quinta-feira, junho 30, 2005

Torre da Liberdade


Uia!!! E não é que os americanos anunciaram seu mais novo empreendimento? Freedom Tower, que ocupará o lugar do antigo World Trade Center (na imagem acima). É um prédio meio retorcido, pelo que vi em algumas fotos. Dizem que vai ser o edifício mais alto de Nova York, com 541m e 82 andares. E o mais seguro.
Será que ele vai ser à prova de avião também? :-)

quarta-feira, junho 29, 2005

Why, so (II)

Ainda com relação a essa história do prefeito anti-trancinhas e chapéus de palha, há um texto muito legal sobre a recusa à nossa cultura caipira. É do blog do Albert e está reproduzido abaixo:

Onde estão os caipiras?

Sempre fui muito indignado com uma coisa que eu acho absurda e parece que ninguém vê, a extinção dos caipiras. Os caipiras, genuinamente brasileiros, estão dando lugar aos "cowboys" importados dos isteites, com seus cintos do tamanho de um relógio de parede, seus chapéus "american way of life", suas músicas e seus passos saltitantes de dança.

Vejam bem, eu não sou contra você dançar ou ir a uma festa country. Eu sou contra isso tomar lugar na nossa cultura como sendo algo nosso. Ontem fui numa festa junina numa paróquia perto de minha casa e na hora da quadrilha, entraram dançando as meninas vestidas de roceiras, com aqueles vestidinhos floridos e chapéu de palha com trancinha e os homens entraram com calça jeans, botas, cintão, camisa xadrez e chapéu de cowboy. A música? Um countryzão americano.

Onde está a nossa música sertaneja? Onde está o Luiz Gonzaga tocando baião? Onde estão os chapéus de palha, o bigodinho pintado, os remendos falsos na roupa? Onde estão as quadrilhas de Lampião e Maria Bonita, com chapéu de couro de bode e sandália. ONDE ESTÃO NOSSOS VAQUEIROS??

E o pior é que o pessoal acha isso tudo muito natural. Uma vez, no meu trabalho, um colega do interior do Mato Grosso do Sul foi vestido todo de cowboy. Achando graça naquilo, fui perguntar porque ele tava fantasiado daquele jeito. Ele respondeu, com seriedade e naturalidade, que era a roupa típica da região dele. Eu, irritado, disse que não sabia que o Brasil tinha anexado o Texas. E ele não entendeu.

Why, so

Em meio a CPMIs, mensalões, fitas, agendas e companhia, uma notícia me chamou a atenção ontem. Veio pelo menino que faz rádio-escuta (ou seja, fica ouvindo os telejornais e a CBN para periodicamente nos transmitir o que está acontecendo) e nos passou as manchetes do Jornal Hoje:

"O ANTI-CAIPIRA - O prefeito de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, baixou um decreto proibindo o uso de trancinhas, remendo nas roupas e chapéu de palha desfiada em um concurso de quadrilhas. A prefeitura alega que a imagem do caipira presente nas quadrilhas é preconceituosa."

Eu fiquei meio de cara. Depois que o governo fez uma ridícula tentativa de criar a cartilha do politicamente correto, vem um bobão-e-cabeça-de-melão dizendo umas asneiras tipo essas. Não teve infância não, meu filho??

Eu posso dizer que tive :-) Nunca vou me esquecer da festa junina da 2a série (no distante ano de 1988). Naquele dia, eu perdi dois dentes-de-leite de uma vez, e foram logo os da frente. É claro que fiquei achando o máximo, porque meu visual se ajustava perfeitamente ao look que a festa exigia. Saí exibindo as janelinhas por aí durante a festa toda.

terça-feira, junho 28, 2005

Graurrrr

Eu odeio o céu azul, as flores, a grama, os insetos e todos os animaizinhos
Odeio tudo!!!!!!!
Eu quero ir na Fashion Weeeeeeeeeeeeeeeek... Eu queeeeeeeeeeero
Buééééééééééééééé
(Calma, calma, é só TPM)

segunda-feira, junho 27, 2005

Dicionário mukissês

Eu achei tão, mas tão engraçado o post que o Zethi escreveu sobre as mukissas no Totalmente sem noção, que me propus a fazer duas traduções para a frase que tá na boca do povão.
Oh, what a muks!, é a versão em inglês para "Cara, que mukissa!!!".

