ele era "o bom"

A babaquice de certas pessoas não pára de me surpreender. Estava chegando em casa ontem, bem na hora do Fantástico, quando eles mostraram a história da mina cuja transa com o namorado foi parar em milhões de sites da internet. Como peguei a matéria só no final, achei que fosse uma espécie de vingança do cara (o que já atingiria 9,9 pontos na escala de idiotice), mas depois me explicaram que foi mesmo o jeitinho que o indivíduo acho de mostrar que era o bom.

Resultado: a guria, arrasada, entrou em depressão, quer mudar de colégio, de estado, de país, etc., etc. Pelo menos ela diz ter consciência de que não fez nada de errado, mas é difícil segurar a onda assim o tempo todo.

Pelo menos fizeram um apelo (legal, por sinal) em nome da menina: uma história dessas poderia ter acontecido com sua amiga, com sua prima, irmã ou filha. Se expor qualquer uma dessas mulheres é uma indignidade, porque agir diferentemente diante do vídeo de qualquer outra menina?

Sobre o rapaz, o que se sabe é que está desaparecido, depois de (certamente) ter dado uma de bom entre amigos, colegas de escola, etc., etc.

Pessoalmente, acho que qualquer pessoa que faça isso merece passar por alguns métodos haitianos light de prestação de contas (já que cadeia por aqui só existe para os pobres e lascados, vide o caso Richtofen). Mas estou sentindo que, se o pegam, o cara não deve fazer mais do que dar umas cestas básicas e ficar no bem bom de novo. *Suspiro*