quinta-feira, dezembro 31, 2009

Alegria!

Galera,
Que em 2010, além de termos saúde e sorte, também possamos encontrar as respostas para as nossas perguntas.
Beijo! Mari

quarta-feira, dezembro 30, 2009

É hoje


Povo da minha terra: saiu hoje a edição que escrevi sobre Bogotá.
Comprem o jornal! ;-)
beijos

Como é bom ter zoom


Cara, nem acredito que consegui fazer essa foto. Rolou durante um aniversário de criança aqui em BSB. Tive que entoar aquele mantra básico (fica aí, fica aí, fica aí...) para que a bichinha permanecesse no galho enquanto clicava.

domingo, dezembro 27, 2009

Mangueiras (textinho brega pós-Natal)

Nesta época do ano, as mangueiras ficam carregadas de frutas.

Elas se penduram nos galhos como se fossem enfeites de uma árvore.

Desde o dia em que reparei nisso, passei a preferir as mangueiras a qualquer árvore de Natal. Especialmente quando os moradores daqui deixam as mangas amadurecerem em paz, até ficarem vermelhas e caírem sozinhas no chão.

Quem nunca veio a Brasília talvez não saiba que o povo daqui adora derrubar as frutas quando elas ainda estão verdes. A ideia é comê-las com sal -- já que o ingrediente seria capaz de neutralizar a acidez da manga verde.

Então, fica aquele bando de gente armada de cabos enormes (de vassoura e de outros tipos) tentando puxar as manguinhas dos galhos. Isso quando não ficam balançando a árvore loucamente.

Ora, seria muito mais fácil esperar até a manga ficar madura para aí sim comê-la. E o cabra ainda economizaria vários reais em sal.

* Suspiro *

Daí, um dia desses, dirigindo perto da Catedral, num lugar cujo endereço não consigo nem chutar (coisas de Brasília, de novo), passei por uma mangueira intacta, com frutas absurdamente vermelhas. Primeiro, a elegi como minha árvore de fim de ano preferida. Depois, morri de inveja de quem fosse rústico o suficiente para ir catar as mangas.

Porque esse negócio de sair de casa com cabo de vassoura e lata (pra guardar as frutas) e procurar um lugar estranho pra estacionar num endereço x é zero a minha cara. Prefiro um mercadinho bem urbanóide.

domingo, dezembro 20, 2009

Cinto amarelo & outros micos

Daí que 2009 acabou, a época de amigos ocultos chegou e eu, milagrosamente, consegui não entrar em nenhum este ano.

Quer dizer, as gurias da escola tentaram organizar um, mas depois achou-se por bem só promovermos um encontro coletivo mesmo. E o pessoal do trabalho teve a mesma boa idéia.

Melhor assim, porque trabalhei igual a uma mula este ano e não tive tempo de comprar nada pra ninguém ainda. E porque tenho a tendência de me ferrar em amigos ocultos. Talvez alguns de vocês compartilhem essa sorte.

Saquei isso quando, na segunda série, ganhei um cinto amarelo do meu amigo oculto. Eu, que não uso cinto e só visto amarelo mediante muitos dinheiros (euros, de preferência).

As coisas ficaram melhores na adolescência, quando algum sábio da humanidade resolveu instituir a lista do que cada pessoa quer e não quer ganhar. Aí é fácil acertar: eu sempre gostei de ganhar agendas (na época em que meninas no Brasil faziam agendas), livros, discos, essas coisas. Podia até ser um vale-CD, não me importa que isso seja pouco pessoal. Depois, outro inventou o de R$ 1,99, bizarro, porém divertido.

Então, um metido a sábio resolveu que esse negócio de lista de quero/não quero é muito chato e previsível. E resolveu criar sandices como o amigo oculto em que você tem que "roubar" o presente da outra pessoa. Ou aquele em que os nomes são todos sorteados na hora.

Numas dessas, já ganhei um monte de produtos com cheiros diversos (não uso) e/ou engordativos (fujo).

De modo que, acho, não perco muito ficando de fora dessas coisas e só aproveitando os encontros de fim de ano para ver quem eu gosto.

Se um dia, alguém quiser retomar o esquema de lista de desejos, eu topo. Na minha, vão entrar uns carrinhos tipo o Mini Cooper (rsrsrs), uma passagem de avião no esquema volta-ao-mundo (mais risos), um vale-makeover e um monte de livros. Aí, eu vou ser a primeira a entrar no jogo.

Em tempo: acho que vou me dar um tripé de presente de Natal.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

A vida é dura, mano

Meu povo, tô trabalhando loucamente neste fim de ano -- de modo que não vou conseguir fazer muitos posts grandes.

Por ora, deixo aqui dois cachorrinhos bogotanos para ver se a audiência se diverte. ;-)

Vi os bichinhos em Usaquén, bairro onde rola um mercado das pulgas superlegal aos domingos.

Aliás, pulgas, cachorros... vontade de fazer um trocadilho infame...

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Post extraordinário no meio do dia

Só para eu dizer o quanto eu amo o Kings of Leon.
Amo mesmo.

Os labradores de Bogotá

(Eu tenho contado tanto essa história que, para não ficar me repetindo por muito tempo, prefiro registrá-la logo aqui.)

Atenção, fãs de labradores fofos: Bogotá é uma cidade cheia deles.

Há tantos, e de tão diversos tamanhos, que eu pirei. Adoro. Mas eles não estão lá somente para serem lindos: também servem para ajudar no combate às drogas, já que são facilmente treináveis e têm um olfato muito desenvolvido.

Os cachorros podem ser encontrados em prédios e empresas de todos os tipos. Havia uma “equipe” de cães no hotel onde fiquei, por exemplo – e digo “equipe” porque eles se revezam e cumprem horário (agora me esqueci quanto dura o turno). Um deles ilustra as fotos deste post.

E eles são também protagonistas de um rito pelo qual todo mundo passa ao sair do país. É estranho, mas necessário, considerando-se o drama todo que a Colômbia viveu nas últimas décadas.

O rito

Funciona mais ou menos assim: depois fazer check-in e de passar pelo raio-x e pela imigração, os passageiros deixam no chão, uma a uma, as bagagens de mão numa fila. Todas têm que ficar bem unidas umas às outras.

Quando todo mundo terminou de colocar a bagagem no chão, tem que se afastar (calculei um metro de distância) das malas. Nesse momento, vêm dois oficiais do Exército. Um segura o labrador pela coleira. O outro chega perto das malas sacudindo devagar e perto delas uma coisa parecida com uma toalha branca enrolada. Depois de fazer uns sons e dizer umas instruções para o bicho, o homem da toalha grita:

-- Suuuup!

Nesse momento, o cachorro vem a mil por hora, seco para farejar as bagagens. Inspeciona uma por uma, canto por canto. Depois que o bicho já seguiu um pouco em frente, o oficial sacode a toalha perto de outras malas e continua:

-- Suuuup!

O labrador fareja, fareja e fareja. Dá a volta para cheirar o outro lado das malas. O clima no ar é tenso. Pela última vez, o cara de verde diz:

-- Suuuup!

Quando chega perto do fim, o cachorrinho preto (com uma mancha branca no peito) invoca com uma sacola azul-escura. Cheira. Cheira de novo. Cheira mais uma vez. Dá uma cavadinha. Mas não chega a latir como quem encontrasse porcaria. Só fareja as últimas bagagens, ganha um carinho e vai embora.

O oficial da toalha recolhe a mala de que o doggy suspeitou e libera os donos das demais para seguir para os respectivos portões de embarque. Eu fui adiante, sem querer imaginar se o dono da sacola azul conseguiu seguir viagem ou se ficou por lá mesmo.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Hoje eu acordei...

Tem uma passagem bem divertida que rolou na minha mudança de casa, na semana passada.
(Sim, mudei de casa).

Naquela quinta de manhã, o chefe da equipe dos carregadores chegou pra trabalhar na maior pilha:
- Hoje eu acordei apaixonaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado! - anunciou. Como as paredes no meu ex-bloco eram feitas de papel vegetal, acredito que todo mundo tenha ouvido.

Aí, ele passou o resto do dia cantando, feliz da vida. Insistiu particularmente naquela música do Roberto Carlos que diz assim:
- Daqui pra frente, tudo vai ser diferente...

Que, por sinal, era uma música adequadíssima pra quem estava de malas e caixas prontas.