Pois bem, uma possível tradução para o francês seria:
Oh, c'est une mukisse cette jeune fille ça!

E para o espanhol:
Eh! Eh! Puta madre, que mukissa eres!

Se alguém quiser propor em alguma outra língua...

P.S. Defendendo a classe: as mulheres da UnB não são mukissas coisa nenhuma! Hunf!!!

sábado, junho 25, 2005

Hmmm... Duff

Acho que escrevi aqui sobre um curso de aprendiz de mestre cervejeiro (também conhecido como mestre cervejeiro junior) que fiz durante a última Telexpo, em março passado. Eu gostei tanto que anotei quase tudo, mas os escritos ficaram perdidos dentro de um bloquinho em meio às minhas mil coisas. Essa semana eu encontrei o bloquinho e achei melhor colocar tudo aqui logo, antes que essas informações se percam de novo. Com sorte, elas serão úteis para algo... ou alguém. Ou não :-)
O curso foi dado pelo mestre cervejeiro Luciano Horn, da InBev.

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Espuma e brilho são dois importantes atributos de qualidade da cerveja. Se vier ela sem espuma, peça outra. Da mesma forma, o líquido não pode estar turvo, ou com precipitação de sólidos – a única exceção a esse caso é a cerveja weiss (leia a definição desta e de outras cervejas abaixo), que ainda tem o fermento presente.

Para sentir melhor os aromas, o processo é o mesmo do vinho: é só cheirar a bebida afastada do nariz, ou girar o copo e cheirar mais de perto. Os primeiros aromas sentidos são o doce e o ácido. O amargo vem por último.

Diferentemente do vinho, a cerveja deve ser guardada em pé. Se a garrafa ficar deitada, pode haver entrada de oxigênio, o que estraga a bebida. Guardar a bebida no freezer é pior ainda, porque isso acaba com o colarinho (é onde fica o aroma) e o gás carbônico.

O chopp tem prazo de validade curto porque é deixado a frio no barril de madeira, onde pode haver algum tipo de desenvolvimento microbiano (o que não é legal). O fato de ele ficar guardado dessa forma dá também uma diferença de sabor que é sutil.

Já a cerveja tem seis meses de validade. Mas quanto mais nova, melhor.

Tecnicamente, o ideal é beber a cerveja entre 6 e 8 graus para preservar o aroma e sabor. Mas isso também é questão de gosto pessoal.

*** Tipos de cerveja ***
Abaixo, algumas das características das cervejas que a gente acha em todos os lugares. E dicas para combiná-las com alguns pratos - a tal da "harmonização". A harmonização é feita, assim como no vinho, pelo contraste ou pela semelhança de gostos da cerveja e da comida.

Cerveja sem álcool (pode pular esse tópico, se preferir, hehe) - É pouco encorpada, tem aroma de malte e o amargor desaparece rápido da boca. Apresenta aroma intenso e doce. Tem dois processos de fabricação: ou tem a fermentação brecada, ou é dealcoolizada. Combina com saladas e suflês.

Pilsen - É a que a gente encontra com mais freqüência nas lojas. Combina com queijos mais temperados, como provolone e gorgonzola

Malzbier - Tem aroma torrado, de caramelo. É mais nutritiva e tem mais açúcar do que as demais variedades. Combina com queijos como mussarela e prato.

Stout - São cervejas mais escuras, encorpadas, com aroma e sabor que podem lembrar o de café torrado. OBS: algumas pessoas podem tentar te convencer de que a Caracu é uma stout. Eu prefiro não acreditar. A cerveja em questão vai bem com carne de porco ou peixes.