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Natal no shopping, oh, que meigo

Do ponto de vista técnico, essa foto é bem mais ou menos (tremida, tirada com pressa, cocoruto de um tiozinho aparecendo no canto do enquadramento, etc.). Mas eu me amarro nela assim mesmo! Adoro a dançarina de shopping vestida de criança, a criança vestida de dançarina de shopping... e, pelamordedeus, o que é esse Papai Noel futurista com cara de saco cheio???

Imagem feita em Bogotá, claro :-) , acho que no shopping Centro Andino.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

No avião

O comandante, muito sério, comunica as informações do voo para os passageiros:

- Boa noite, senhores passageiros. Estamos voando a XX metros de altitude, com velocidade de YY quilômetros por hora... temperatura lá fora de -ZZºC... em Brasília, chuva, etc., etc....

Parecia um anúncio bem normal.

- E, para aqueles que pediram informações sobre a final do Campeonato Brasileiro, gostaria de dizer: o Flamengo venceu o Grêmio por 2 x 1 e... UUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUHHHHHHHHHHHHHHHHHH UAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!! MENGÃO CAMPEÃO!!!!!!!!!!

Tipo assim, out of control. Mas ele voltou ao normal no segundo seguinte.

- Bom, são as informações que temos para o momento. Por sua atenção, obrigado.

(História contada pelo maridón)

domingo, dezembro 06, 2009

Lhaminha peluda


Encontrei-a na base do Cerro de Monserrate, que é o ponto mais alto de Bogotá. Logo intuí que os tiozinhos deveriam permitir fotos com o bicho mediante o pagamento de vááááários pesos colombianos. Como sou fotomaníaca e algo pão dura, usei o zoom de 10x da máquina para tentar a imagem.

Depois, alguém que passou por perto da bichinha me disse que ela tem um superbafo. Argh.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Cenas bogotanas - 2


Sábado passado, no dia seguinte ao da minha chegada, Bogotá acendeu as luzes de Natal e ficou muito linda. Esse caminho fica na chamada Zona T, que é uma espécie de calçadão cheio de lojas de moda, cafés e shoppings.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Cenas bogotanas - 1

O Exército está espalhado por Bogotá inteira e é um dos responsáveis pela impressão de segurança que se tem quando se anda pela cidade.

O curioso é que os meninos, em geral, só têm farda: tamanho, que é bom, nada... hehehe. Mas dizem que os baixinhos são os mais invocados, né?

Esses foram clicados no bairro de Usaquén, onde rola um mercado das pulgas muito legal aos domingos.

Amanhã tem mais Colômbia!

terça-feira, dezembro 01, 2009

Trilha sonora bogotana

Quando viajo, sempre dá vontade de fazer um CD -- ou uma lista, que seja -- das músicas que fizeram parte da jornada. Como sou megaenrolona às vezes, não faço uma coisa nem outra. Mas agora vai ser diferente: quero compartilhar o som que rolou nos fones de ouvido, na rua e na noite nos três dias que passei longe.

Tem muita coisa bagaceira, mas a vida da gente não é composta só de referências incríveis, sofisticadas e supercool, né não?

No Youtube tem os vídeos. Se der tempo, eu coloco link a link das músicas, mas agora não vou poder. ;-)

1. Crash Into Me - Dave Matthews Band
2. Yolanda - Pablo Milanés
3. El Latido de Mi Corazón - Tati
4. Human - The Killers
5. Viva la Vida - Coldplay
6. Llamado de Emergencia - Daddy Yankee
7. Miracle - Fragma
8. My Friend - Groove Armada. Aliás, é minha música de todo fim de viagem.

Updates:
1) Como poderia me esquecer de Vivir Sin Aire, do Maná, a mais linda das músicas cafonas (ou vice-versa, hehe)?
2) Só faltou ouvir Shakira!

domingo, novembro 29, 2009

Ay, que no quiero irme

Galera, um último post antes de voltar de Bogotá para o Brasil.

A publicidade do orgao de turismo daqui diz que o nosso unico risco eh o de nao querer ir embora, e isso eh muito verdade.

Fui para uma balada fera ontem! Se chama Andres Carne de Res e é um lugar cuja decoracao mereceu um milhao de fotos. Superanimado e tal. Os colombianos tem uma relacao muito apaixonada com a música daqui e eh muito facil perceber quando determinada cancao eh a cancao da vida deles.

Descobri ontem que dancar ritmos latinos em geral eh facinho. Basta tomar um mojito. Alias, o pior mojito daqui eh mais gostoso do que qualquer um que eu ja tenha tomado em Brasília.

Agora vou nessa, que eh hora de ir pro aeroporto. Beijo!

sábado, novembro 28, 2009

¡Espetáculo!

Gente, o post vai sem alguns acentos porque estou longe de casa!

Vim ontem para Bogotá e fico até amanha a noite. Por mim, ficaria bem mais, porque há um tempao que estou querendo conhecer a Colombia.

Bogotá é superfofa, cheia de predinhos de tijolo aparente com janeloes de vidro, grafites e labradores na rua -- sao os cachorros usados pela polícia e pelas empresas de seguranca privada para eventualmente descobrir drogas em carros e/ou pessoas.

Ontem fui a uma balada com música muito engracada, parecida com sertanejo universitário, só que em español, hehehe.

Depois eu conto mais.

Bjo!

terça-feira, novembro 24, 2009

Na fila para comprar chocolate

Um cara enorme e outro menorzinho, ambos de meia idade, estão na minha frente na fila do caixa da chocolateria. Conversam enquanto esperam o troco:
- ...Só tenho notas azuis na carteira - diz o grandão em voz alta.
- É, eu também - responde o outro.
Os dois se entreolham como quem dissesse: "Somos machos alfa".
(Babacas)

Na saída, um grupo de senhorinhas conversa animadamente.
- Eu como sem culpa! Sem culpa mesmo! Dá trabalho manter esse corpitcho! - diz a mais cheinha delas, fazendo uma espécie de dancinha em frente ao balcão.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Deixa eu aproveitar...

... que o Mahmoud Ahmadinejad -- aquele presidente que defende a ausência total de gays no Irã -- está aqui em Brasília para eu contar um negócio que vi lá no Rio.

Quem já foi à praia lá deve ter visto que há sempre uns aviõezinhos voando e carregando faixas com diferentes mensagens (propagandas, recadinhos de amor, etc.).

Pues, no dia em que fui à praia em Ipanema, perto do Posto 9 (onde, dizem, é o ponto preferido dos gays), um aviãozinho com uma faixa toda colorida de arco-íris sobrevoou a orla transmitindo a seguinte mensagem:

"Ahmadinejad, o Rio te beija!".

Coisa de carioca, né? Se eu disser que dei uma risadinha, estarei sendo discreta.

Ah, isso foi no mesmo dia em que vi a galera cantando funk pro mar e corri de um pseudoarrastão (mas depois conto essa história).

quinta-feira, novembro 19, 2009

Isso não é uma obra de arte

Essa foto eu tirei por achar que a posição do homem dormindo lembrava a do Cristo nesses quadros/esculturas da Pietà (e nem tem muito a ver, no fim das contas). As colunas são a do Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.

PS.: tentar ver beleza na miséria não é bem a minha praia.

P.S.: tentar ver beleza na miséria não é a minha praia.

terça-feira, novembro 17, 2009

Cenas praianas


Eu tinha conseguido ultrapassar a massa humana que sempre se forma na beira do mar quando é fim de semana e faz calor no Rio de Janeiro (ainda mais em Ipanema). Fui nadando até o fundo e fiquei por ali mesmo -- a água é mais calma e quase ninguém vai lá.

Sem contar que o fundo do mar dá uma visão privilegiada da praia.

A gente vê ush prédiush, a gente vê geral (só para usar uma gíria local, hehe) e ainda umas cenas de comédia que rolam lá na beirinha.

Havia, por exemplo, uns 20 meninos (todos pós-adolescentes) que faziam o seguinte coro toda vez que uma onda se aproximava:

- Aêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê!!!!!!! Vem! Vem! Vem! Vem! Vem! Vem! Vem! Vem! Vem!

E aí ou mergulhavam ou tomavam caixote.

Nos intervalos, ainda cantavam uns funkzinhos sujos cujas letras não posso reproduzir aqui porque: 1) eram realmente sujos; 2) não me lembro dos versos.

Tem noção do que é ver isso?

Lá do meio do mar, eu dava gargalhadas sozinha!

segunda-feira, novembro 16, 2009

Uma nova utilidade para o esparadrapo

Uma coisa é você ler sobre um determinado fenômeno ou comportamento. Outra completamente diferente é vê-los acontecendo na sua frente.

Não me lembro onde foi que li -- pode ter sido na coluna do Joaquim Ferreira dos Santos, n'O Globo -- sobre um estranho hábito de algumas moças do Rio de Janeiro. Quando estão na praia e tomam sol de biquíni, elas colam dois esparadrapos, um de cada lado do corpo, da virilha até o outro lado, na bunda, passando perto da cintura (eca, isso ficou meio mal escrito).

A ideia é a seguinte: fazer parecer que elas tomaram sol com um mega-maxi-biquíni em estilo fio dental e ficaram com marquinhas sexies. As tais marcas aparecerão por cima das calças, dos shorts e das saias de cintura baixa que elas usarão na balada, à noite.

Não sei quem inventou isso nem quem se amarra nesse tipo de coisa -- brasileiro, gringo, sei lá. Mas, se tem gente fazendo, é porque há fãs do negócio.

Então... fui à praia em Ipanema e eis que havia na minha frente uma morena de cabelos curtos, muito bronzeada e muito, muito magra. Tomava sol de biquíni azul-escuro com uma calcinha bem normal (grande, até) e, por cima, os tais dos dois esparadrapos para fingir marca de fio-dental.

Pois eu fiquei na praia a tarde toda -- sem esparadrapo e embaixo do guarda-sol, claro -- e a mulher resistiu bravamente ao sol de 40ºC que batia direto no cocoruto e no lombo marcado de esparadrapos.

Não tirei foto porque esse negócio de levar câmera para a praia no Rio é superarriscado.

Sabe-se lá como fica a combinação marca de biquíni grande + marca de esparadrapo. Não deve ser bonito, mas isso também não é problema meu, né? ;-)

Posso estar falando uma grande bobagem, mas provavelmente ela iria posar de morena carioca exótica mais tarde. Sempre há quem goste.

domingo, novembro 15, 2009

Tentativa de crítica

Vi a dica do restaurante asiático Pan Doo n'O Melhor e o Pior de BSB, resolvi visitar o lugar e escrever uma opinião direitinha sobre o que achei.

(Ainda mais porque agora eu me autoliberei para falar quando quiser dos lugares daqui!)

Em termos de decoração, uma graça. O lugar tem mesas de madeira chiques, um monte de máscaras asiáticas e vários detalhes em cor de laranja. Se de dia é legal, imagine durante a noite.

Não sei se pelo pouco tempo de existência, pelo horário ou pela falta de divulgação, o lugar estava meio vazio. Além da nossa (Mari + Senhor Meu Marido) mesa, havia só mais uma. Isso facilitou super o atendimento, bem simpático, por sinal, embora o menino desse mostras de pouca experiência no serviço.

Também não sei se com mais gente o dono bota mais garçons para trabalhar ou deixa um só. Se deixar um só, eu tenho medo, porque o negócio vai empacar, lógico!

Trilha sonora: palha. Pô, eu gosto da Nova Brasil FM, mas para ouvir no carro. Se não é para tocar música típica dos países contemplados no cardápio, que coloquem pelo menos um lounge (coisa que o Buddha Bar popularizou e de quem todo mundo foi atrás)!

O cardápio é superamplo e se permite toques brasileiros no uso dos ingredientes, o que dá direito de escolha a todo mundo. Mas eu fico braba quando eu vejo que um terço das opções está em falta. E, pior, o meu cardápio e o do SMM estavam com um monte de marcações diferentes -- que ajudavam o aprendiz de garçom a ver o que está ou não disponível, mas passavam ao mesmo tempo uma impressão péééssima do lugar! Havia estrelinhas, asteriscos, setas, letras n com um til em cima e por aí vai. Não pode, não pode, não pode! O dono tem que assumir o tamanho do cardápio que elaborou, ora. ;-)

Não havia, por exemplo, o temaki de pato pequim, uma das opções de entrada. Mas havia um dim sum de caranguejo com molho agridoce/apimentado muito xuxuzinho. Ponto pros caras!

Para mim, pedi um prato cujo nome me esqueci (sorry), mas que basicamente consistia numa yakissoba bem servida à beça, com filé, vegetais e uns cogumelos picados grandes. Curti. SMM escolheu um arroz frito de mariscos que, quando veio, tinha a apresentação igualzinha à de uma paella. E ficou se perguntando se não estava num restaurante de inspiração asiática. Afe!!!

Não rolou sobremesa, mas ela também não parece ser grandes coisas.

Os preços estão dentro da média de Brasília. E ligeiramente mais baixos que o do Naan, aonde eu só vou quando o dono promove festivais temáticos (em outra época não dá, é tudo carésimo).

Último comentário: dono do Pan Doo, se o senhor for leitor deste blog, por favor, tire das nossas vistas a geladeirinha que fica no andar de cima. Ela é tosca! Hehe. E garanta que todos os pratos do cardápio possam ser de fato servidos pela casa! Agradecemos antecipadamente.

Bom, como o blog da Lulupeters + Nina + cia. serviu de inspiração para o post, faz sentido terminar como as companheiras blogueiras fazem...

Nota do blog: até que rola! (Abaixo de 100% da proposta do local, mas com alguma compensação que garanta uma segunda tentativa)
Dica do blog: dim sum de caranguejo.
Serviço: 306 Sul, Bloco C, Loja 36; (61) 3443-5534.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Ze one zat i want



Quem acompanha razoavelmente esse blog já deve ter percebido dois (entre muitos) temas caros pra mim: a cantora Pauline Croze, minha preferida entre as francesas, e regravações de músicas pop -- famosas ou não.

No vídeo que postei acima, ela faz lindamente, e com um certo sotaque, uma nova interpretação para uma musiquinha bem dançante de tempos passados. Para quem não reconhecer de cara (como eu não reconheci), o vídeo original está aqui.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Ah, povinho

Entreouvido ontem, na fila de pagamento do almoço:

Menino - 15 de novembro vai cair num domingo.

Menina - É verdade.

Menino - E feriado da consciência negra, não tem em Brasília não?

Menina - Não... é só em São Paulo, acho.

Menino - Cara, o que eu vou fazer com um feriado que cai num domingo? Só em protesto, não vou fazer nada no dia 16. Vou decretar meu feriado na segunda.

Menina - (Risos)

Menino - Brasília é o pior lugar do mundo para feriado, né? Pensa bem: toda cidade tem uma padroeira, um santo, um negócio desses. A padroeira de Brasília é Nossa Senhora Aparecida, que já tem feriado nacional. Toda cidade faz aniversário. Pô, o de Brasília também cai num feriado nacional, o de Tiradentes. A gente tinha era que aprender com os baianos.

Menina - Também acho.

Menino - Eles têm feriado de santo isso, orixá daquilo, Ogum, etc. Fora o carnaval.

Menina - Mas já já vem o Dia do Evangélico, dia 30 que vem. Todo ano, minha irmã vira evangélica nesse dia.

Menino - Taí. Vou virar evangélico também.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Passaram todos esses anos e você...


Eu nunca tinha reparado: há grafites por todo o Rio de Janeiro. E, em geral, eles são muito legais. Ocupam muros inteiros de vários lugares, como a Lagoa, o Centro e São Cristóvão. Só não fotografei mais porque não deu tempo.

Esse eu achei em Santa Teresa. Não num muro, e sim no asfalto. Pelo formato da fonte, dá para observar que a pessoa fez um molde e só jogou a tinta ali.

Penso que ela fez isso por duas razões: primeiro, para a mensagem ficar direitinha e uniforme. Segundo, para poder espalhar o recado pela cidade. Ah, os corações partidos e vingativos...

terça-feira, novembro 10, 2009

Daí que...

...Bastou uma viagenzinha para eu ficar louca pra reabrir o cafofo de novo.

Como eu decidi que viria quando desse na telha, tô aqui. o/

Há uma semana, fui pro Rio a trabalho e só não fumei, enchi a cara, peguei geral e dancei até o chão porque não faço nada disso. Em compensação, trabalhei, fui à praia quase todos os dias, tirei um milhão de fotos, bati uns papos completamente diferentes e ri umas 800 vezes. Em síntese, foi tudo ótimo!

Fiquei sofrendinho ontem à noite porque não queria ir embora do Rio nunca mais, mas a verdade é que eu também gosto de voltar para casa, para o meu sofá marrom, para as minhas canecas, a minha granola com leite, para o Parque Olhos d'Água e para os canais de filmes na tevê.