Light - Tem 25% das calorias de uma cerveja normal. Pula essa também...

Weiss - Tem o fermento ainda presente, e é por esse motivo que é a única cerveja que pode ser turva. É feita de malte de trigo, diferentemente das outras variedades, que são de malte de cevada. Apresenta mais aroma por causa do fermento de alta fermentação e... tem gosto de pão. O mestre cervejeiro jurou (eu não consegui comprovar) que a Bohemia Weiss que provamos tem uma nota frutal no aroma, que varia da banana ao cravo. Combina com aperitivos e peixes.

Ale - Como a Weiss, tem alta fermentação. São mais amargas e encorpadas. Fica boa com carnes vermelhas.

Bock - Tem aromas de café, caramelo e torrado. Acho que não anotei os pratos com os quais ela combina. Só lamento.

Lambic - Não existe no Brasil, é encontrada principalmente na Bélgica. É bastante doce porque fica até um ano fermentando em meio a frutas vermelhas (existem quatro processos diferentes de fermentação). Se tiver o gosto que eu estiver imaginando, deve ser o equivalente (versão cerveja) dos vinhos do Porto, que são vinhos de sobremesa. Mas isso é só um chute. (Te mete, Mariana... :) )

Gente, essa é a primeira imagem que mandei com o novo sistema de upload de fotos do Blogger! Incrivelmente mais fácil do que mandar a partir do Flickr, principalmente porque a foto já fica posicionada do jeito que você quer. Coisa que o concorrente não faz.
É só clicar num quadradinho meio azul que fica na barra de ferramenta dos posts. E... festa!
Acho que o Flickr não vai dançar por causa disso, não.
Mas... danado esse Google.

Gatinho
Originally uploaded by Mari Ceratti.


Duas ou três coisas sobre a última semana:

* A primeira aquaplanagem a gente não esquece. A segunda também não, especialmente quando ela acontece meia hora depois. Numa chuva totalmente atípica nessa época do ano, a pista virou sabão e eu saí deslizando, igual aos carrinhos de brinquedo do comercial do Detran. Nada de grave, só o susto mesmo. Um sustão.

* Depois dessa, até que não seria má idéia equipar meu uninho com pneus slick, ou fazer um curso de pilotagem com Schummi... he he he.

* As palavras têm poder. Muuuuuito poder. Agora só falta eu desenvolver meus poderes telepáticos.

Mãe e Rubem

"Heaven, let your light shine down"

(De uma musica do Collective Soul que eu amo)

quinta-feira, junho 23, 2005

Ok, ok,

Vamos ao último post da noite, antes que eu vire um zumbi. Amanhã tenho que acordar cedaço, 5h30, para ir pro aeroporto e de lá pra São Paulo. É mais um emocionaaaaante bate-e-volta, companheiros. No final do dia estou aqui de novo.

São Paulo é uma cidade fantástica, pena que quase sempre eu só vou assim, rapidinho. Chego, faço coletiva, almoço e volto. Sempre dá vontade de ligar pros amigos de lá, chamar pra tomar um café, ir no Mercado Municipal, qualquer coisa do tipo. Às vezes o evento dura mais tempo e até dá para rolar uma balada.

Na Telexpo, em março, a gente foi jantar no mesmo lugar onde o Junior (sem a Sandy) toca com uma banda de black music. E não é que eu vi o rapaz e sua BMW?! :-) Numa outra vez, a Andréa, legalíssima, me levou para passear num shopping lá na Mooca e a gente tomou sorvete da Gelateria Parmalat, que não existe mais aqui em Brasília.

A minha coletiva amanhã é no 31º andar de um prédio altíssimo na av. Nações Unidas, em meio a outros vários espigões. Definitivamente, é algo que também não tem por aqui. Depois de tantos anos de Brasília (= prédios retrôs e baixinhos, com vão livre), não consigo não enxergá-los com uma mistura de estranhamento e deslumbramento. :-)

Boa noite...