Vou colocar umas fotos e uns relatos aqui para vocês comprovarem (se é que ainda duvidam) que foi bom mesmo.

A foto acima é de uma flor de gengibre que descobri no Jardim Botânico.

Talvez seja autossugestão, mas sinto um cheiro ótimo e não identificado enquanto escrevo esse post.

bjo!

quarta-feira, outubro 28, 2009

Um dia eu volto, quem sabe


Bom, a galera que está acessando este blog há semanas (meses?) e não vê nada além de um bicho voador verde merece uma satisfação, né não?

Uma mistura de inspiração rala e trasheira física causada por uso intenso de computador (pense numa tonteira daquelas; depois, pense em começar a sentir isso todos os dias) é a culpada por eu ter deixado o blog para os insetos nesses últimos tempos.

Primeiro, pensei em acabar tudo de vez. Depois, pensei em entrar no Twitter. Finalmente, um amigo sugeriu: por que você não deixa para escrever só quando der na telha? Aí, achei a idéia boa. Devo fazer isso mesmo.

Quando a inspiração vier de novo como veio no começo deste ano, quando eu voltar a fazer umas fotos legais ou quando aparecer uma viagem fera, eu reabro o cafofo. E dou um jeito de avisar pra todo o mundo.

O Diário da África sugeriu que eu ilustrasse esse post com a canção Vapor Barato (a letra tem tudo a ver), mas me esqueci de perguntar se ele achava mais legal a versão da Gal Costa com o Zeca Baleiro ou a d'O Rappa. Na dúvida, deixo abaixo o link pras duas.

Pues, Gal Costa pra quem é de Gal e O Rappa pra quem é de Rappa.

Beijo!

quarta-feira, setembro 09, 2009

Bicho verde



Bichinho de lâmpada verde, vocês já tinham visto? Eu, nunca.
Esse, como tantos outros, escolheu o meu lar, doce lar para dar seu último suspiro de inseto.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Coreia do Norte: vai encarar?



Assisti a um documentário perturbador no último domingo, depois do trabalho. Passou no Multishow, mas não consigo saber se vai ser reprisado.

Vi tudo meio caindo de sono, mas o tema era tão bom que não deu para não seguir até o final.

Todo mundo que acompanha mais ou menos as notícias internacionais sabe que a Coreia do Norte é um dos países mais fechados e estranhos do mundo. Que milhões de pessoas passam fome enquanto o Estado exibe um poderio militar absurdo e impõe uma política de culto à personalidade do atual ditador, Kim Jong-Il.

A Coreia do Norte não tem interesse em receber turistas. E os turistas, diante da dificuldade que é entrar no país, raramente procuram a Coreia do Norte como destino. Mas houve uma figura que não sossegou enquanto não conseguiu pisar lá: trata-se do norte-americano Shane Smith, da VBS TV.

The Vice Guide to North Korea (assista aqui, na VBS TV, ou aqui, em pedacinhos, no Youtube) mostra o barbudão num hotel ilhado e praticamente deserto, numa casa de chá que passou meses sem receber um visitante sequer, num videokê proibido para os norte-coreanos, em restaurantes que tentam disfarçar a carência de alimentos no país e em uma série de monumentos que exaltam Kim Jong-Il e o pai, o também ditador Kim Il-Sung.

Impossível não notar um certo tom entre o incrédulo e o jocoso (e dá para ser diferente? Como levar tudo aquilo a sério?) na narração do apresentador. Da mesma forma, não há como não perceber o estado de depressão e torpor que vai se instalando aos poucos no documentarista. E eu pergunto de novo: dá para ser diferente? Não, não dá.

É isso, meu povo. Vou nessa, que esse negócio de escrever sobre depressão e torpor deixa a gente com vontade de ouvir Pink Floyd. Beijo.

domingo, setembro 06, 2009

Como deixar um post agendado?

Respondendo à pergunta que a m.Jo fez nos comentários: é simples!
Montei um passo a passo:

1) Na parte de baixo da janelinha onde você escreve os posts, existe um link azul chamado Opções de Postagem. Clique nele.

2) Vai se abrir embaixo uma janela cinza. Repare que à direita existe um campo chamado "Data e hora da postagem". É lá que você vai arrumar o dia e o horário em que você quer que o post vá ao ar.

3) Pronto! Esse post foi escrito no sábado, mas entra no ar num domingo, às 7h em ponto, porque o deixei programado. Vamos ver se consigo atualizar o blog pelo menos dia sim, dia não.

Outra coisa legal para quem tem blog ou gosta de ler blogs é o sistema de rss. Por meio dele, os seus leitores ficam sabendo quando você fez post novo. Acabei de colocar um atalho para ele à direita desta página -- é a seção Não se perca de mim. Poético, não? ;-)

sexta-feira, setembro 04, 2009

Eu quero ouvir barulho!



Buraka Som Sistema, de Angola: me viciei nesse som na última semana. Vicie-se você também.

Ao contrário do Casa de Luanda, o primeiro dos blogs amigos a botar no ar o clipe de Kalemba, duvido um pouco que o kuduro eletrônico vá pegar no Brasil como pegou na Europa (o vídeo deste post foi feito em Portugal). Mas vai que eu estou errada, né? É esperar o próximo verão chegar e ver o que ele traz de tendências.

A vocalista tem uma energia inacreditável. O jeito de cantar me lembra o da M.I.A., que não por acaso andou gravando com o Buraka. Assista aqui ao clipe de Sound of Kuduro, projeto conjunto da turma. Só não aconselho a tentar repetir as coreografias em casa.

Update: botei ali em cima um link para o clipe de Bucky Done Gun, da M.I.A. Liberta, DJ! Hehe

quarta-feira, setembro 02, 2009

Proibido desacelerar

Faltar ao trabalho? Se você vive no Brasil e é da iniciativa privada, provavelmente vai concordar comigo: só em caso de fratura exposta, trabalho de parto já rolando ou câncer em estágio terminal.

Tenho a impressão de que ninguém mais deixa de ir ao trabalho porque está gripado, soltando muco por todos os poros, com febre, infecção intestinal ou amigdalite pultácea (se o nome é horrível, imagine a dor). Simplesmente porque há coisas demais a fazer.

Da mesma forma que ninguém dá um tempo na malhação porque está machucado, nem perde a balada porque tirou os sisos. Faltar à sessão de exercícios deixa a pessoa gorda no minuto seguinte, e não ir para a noite é coisa de... bom, deixa pra lá.

Proibido desacelerar. Proibido perder qualquer coisa desse nosso dia a dia. Parar é para os fracos, para os sensíveis demais aos apelos do corpo -- essa máquina que, afinal, está sempre a nosso serviço.

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Eu poso de defensora do movimento slow-qualquer-coisa, mas já trabalhei gripada mil vezes, já malhei machucada e só não fiz ainda a cirurgia para remover os quatro sisos porque sei direitinho: isso vai me tirar do ar por um fim de semana inteiro. É tempo demais.

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Daí que atualmente, com esse negócio de gripe suína, a ordem de um monte de empresas -- privadas e públicas -- é mandar todo mundo ficar em casa. Pelo menos nas empresas de que tenho notícia, claro. Gripou? Então, vai para o estaleiro até que o vírus (H1N1 ou não) suma do corpo.

Ou seja, pelo menos por enquanto, tem gente aliviada por não precisar ser um convalescente em meio a um monte de gente saudável e por não ter de encarar alguém gribado perto de si.

Update: as mil coisas para fazer vão continuar lá, para serem feitas, mas não é possível que não possam esperar nem um pouquinho.

Legal que de vez em quando as coisas sejam feitas da forma certa, não?

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A onda de paranoia coletiva instalada pela nova gripe também é interessante de observar. De repente, todos nós ficamos iguais ao Sr. Burns, dos Simpsons, que (em alguns episódios) não toca em nada por medo do que ele chama de "micróbios invisíveis" "germes microscópicos".

Me pergunto se o chefe da usina nuclear de Springfield conhece álcool em gel.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Como atualizar um blog em tempos de correria?


Li essa pergunta hoje no e-mail, em meio a uns outros comentários que chegaram no fim de semana. A resposta é meio pentelha, mas vamos lá: atualizando, ué. ;-)

Agora falando sério: quando a inspiração colabora, a gente dá um jeitinho, mesmo que o tempo esteja apertado. E existem uns recursos que ajudam a atualização a ficar mais fácil. Uma delas é a criação e o envio de posts por e-mail (se você usa o Blogger, procure pela ferramenta que torna isso viável).

Outra opção legal é a programação de posts para entrar no ar em datas e horários certinhos.

Bateu uma inspiração louca? Então, faça vários posts (mesmo que pequenos). Bote um post para aparecer no blog no dia seguinte; outro, dois dias depois; outro, três dias depois, e assim por diante. Como sei que quem lê o MCDQEPD normalmente entra de manhã cedo, antes do trabalho, programo tudo para as 7h.

Bom, isso quando estou em épocas de inspiração louca, né? E de computador funcionando. Nessas últimas duas semanas e meia, uma mistura de cansaço, falta de inspiração e computador no suporte técnico (maldito Windows Vista) me levou a deixar o blog meio de lado. Mas estou comprometida a não parar.

Voltando ao assunto da atualização. Última -- mas não menos importante -- dica: ela fica mais fácil quando você estabelece uma periodicidade que possa ser cumprida. Não dá conta de atualizar o blog todos os dias? Então, tente em dias alternados. Ou uma vez por semana. E deixe isso claro para quem quer que esteja lendo seus posts. Aí, os leitores saberão a hora certa de visitar seu blog novamente.

Mais dicas de vida blogueira aqui... velhinhas, mas sempre úteis. ;-)

quinta-feira, agosto 27, 2009

Top clichês

Dos textos de viagem:

- Águas cristalinas
- Vegetação exuberante
- Povo hospitaleiro

A-do-ro!

quarta-feira, agosto 26, 2009

Genovevas não têm infância

Meu avô por parte de mãe se chamava Álvaro José.

Sempre achei que o nome supercombinava com a imagem (de uma foto em preto e branco) que tenho dele: um homem bonitíssimo, de terno, cabelo preto e liso penteado para trás e um volumoso bigodão. Em síntese, a imagem de um senhor respeitável do Brasil dos anos 1940/1950.

Mas sempre tive a maior dificuldade em imaginá-lo menino. Tudo por conta do tal nome. Não adiantou eu vê-lo criança, em meio a carroças, bichinhos e outras pessoas (vestidas em roupas campeiras, num esquema tipo O Tempo e o Vento, sabe?), em mais uma foto PB do início do século 20. Continuo achando que todos os Álvaros (puros, Josés e variações) já nascem de terno e bigode.

Tenho essa mesma estranha sensação quando leio ou ouço alguns outros nomes. Pense, por exemplo, nas Serafinas, Josefinas e Genovevas de 100 anos atrás. Não dá para imaginar uma bebê ou uma criancinha escolar batizadas assim. Genovevas não têm infância. Nascem vovós.

Da mesma forma, os indivíduos de nome Aderbal, Horácio, Bartolomeu, Altair, Adão e Aristóteles (entre outros), acredito, vêm ao mundo queimando etapas. Passam direto à fase em que a gente paga contas, declara imposto de renda e lê jornais enquanto viaja a trabalho. Se bobear, devem ter um pince-nez no bolso do paletó.

O mais engraçado é que não vejo nenhuma dessas alcunhas voltando à moda -- nessa onda que as pessoas têm tido ultimamente de batizar a molecada com nomes vintage, tipo Bento. Ou seja, por muitos e muitos anos, Aderbais, Horácios e companhia continuarão não tendo infância. Pelo menos na minha cabeça.

Update: o que dizer, então, das Odetes???

terça-feira, agosto 25, 2009

Adoro listas - 2

Ontem, paguei um pouco mais da enorme dívida que tenho com a indústria do cinema e assisti a Fargo, dos Irmãos Coen (trailer aqui... sorry, não achei nenhum com legendas).

Fiquei apaixonada pelo roteiro e bege com o jeito patético do protagonista, um gerente de concessionária que manda sequestrar a própria mulher de modo a conseguir uma grana para projetos pessoais.

E enlouqueci com a atuação da Frances McDormand. Ela interpreta uma policial gravidíssima, ao mesmo tempo docinha e firme, que vai carregando o barrigão de sete meses para lá e para cá (em meio a um frio do cão) enquanto investiga os desdobramentos do sequestro. Pouca força de vontade, né não?

Me deu vontade de fazer um Top 5 com as melhores grávidas do cinema. Como só me lembrei de quatro personagens (e todas de filmes falados em inglês), sugiro que me falem de suas preferidas.

1) Marge Gunderson, a personagem da Frances em Fargo, né? Não bastasse fazer tudo que descrevi acima, ela ainda diverte ao passar o filme inteiro comendo e/ou pensando em comida. Genial.

2) Juno. Porque ela tem sempre uma resposta pronta. E é absolutamente surreal, em todos os sentidos que a palavra pode ter.

3) Helena Ayala, vivida pela Catherine Zeta-Jones em Traffic. Porque ela é redonda e enorme. Porque ela comanda o tráfico de drogas e se recusa a testar um "produto" porque está de seis meses. E porque logo no começo do filme, quando a personagem está num almoço entre amigas, participa de um diálogo mais ou menos assim:
AMIGA - ...Mas pato é tão gorduroso, por que você pediu?
HELENA - Não fui eu que pedi, foi outra pessoa.

4) Mariane Pearl, interpretada pela Angelina Jolie em O Preço da Coragem. É meio irritante ver AJ dizendo indiretamente "Por favor, galera, estou me esfalfando, me indiquem a um Oscar pela minha atuação humanitária, etc.". Mas eu gosto do filme. Cara, o processo de caracterização da atriz nesse filme é bacana. A atriz surge totalmente afrodescendente e barriguda, e o fato de ela estar esperando um baby do protagonista deixa tudo com uma tinta mais dramática. Enfim, vale a pena encarar a obra.

5) Bom, na falta de memória total, passo a bola pra vocês. Beijos.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Tinta

De uniforme e boné, um cara passa de balde e rolo de tinta em frente à calçada do Memorial JK.

Pinta de branco o meio-fio que, minutos antes, estava tingido de cor de laranja. Culpa da poeira do cerrado.

E olha para o céu. Torce para que a tinta seque rápido. O dia está quente, mas nuvens pretas se avolumam sobre o boné.

Quando chega em casa, a chuva cai como a água da ducha.

Pela janela da casa simples em Santa Maria, ele se pergunta se vai ter de pintar tudo de novo quando chegar o outro dia.

terça-feira, agosto 18, 2009

Amanhã eu escrevo

Hoje não vai dar mais não.

Por enquanto, por que não dar uma olhada no trabalho desta mina aqui?

É dark, debochado e sempre muito feminino. Acho que você vai gostar. Beijo.

segunda-feira, agosto 17, 2009

Rá!

Sou completamente desligada quando o assunto é filme de comédia.

Há vários que nunca vi nem verei. Não faço questão. Humor grosseiro me deixa angustiada ("Eu, hein, Creusa?", você deve estar dizendo).

Mas este fim de semana eu vi dois: um no sábado, outro no domingo. Um totalmente sem querer (passou na tevê, eu comecei a assistir e gostei), e a outro num esquema bem planejado.

A primeira é Ressaca de Amor, de Nicholas Stoller, que traz o grandão Jason Segel no papel de um compositor de trilhas sonoras totalmente bobão e apaixonado pela ex-namorada. Ele viaja ao Havaí para tentar infernizar a lua de mel da moça, uma atriz de Hollywood que o trocou por um roqueiro britânico estilo Scorpions (só que pior) impagável.

Impagáveis também são a recepcionista morena (e marrenta) e o mensageiro gordinho do resort onde todos ficam hospedados. Genial.

A segunda comédia é Brüno, que estreou nos cinemas na última sexta-feira. A história está todo mundo meio que sabendo, né? Bom, basta eu acrescentar então que ninguém me faz rir tanto desde... Borat.

********************

Acho muita graça quando leio ou escuto a expressão "com um sorriso no rosto".

Ora, é possível sorrir com que outras partes do corpo?

(Não respondam, não respondam, não respondam! hehehehe)

sábado, agosto 15, 2009

Bom dia!

Ursinhos não combinam com o calor do inverno brasiliense. Mas a foto é só para dar uma idéia do que eu pretendo conseguir em algum momento deste fim de semana. Algo que eu venho me prometendo há um mês, mais ou menos. Aff.
:o)

sexta-feira, agosto 14, 2009

Café cenográfico

Mesa de café da manhã de personagem rico de novela tem pães, brioches, croissants e biscoitos.

Há suco de laranja, leite e café servidos por empregada uniformizada.

Frutas? Sim, óbvio. Em dois suportes: um somente para os morangos, cuidadosamente arrumados pela moça de uniforme. Outro para os demais tipos.