Uia!

E não é que o Japão teria mesmo vencido, não fosse aquele gol anulado?
Mais uma vez, não é que eu seja espírito de porco, mas...
;-)

quarta-feira, junho 22, 2005

Não é que eu seja espírito de porco, mas adoraria ver o Japão ganhar essa partida contra o Brasil...
Ê, Leleô Leleô Leleô, Nihon! :-)

Elogio da sombra

A velhice (tal é o nome que os outros lhe dão)
pode ser o tempo de nossa felicidade.
O animal morreu ou quase morreu.
Restam o homem e sua alma.
Vivo entre formas luminosas e vagas
que não são ainda a escuridão.

Buenos Aires,
que antes se espalhava em subúrbios
em direção à planície incessante,
voltou a ser La Recoleta, o Retiro,
as imprecisas casas velhas
que ainda chamamos o Sul.

Sempre em minha vida foram demasiadas as
coisas;
Demócrito de Abdera arrancou os próprios olhos
para pensar;
o tempo foi meu Demócrito.
Esta penumbra é lenta e não dói;
flui por um manso declive
e se parece à eternidade.

Meus amigos não têm rosto,
as mulheres são aquilo que foram há tantos anos,
as esquinas podem ser outras,
não há letras nas páginas dos livros.
Tudo isso deveria atemorizar-me,
mas é um deleite, um retorno,
Das gerações dos textos que há na terra
só terei lido uns poucos,
os que continuo lendo na memória,
lendo e transformando.

Do Sul, do Leste, do Oeste, do Norte
convergem os caminhos que me trouxeram
a meu secreto centro.
Esses caminhos foram ecos e passos,
mulheres, homens, agonias, ressurreições,
dias e noites,
entressonhos e sonhos,
cada ínfimo instante do ontem
e dos ontens do mundo,
a firme espada do dinarmarquês e a lua do persa,
os atos dos mortos,
o compartilhado amor, as palavras,
Emerson e a neve e tantas coisas.
Agora posso esquecê-las. Chego a meu centro,
a minha álgebra e minha chave,
a meu espelho.
Breve saberei quem sou.

(Jorge Luis Borges)

terça-feira, junho 21, 2005

Minha cidade


Um aspecto legal de ter ficado fora do ar durante esses dias foi poder fazer umas coisas que normalmente não dá tempo de fazer normalmente.

Essa foto foi feita num final de tarde, no começo da Asa Sul, pertinho da Caixa Econômica e do Banco Central, no horário em que começa a escurecer, mas que o pessoal dos prédios públicos ainda não saiu do trabalho. Na mesma hora em que a loucura começa a tomar conta das redações de jornal.

Fazia um tempo em que eu não andava por essa área e não fazia a menor idéia de que as paineiras (como essa árvore da foto) estavam com aqueles frutos pendentes.

Se minhas previsões estiverem certas, em breve vai ser a vez dos ipês amarelos florirem no cerrado. Espero que eu esteja lá para fotografar.

Retirantes


Depois de um bom tempo enrolando, fui hoje com minha mãe assistir a Casa de Areia.

Gostei muito do filme, não concordei com umas críticas que li por aí, especialmente na Veja.

Gosto de filmes em que os atores não têm que ficar necessariamente falando o tempo todo para conseguir expressar certas coisas. Acho mais legal ainda quando diretores e roteiristas não precisam apelar para aquele recurso em que "parece" que os atores estão pensando: eles ficam calados, mas com a própria voz rolando em off (coisa que os diretores de novela usam e abusam).

Para mim, Casa é um desses filmes. E ao mesmo tempo não é uma obra chata, incompreensível. As Fernandas (mãe e filha) arrasaram em atuações complexas à beça e fizeram com que eu e mother ficássemos o tempo todo nos colocando no lugar delas.

Até fiquei com vontade de comentar umas cenas aqui, mas vai que alguém aí ainda quer ver o filme... melhor não.