Os personagens normalmente não dão valor a essa variedade. Em mesa de café da manhã de novela, sempre tem alguém ocupado demais lendo jornal, discutindo a relação ou brigando mesmo. As brigas, claro, deixam pelo menos um personagem sem fome. Ele se levanta da mesa e vai fazer outra coisa.

Isso quando não tem alguém superatrasado, que só dá um golinho no suco de laranja, uma mordida num biscoito e vaza para a rua, deixando a mãe ou a empregada falando sozinhas:
- Você precisa comer direito, meu (minha) filho (a)!

Em síntese, ninguém come em mesa cenográfica.

E quando a não-refeição acaba, também ninguém escova os dentes (eca). Os superatrasados, por exemplo, já saem de mochila ou bolsa na mão.

Já repararam?

Update: esqueci de dizer o quanto odeio aquela clássica cena de Guerra dos Sexos em que a Fernanda Montenegro e o Paulo Autran jogam coisas um no outro no café da manhã. Eca, eca. O pior é que todo o mundo adora.

quinta-feira, agosto 13, 2009

Dúvidas compartilhadas

Me peguei nos últimos dias com uma dúvida de cunho econômico e ambiental. Como outras pessoas talvez a tenham, compartilho aqui.

É o seguinte: não se passa um diazinho sequer sem que gentes me ofereçam panfletos de propaganda na rua. Aceito-os a depender da minha paciência no dia. Paciência, é bom esclarecer, para entulhar o MCDQEPDmóvel com um monte de papel que não pode ser usado para fazer bloquinhos de jornalista e com ofertas que não vou aproveitar nunca (sério).

Detesto folhetos de propaganda. São inúteis e ainda por cima sujam a rua. Ao mesmo tempo, sei que milhares de pessoas vivem de distribuí-los -- e, quanto mais gente aceitá-los, menos tempo eles vão precisar passar sob o sol e a umidade baixa de Brasília.

Daí a pergunta: se todo mundo simplesmente parar de aceitar folhetos de propaganda, será que os comerciantes vão buscar outras formas de anunciar -- a exemplo de bloquinhos inteiros, que têm uma utilidade e fazem a marca durar mais na cabeça do potencial consumidor?

Ou simplesmente vão botar na rua milhares de pessoas que, fora do mercado de panfletagem, tinham (e talvez continuarão tendo) poucas chances de emprego?

Que outras formas pode haver de anunciar que sejam ao mesmo tempo ambientalmente corretas e não explorem de forma desumana o trabalho das pessoas?

O link para comentários está logo ali, pessoal.

quarta-feira, agosto 12, 2009

Dia de pescaria

Entre as mil coisas que ainda não consegui, mas ainda conseguirei, está fazer uma supercaminhada na W3 Sul, em Brasília, em busca de grafites fotografáveis. São muitos. A cada vez que passo lá dirigindo, fico enlouquecida, seja porque nunca dá tempo de parar, seja porque raramente estou com a câmera.

Aproveitei que teria de ir lá no sábado e levei a máquina fotográfica junto. O tempo era curtíssimo, mas deu para fazer uns cliques. Todas as paredes são do Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul), que recebeu no mês passado uma exposição coletiva de grafiteiros do Brasil e da França.

Não consegui ver a mostra na galeria, mas como os desenhos retratados na fachada também fizeram parte da exposição, deu (dá) para ter uma idéia de como ela foi. Colei abaixo uns detalhes de que gostei. Ainda há outros, mas vou postando nos próximos dias.


Sobrou uma tripinha de céu no alto da foto. Adoro isso.

O desenho acima ocupa a lateral inteira do bloco. Muito fera. Se você reparar, há no fundo um prédio residencial tipicamente brasiliense. E essa banca também é inteira grafitada (mas meio feiosa).

Stairway to Heaven 2. A primeira da série é essa aqui. ;-)

Não tenho nada particularmente legal para falar dessas duas últimas fotos. Bom, são grafites bem-feitos. É o que importa.

terça-feira, agosto 11, 2009

Tudo numa manhã só

Hoje eu vi um Fusca cor-de-rosa choque.

Mais cedo, na fila do supermercado, havia um pai de uns 2m de altura e camiseta de instrutor de academia. Estava com os filhos. O que havia no carrinho? Iogurtes cor-de-rosa e saquinhos de chips. Fiquei me perguntando: era tudo para ele? Ou só para os meninos? Ele virou professor de educação física para poder comer todas as bobagens que quisesse? Ou ele estaria, ao fornecer porcarias gostosas para os meninos, já garantindo campo de trabalho para os futuros colegas de profissão? Ou nada disso?

Estou editando um material sobre Curaçao. Tomando o maior cuidado com a translineação, claro.

E o tempo é realmente como uma trufa branca de Alba (embora eu nunca tenha experimentado uma): raro, valioso e dá um gosto bom a certas coisas.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Ainda hoje

Pessoal, dois dias sem post aqui... foi mal.

É que tempo virou artigo de luxo por aqui, mais raro que as trufas brancas de Alba ou uma dessas coisas muito chiques.

Dei plantão e fiz 50 coisas no fim de semana. Resultado: nada de tempo para blogar.

Mas... entre as 50 coisas que andei fazendo, há fotos de lindos grafites brasilienses. Pretendo colocá-los aqui ainda hoje. Esperem só mais um pouquinho. ;-)

sexta-feira, agosto 07, 2009

Yeah



Gostei disso de falar do Djavan aqui no blog. Vou repetir a dose com Sina, que tem uma percussão não identificada legal demais e uns vocalises lindos, que me fazem lembrar do pouco que conheço da música da África.

Fora que ela me parece totalmente adequada para comemorar a sexta-feira e o dia em que a fase 2 deste blog comemora 10 mil acessos. Yeah! :o)

quinta-feira, agosto 06, 2009

Festinha americana - 2



Existe uma fase na vida em que meninos e meninas se odeiam. Depois, outra em que um corre atrás do outro -- e aí eles passam o resto da existência brincando de "menina pega menino" (e vice-versa).

Entre essas duas, existe uma outra em que ambos os lados ensaiam uma tolerância, mas ainda não sabem como lidar com as coisas do amor (isso foi brega). Quando eu era mais nova, essa era a fase em que as festinhas americanas incorporavam música lenta ao repertório.

Tinha, por exemplo, Oceano, do Djavan, da trilha sonora de Top Model. Não, não se tocava a música do Placa Luminosa que fez parte da seleção musical da mesma novela.

O momento em que o DJ botava Oceano na vitrola era crucial. Os primeiros acordes criavam no mesmo minuto uma atmosfera meio tensa no salão.

Quem, afinal, teria cara de pau suficiente para chamar as meninas para dançar? E quem teria coragem de aceitar o convite dos meninos?

Então, meninos e meninas -- que até então dançavam juntos numa boa os passinhos dos sucessos do pop, numa prova total de boa convivência -- se dividiam. Cada grupo escolhia uma parede do salão e ficava ali, encarando o outro lado, como se um pelotão de fuzilamento estivesse à frente.

Isso quando um grupinho de meninas não ia se esconder dos meninos.

A dança lenta das festinhas tinha um código de regras informal, mas amplamente aceito pelo grupo de baladeiros mirins (hehe).

Primeiro de tudo: garotos tiravam garotas para dançar, salvo decisão em contrário por parte das chicas.

Segundo: moleque que era moleque chamava menina por menina, ainda que por dentro torcesse para ela não aceitar o convite. Pular alguém do paredão de fuzilamento grupo da parede em frente era de uma tosquice só comparável a bater na mãe em noite de Natal.
Alguns meninos paravam de chamar as colegas depois que elas recusavam da primeira vez -- mas nem todos faziam isso.

Terceiro: se você dançasse a noite inteira com determinado colega, isso não queria dizer nada. Não significava beijo nem namoro (uma leve quedinha, talvez). Afinal, eram todos pós-crianças e pré-adolescentes desengonçados, cuja balada ia das 20h às 23h.

A questão da distância entre o par dançante também é digna de observação. No início, o tamanho da separação entre os corpos era mais ou menos o de um braço. Basta dizer que ela ia diminuindo à medida que os pré-adolescentes tronchos davam lugar a teenagers loucos e hormonais.