Outra coisa...


Dar bons exemplos é bom! Dar bom exemplo é ótimo!

Só não recomendo assistir ao comercial do "bom exemplo" depois de uma overdose de Roberto Jefferson na TV Câmara e no Jornal Nacional...

Eu achei que ainda não tinha me decidido a respeito do comercial da Cláudia (mesmo tendo lido tantos comentários interessantes), mas já tenho minha opinião sim. Achei a propaganda meio desnecessária.

Acho que deve haver várias formas de mostrar que um ser humano do sexo feminino é "independente" sem deixar de ser "mulher" (quais vocês escolheriam?), mas os criadores do comercial certamente optaram por uma forma polêmica para dar seu recado. A mais polêmica, vamos deixar claro. E que, honestamente, não sei se cumpre seu fim. É como se alguma coisa não se encaixasse.

Ou vai ver que os publicitários quiseram simplesmente causar uma fuzarca básica...

Aliás, o que é ser "independente" e o que é ser "mulher"?
O que é ser uma mulher independente? O que é ser uma mulher moderna?
Taí outra coisa que ainda não consegui responder 100%.

quarta-feira, junho 15, 2005

Outra de comerciais

Gente, alguém viu aquele comercial da Cláudia em que a moça está cozinhando, abre um pote de palmito, fecha o pote, corre para o marido e pede para o rapaz abri-lo pra ela?
"Cláudia, independente sem deixar de ser mulher"
O que vocês acharam?

O melhor do brasileiro... cuma?

Eu não pude deixar de reagir como uma típica (?) brasiliense (!) agorinha mesmo, que acabei de assistir a um comercial na TV. Eu não consegui identificar de quem é a propaganda, mas é da mesma turma que criou o slogan "Eu sou brasileiro e não desisto nunca".

Em suma. A reação foi a seguinte: Ouxi, véi!!!!

Fiquei um tempo só vendo e escutando imagens lindas, maravilhosas, de gente feliz, contente e cheia de bons exemplos para dar. Gente que sorri, canta, dá de mamar, samba enquanto joga o lixo do chão na lata de lixo, etc., etc. "Bom exemplo é...", dizem as vozes da propaganda.

Respondi para a televisão (sim, às vezes a gente conversa com a TV, não é?):
"Bom exemplo é não roubar, é não mentir, é não corromper..."

Aquele monte de imagens limpinhas, cheirosas, pasteurizadas, coloridas, contentes, me pareceram piada. Dada a sujeira e o baixo-astral que vigoram ultimamente no país, dá a impressão de que: 1) ou estão de gozação com a nossa cara; 2) quem criou esse comercial nasceu em Marte e chegou ontem à Terra.

Eu fiquei amarga nesses últimos dias com tantas notícias de roubalheira, principalmente dado o fato de que votei feliz no Lula, etc., etc. Piorou quando fiquei assistindo ao Roberto Jefferson e cia. hoje, na TV Câmara.

E agora me vêm com essa história de que, mesmo roubados, enganados e fudidos, temos que sorrir e seguir dando bons exemplos, porque afinal "somos brasileiros e não desistimos nunca".

Essa gente fala em nome de quem, afinal?
Eles pensam que auto-estima se resgata assim?
A quem, afinal, eles querem enganar???

A palavra é...

... Mukissa. Isso aí: mu-kis-sa. Gíria que serve para definir uma mulher, de qualquer tipo, idade ou tamanho, desde que a dita cuja seja muuuuuito feia.
Zethi, num momento de inspiração (hã?), elaborou um complexo dicionário internacional da mukissagem, que inclui até traduções pro inglês. Bom demais da conta. Leiam aqui...

sexta-feira, junho 10, 2005

Vertigem


Olhe para baixo e veja os carros e as pessoas desse tamanhinho: é essa a proposta do Look Down, na Torre de Tóquio. Clique sobre a foto para vê-la em tamanho maior no Flickr...

A cidade vista de cima


Essa é Tóquio, vista de lá da Tokio Tower, cuja altura eu não sei de cor (vou procurar o folheto turístico dela lá em casa). Gostei muito de ver a cidade desse ângulo, mas o que mais me empolgou foi o Look Down, um pedaço do chão que é feito de vidro, para a gente poder olhar direto lá para baixo... nada recomendável para quem tem vertigem.

O supermóvel

Já faz um tempo que eu vi o Encontros e desencontros. Apesar de ter adorado o filme, não conseguia deixar de achar que os dois personagens principais (interpretados pelo Bill Murray e pela Scarlet Johansson) tinham algo de americanos bobões, ingênuos e intolerantes.

Não faziam questão de esconder o quanto se sentiam incomodados com o fato de se virem em um lugar com o idioma e a cultura completamente diferentes dos deles. Não queriam se integrar e não queriam se jogar num novo outro mundo.

Sem querer ser uma metida, nojenta e insuportável (e já sendo!), mudei um pouco de idéia sobre os dois quando finalmente pude conhecer a Tóquio linda, avassaladora e feérica – a mesma dos meus sonhos e dos poucos filmes que vi e que tinham a cidade como cenário.

E então entendi o fio que conduz a história de Encontros e desencontros: a solidão. A diferença entre mim e eles é que, em nenhum momento (tirando uns 15 minutos em que fui andar perto do hotel no último dia), eu estive sozinha. Pelo contrário, as companhias foram as melhores possíveis, uma turma com um bom astral danado desde o primeiro dia.

É incrível, gente assim suaviza um monte o impacto de estar numa terra estrangeira, numa língua que te faz sentir analfabeta, tendo que reaprender a usar todas as coisas – depois dos interruptores do quarto em Seul, briguei com um ferro de passar wireless (hehehe, foi ótimo) e demorei até conseguir comprar uma passagem no metrô. Ter pessoas próximas ao seu lado transforma todos esses episódios em algo divertidíssimo, porque tudo vira história das boas para contar – e não uma demonstração do quanto você se sente patético diante das diferenças.

Agora me lembro e entendo o quanto os personagens do filme se sentiam sós. Eu, felizmente, não estava. Não sei como ia encarar sozinha uma aventura dessas.

Ah, sim: a foto é de um carrinho que anunciava produtos de soja. Eu e a turma encontramos na frente da Tokio Tower, uma réplica da Torre Eiffel de onde dá para ver a cidade inteira...


quinta-feira, junho 09, 2005

Uh...


bifao
Originally uploaded by Mari Ceratti.

Hum... alguém aí falou em cortar na própria carne?

Hehehehehehe

Não poderia deixar de falar o quanto estou irritada com todas essas denúncias de corrupção pipocando no governo Lula. A cada dia minha decepção é maior.

Creio que já disse isso aqui antes, mas com a chegada do poder o PT se consolidou na condição de partido-igual-aos-outros, com todos os vícios que essa palavra implica. Se ainda havia um partido político com condições de criar hegemonia entre um grupo de pessoas, esse era o PT. Não é mais, como a gente pode ver nos noticiários. Quer dizer, o José Dirceu tenta criar hegemonia na força, mas bem se vê que a coisa não dá certo.

Eu fico com dor no coração a cada vez que me vejo sem opção para as eleições presidenciais de 2006. No Distrito Federal, eu ainda voto na esquerda, porque todo o resto consegue ser ainda mais podre.

*Suspiro*
Acho que é melhor eu voltar para as minhas lanternas japonesas...
Tantas, mas tantas pessoas responderam ao meu desesperado apelo por visitas aqui :-) , que acabei conhecendo outros blogs muito legais que vou colocar no lado direito dessa página.

Um desses blogueiros é o Julio, que depois de elaborar um livro jóia sobre foto digital, agora ataca de Eu Sei Escrever, uma campanha que incentiva a escrita correta na internet. É isso aí: chega daquelas coisinhas irritantes típicas de quem IxKrevI aXim (além de irritante e errado, dá um puta trabalho para alternar essas letras maiúsculas com minúsculas).