Até que chegasse o ponto, é claro, de não ser mais necessária essa desculpa besta de música lenta para quem quer que fosse se aproximar de quem estivesse a fim.

quarta-feira, agosto 05, 2009

A propósito

Brasilienses e não brasilienses: vocês sabiam que aqui existe um Setor de Relações Públicas Norte? Sério. É onde ficam o autódromo, uma cerca que nunca me lembro para que serve mesmo, o autódromo... e só.

O lugar é um dos mais inóspitos da capital. E se chama Setor de Relações Públicas. Estranho.

terça-feira, agosto 04, 2009

Amo listas

Pensei numa hoje com os top 5 lugares que mais odeio em Brasília. Convido todo mundo a fazer o mesmo (se não forem daqui, podem falar das suas cidades também).

1. Setor de Oficinas - SOF (norte, sul, qualquer um)
Primeiro, porque é longe do resto da cidade. E não tem nada além de oficinas. Ou seja, se por algum motivo eu tiver que me bandear até lá, não é porque posso encontrar, sabe Deus, um cinema fofo, uma chocolateria incrível ou algo do gênero. Se eu precisar sair de casa para ir ao SOF, é porque tenho de ir à oficina. E ir à oficina é uma droga. Eu adoraria ter um secretário para ser dispensada dessa tarefa.

2. Setor Hospitalar (norte, sul, qualquer um)
Os motivos são quase os mesmos pelos quais execro o SOF. Quem vai ao Setor Hospitalar ou é porque está mal ou porque conhece alguém que esteja assim. Não bastasse isso, não há um lugarzinho sequer para parar o carro. Brasília tem carros demais, já falei, né?

3. Centro de Atividades do Lago Norte
É uma área relativamente nova da cidade, e como costuma acontecer em casos assim, é um lugar meio afastado e mal sinalizado. À noite, então... horrível. Não aconselhável para quem tem problemas de desorientação espacial (e olha que esse não é o meu caso).

4. Águas Claras
(Fica no meio do caminho entre o Plano Piloto e Taguatinga). Um milhão de prédios residenciais, pouca urbanização (altos lugares com pistas de terra) e pouco comércio. Passa metrô por lá, mas não atende a todo mundo. Para fazer várias coisas, é preciso ir de carro para Taguá ou para o Plano. E se você trabalha no Plano Piloto e precisa chegar cedo, não tem direito a enrolar nem cinco minutinhos: essa pode ser a diferença entre pegar a pista mais ou menos livre ou insuportavelmente engarrafada. E ainda há quem sonhe em comprar apê lá.

5. Rodoferroviária
Não que eu precise ir lá muito. Mas é provavelmente a rodoviária mais feia do mundo.

domingo, agosto 02, 2009

Chá de cozinha

Comprei (compramos) um aparelho de fondue.

(Nunca pensei que fosse dizer isso na vida.)

Lindinho demais e com preço bom. Estou louca para estrear. Só uma coisa me (nos) impede: falta álcool em gel em todos os lugares de Brasília. Culpa da maldita gripe suína, que tem esgotado os estoques do produto aqui e alhures.

Usar álcool normal é fora de questão. O manual de instruções do aparelho proíbe (sob pena do indivíduo pôr fogo na casa, provavelmente).

Será que vou ter de esperar até o próximo inverno? Estou achando que sim...

sábado, agosto 01, 2009

Festinha americana



Se você morou no Brasil no final dos anos 80 /começo dos 90, tem hoje algo entre 25 e 30 e poucos anos e nunca discriminou nenhum gênero musical, deve com certeza ter frequentado o que na época chamávamos de bailinho ou festinha americana (??) -- você escolhe a denominação.

Para quem ficou de fora da descrição acima, um resumo rápido: bailinhos eram animados basicamente pelos 'melhores' discos de trilhas sonoras de novelas (Top Model, Vamp, entre outros) e por muita house music comercial (também chamada de balanço, pelo menos aqui em Brasília).

Corona, Double You, Debbie Gibson e outros one hit stars que hoje vivem no anonimato (aposto que alguns estão estudando pra passar num concurso público) embalavam as nossas noites regadas a Coca-Cola e Chee-tos.

Ah, e dançava-se de passinho. Não que houvesse coreografias criadas para cada música. A gente bolava na hora e todo mundo dançava igual. A coisa mais parecida com isso que já vi é o line dancing dos norte-americanos.

Eu volto a essa época quase toda sexta-feira, quando estou no carro e ouço um programa de cinco horas (!!!) na 101.7 FM com todos os clássicos das festinhas dos anos 90. Vai das 19h à 0h.

Não, eu não ouço o programa do começo ao fim. É só pelo tempo em que eu estiver dirigindo. É o tempo de eu passar mal de rir com algumas coisas, querer dançar com outras e só.

Ah, esqueci. Também fico me perguntando: 1) Como os produtores fazem para garantir alguma diversidade ao repertório; 2) Até quando o programa vai durar, uma vez que os anos 90 já foram e ninguém mais faz música ao estilo daquela época.

Claro, faço isso só nas sextas em que estou com paciência pra ouvir esse tipo de música. Nas outras, vou escutar outros sons (muito melhores) em rádios diferentes.

Ficou curioso? Pois tem reprise hoje, a partir das 19h.

Assim que minha internet deixar de frescura (a conexão com certos sites não se completa), verei se quem mora em outras cidades pode ouvir pela web.

quarta-feira, julho 29, 2009

Pára tudo


Depois de circular pelo jet set, acho que vou sair na Caras. É sério.
Ou pelo menos fiquei acreditando nisso depois que um amigo escreveu no meu Facebook:
- Aguarde Caras!!!!!!!!!!!
O que fiz exatamente? Bom, infelizmente não me pediram para falar do blog (droga), nem do meu momento de vida, nem me convidaram a mostrar as lindas reformas da portaria lá do bloco. Provavelmente vou estar na revista porque fui a um evento profissional, porque havia uns fotógrafos lá documentando e porque, devido a alguma razão inexplicável, não saí correndo como normalmente faço (jornalista não é notícia, ora).
Como a gente nunca faz esse tipo de coisa sozinha, garanti que pelo menos estaria com outras pessoas na foto. Tipo o Lula Lopes, que é um fofo e uma figura, e foi também quem me deu a notícia da nossa (hehe) celebridade.
Vai sair em que parte da revista? Ah, sei não.
Você não compra nem assina Caras? Não se preocupe. Daqui a uns oito meses, quando estiver fazendo as unhas, é bem provável que ainda consiga ver as imagens daquele dia.

terça-feira, julho 28, 2009

Adoramos uma reforma

Legenda: A Acrópole, na Grécia, também precisa de uma reforma. Mas ela existe há um pouco mais de tempo que a capital brasileira.

Já falei e vou repetir: tem horas que Brasília, inaugurada em 1960, dá a impressão de estar caindo aos pedaços. Não sei se falei isso, mas também tenho a sensação de que as coisas aqui não são erguidas para durar.

Tipo assim: no projeto do lugar, parece já estar prevista a decrepitude rápida, de modo que muitas e muitas pessoas possam ganhar uns reais com projetos de arquitetura, reformas, materiais de construção, etc., etc. Pelo que vejo e pelas fofocas que ouço por aí, isso acontece em todo lugar. Em prédios públicos e privados, do mesmíssimo jeito.

Nesses últimos tempos, duas histórias me chocaram particularmente. A primeira, de uma amiga que comprou apartamento numa região novinha da cidade (chamada de Sudoeste Econômico). Pouquíssimo tempo depois de se mudar, descobriu que o prédio tinha uma ultramegahiperinfiltração estrutural plus. Tudo bem maquiado no momento da venda, naturalmente.

O lugar tem uns cinco anos de inauguração. Se Brasília, aos 49 anos, está para a arquitetura assim como os bebês estão para os seres humanos, imagine o que será então o prédio onde minha amiga mora.

Vai ter de rolar uma enorme reforma coletiva, claro. Milhões de reais gastos na loja de materiais de construção. Pedreiros em tempo integral. Barulho de obra no sábado de manhã... Entre outras coisas que todos nós adoramos.

A outra história é a do prédio onde esta blogueira mora. Inaugurado há ainda menos tempo, já teve os halls de entrada de todas as portarias (uns 10, no total) postos abaixo, praticamente demolidos. Um nojo. Fios aparentes, tapumes (sem nenhum grafite legal, snif), concreto para tudo quanto é canto. Tudo totalmente desnecessário, acho. Os halls antigos eram tão legais...

Daí que tive o seguinte diálogo dia desses:

- As obras da primeira prumada já terminaram. Você viu como ficou bonito? - quis saber um gentil mancebo.
- Não, não vi.
- Nossa, tudo direitinho. Caixa de correspondência assim. Piso assado. Portas de tal e tal jeito. Como deveria ter ficado de verdade antes, sabe?
- Ah, tá.

Ou seja: alguém lá atrás construiu as portarias de qualquer jeito, já ansiando pelo momento de botar tudo abaixo. Só pode ter sido, porque esse papo de "faltou grana para fazer as coisas direito" não vai estar dando para estar colando.

O que me consola, além da esperança de que as coisas finalmente sairão direito depois da reforma (será???), é saber que a grana para a ultrarreforma não vem do meu bolso. E sim daqueles que ainda insistem em comprar apê no coração do cerrado -- e ganham de brinde o boleto de taxa extra para bancar essas brincadeirinhas.

PS.: A foto, claro, é do incrível banco da Life/Google Images.

sábado, julho 25, 2009

Vida de bicho voador

Essa foto saiu com a ajuda de um mantra: pousa, pousa, pousa, pousa...
Ainda bem que estava lidando com um inseto obediente.

sexta-feira, julho 24, 2009

Ser amada. Ser reconhecida. Ser magra.

Esta semana, um amigo do trabalho comentou que eu parecia estar mais magra.
- Não muito mais magra do que já estive antes, mas um pouco, sim. Obrigada! - respondi.
- Que negócio é esse que mulher tem de agradecer quando a gente fala que ela emagreceu? Todas as mulheres do mundo querem emagrecer, é isso? - ele perguntou num sorriso.


A gente saiu fazendo essa pergunta para as colegas em volta e comprovou: sim, aparentemente, todas as mulheres do mundo (pelo menos as do mundo ocidental) querem emagrecer.


Digo mais. Afinar é algo que se inscreve nos três grandes desejos da mulher contemporânea, quais sejam:

1) Ser amada
2) Ser reconhecida
3) Ser magra


É tão simples. Pense em todas as conquistas que um ser humano do sexo feminino pode querer ter hoje e verá que elas passam por pelo menos uma dessas vontades.

quinta-feira, julho 23, 2009

Mais um penduricalho

Tenho três contas de e-mail nas quais preciso ficar de olho quase o dia inteiro, um blog que tento atualizar quase todos os dias e um perfil no Orkut ao qual dedico só um mínimo de atenção.

Dá para ver que já passo tempo suficiente em redes sociais da internet, né? Pois é. Mas me parece que tempo para navegar virtualmente nunca é o bastante. Sempre tem uma coisa nova para a gente aderir. Eu fugi do Multiply, do hi5, do Twitter, mas não consegui ignorar por muito tempo o Facebook.

Me convenceram de que eu precisava de um... e eu entrei. Fiquei impressionada com a quantidade de gente que encontrei -- principalmente amigos que não deram nem pelota para o Orkut.

Não sei se vou ficar no Facebook definitivamente ou só por um período de testes. Acho que a página tem elementos demais, informações demais, penduricalhos demais. Não sei se estou envelhecendo (hehe) ou se tudo lá é realmente excessivo. O fato é que ele deu uma canseira. Mas nem por isso vou deixar de dar-lhe uma chance.

quarta-feira, julho 22, 2009

Cocho

Na escola, em frente à cantina, havia uma pia coletiva apelidada de cocho por causa de seu formato. Ela era igualzinha a um desses comedouros usados para animais. Das torneiras, jorrava uma água permanentemente fria, qualquer que fosse a época do ano.

Paulo sabia exatamente o que o líquido naquela temperatura provocava no corpo. Desde que havia mudado de escola, não tinha passado um 5 de outubro sequer sem receber o que os colegas chamavam de "homenagem". Primeiro, uma sessão de ovada com tinta e farinha. Depois, mergulho no cocho. Coisa de menino de quinta série.

Houve, porém, um dia em que o garoto tomou banho sem que fosse seu aniversário. Foi no dia em que escreveu na mão esquerda tudo o que queria dizer para Sofia. Ela estudava três salas à direita da dele e andava com as nerds de vez em quando, mas era até bem bonitinha.

A cagada de Paulo foi não ter ido direto falar com Sofia assim que o sinal do recreio tocou. Ao invés disso, ele foi à cantina comprar chicletes, tic-tacs ou qualquer outra coisa que lhe garantisse o hálito de hortelã na hora de conversar com a menina. No meio da muvuca no balcão, não notou que os colegas maiores armavam emboscadas para os magrinhos como ele.

Para Paulo, reservaram um gesto simples: alguém foi lá e abaixou o elástico da bermuda até os joelhos. Quando olhou para trás e viu quem fez isso, virou bicho. Esqueceu Sofia e os tic-tacs. Logo percebeu que ia ter de brigar sozinho com mais de um garoto. E não quis nem saber: lembrou-se dos filmes de luta que o irmão mais velho via e tentou aplicar uns golpes.

Mas sua valentia não durou muito. Na verdade, foi só um minuto e meio, tempo suficiente para um dos grandões ver o texto escrito em caneta azul entre as linhas da mão esquerda.

- Sofia, eu preciso dizer que você é muito linda. Quero ficar com você desde o dia em que você entrou na escola - leu o brutamontes em voz alta.
- Aaaaaaaaah, que meigo. Diz aí quem é a Sofia, que a gente te leva até ela - respondeu outro.
- Leva ele pro cocho, pô - retrucou o primeiro.

Paulo chutou, berrou e se debateu, mas teve de experimentar de novo o arrepio nos pelos e a dor nas pedrinhas do peito. Maldita água gelada. O bedel só chegou depois que o garoto já estava todo encharcado, com a mão borrada de promessas de amor.

Para os grandões, suspensão de três dias (e eles acharam ótimo).
Paulo, por sua vez, se prometeu duas coisas: 1) Conquistar Sofia bem longe dali (por sorte, a menina tinha faltado à aula naquele dia); 2) Dar o troco.

O tempo passou.
Primeiro, o garoto se matriculou no kickboxing.
Meses depois, encontrou a musa num show de axé e criou coragem para dar-lhe uns beijos ali mesmo.
Não demorou muito, começaram a namorar. Só não contou a história do cocho porque era muito humilhante.

Agora que tem Sofia nos braços, Paulo considera seriamente a hipótese de deixar a vingança de lado.

terça-feira, julho 21, 2009

Uma menina quase organizada

Hoje não tem mais post (impossível arranjar tempo), mas amanhã vai rolar.
Deixarei um programadinho para as 7h, vejam só que blogueira mais organizada. Hehe.

segunda-feira, julho 20, 2009

O Menino das Pinturas

Desde que voltei de férias, há um mês e pouco, venho me prometendo fazer e colocar no blog uma entrevista incrível com um cara de Granada, Espanha, cujo apelido é El Niño de Las Pinturas. O nome de batismo é Raúl Ruiz, mas acho que ninguém o chama dessa forma.

Não há como não andar pela cidade andaluza sem prestar atenção em seu trabalho colorido e extremamente realista, que retrata gente de lá mesmo de uma forma muito poética.


O problema é que a agenda apertou demais desde que voltei e não tive tempo para fazer aquele trabalho básico de apuração e elaboração de perguntas. Quando o tempo permite, já estou tão sem paciência para coisas com jeito profissional que acabo deixando tudo de lado. Argh.

Como não quero deixar de compartilhar essa descoberta, coloco essas fotos no ar e umas informações que fiquei sabendo sobre o cara.


A mais impactante delas diz respeito à recepção que o trabalho dele tem na própria cidade de Granada. Os turistas, por exemplo, amam. Tanto que é superfácil achar fotografias (feitas por viajantes) dos trabalhos de El Niño pela internet.

Muitos granadinos adoram-no também. Ajudaram a fazer com que sua criação conseguisse ir além das ruas. Vi, por exemplo, sorveterias, pizzarias e lojas de roupa cujas portas e paredes internas eram decoradas com os grafites feitos pelo artista.

A prefeitura da cidade, por sua vez, é acusada por ele de fazer um jogo ambíguo. Ora premia, como fez em 2002, ora aplica multas por depredação urbana. Uma das mais recentes é relativa a um muro enorme, do lado de fora de uma escola no bairro de Realejo (abaixo), que há anos está sendo trabalhado por ele e um coletivo de grafiteiros com a autorização das donas da escola. Muito bizarro isso.


Para discutir esse e outros conflitos -- que, afinal, devem se repetir entre as pessoas que fazem arte urbana no resto do mundo --, El Niño lançou um manifesto que pode ser lido aqui.