O Albert, amigo dos tempos de Cean e maridão da Mari Anjos, atendeu aos chamados da blogosfera e criou o Só mais 5 minutinhos.

Até o Felipe Campbell, que tinha se desconectado de quase tudo referente a internet, tecnologia e etc. (andou dizendo por aí que ia desistir até do celular... sei), voltou à vida blogueira e a seus posts cheios de letrinhas coloridas e em negrito. Hum... :-)
As histórias dele, do Zethi e do André Augusto estão em Totalmente sem Noção.

Vida longa e próspera a nós e aos blogs! :-)

sexta-feira, junho 03, 2005

Rezas e oferendas


Stairway to heaven


templo2
Originally uploaded by Mari Ceratti.

Maravilhosas essas lanternas que vimos no templo. Parecem descidas do céu, porque a gente quase não vê os fios que prendem uma à outra.

Como bem descreveu o Guilherme, elas também lembram uma parreira toda carregada...

Templo


templo1
Originally uploaded by Mari Ceratti.

Não vou me lembrar o nome deste templo agora, mas foi uma das coisas mais bonitas que vimos em Seul. Ele estava todo decorado (assim como toda a cidade) por causa do aniversário de Buda, que foi em 15 de maio, dia em que chegamos.

Sei que a tal da "mistura de tradição e modernidade" é um clichê mais do que usado e abusado para definir as grandes capitais da Ásia. Mas não sei de que outra forma poderia descrever o que vi: atravessando a rua em frente ao templo, havia milhares de espigões de hotéis (tipo o Intercontinental), prédios de negócios e um enorme pavilhão de exposições.

Lá, estava acontecendo a Expocomm, com zilhões de novos telefones e serviços. E zilhões de estudantes supernovinhos, ávidos não só pelos celulares, mas também pelo componente lúdico que existe em toda feira de tecnologia. Em vários estandes, tinham apresentações de dança, joguinhos, lugares para tirar fotos com perucas e boás, etc., etc., etc.

Receita de bem-estar: muita água, vegetais folhoooosos e Stevie Wonder a mil no meu som, cantando I was made to love her.

She's been my inspiration,
Showed appreciation
For the love I gave her through the years.

Like a sweet magnolia tree
My love blossomed tenderly,
My life grew sweeter through the years.

I know that my baby loves me,
My baby needs me,
That's why we made it through the years.
I was made to love her,
Worship and adore her,
Hey, hey, hey

:-)

Luzes


Luzes
Originally uploaded by Mari Ceratti.

quarta-feira, junho 01, 2005

Korean baby


Korean baby
Originally uploaded by Mari Ceratti.

Que coisinha mais fofinha e pequetitinha de meu Deuziiiiiii esse baby :-)

Criancinhas costumam ser fofas em qualquer lugar do mundo, mas as orientais... Acho que vencem fácil qualquer concurso de bebê Johnson, hehehe.

O mais impressionante são as mães, que quase sempre têm uma carinha de 15 anos...

Eu e a Lucia pagamos um ultra-mico-plus para conseguir essa foto. Estávamos seguindo para uma palestra quando vimos essa cena assim, tão maternal. A gente começou a rir e a fazer vozinhas engraçadas para o nenê, até que a mãe parou, a gente sacou a máquina e começou a dizer "picture! picture!". No que fomos prontamente atendidas por mãe (algo tímida, é verdade) e bebê.

A árvore cor-de-rosa

Seul é uma cidade, pelo que eu percebi, enorme em área. Um rio, chamado Han, corta a capital em dois lados. Para uni-los, foram construídas milhares de pontes, cada uma maior e mais moderna que a outra. Respondendo à pergunta do Bruno, que pode ser a dúvida de mais alguém aí: não, não há nenhuma ponte de três arcos... hehehehehehe.

Olhando para um lado da ponte, eu podia ver, de um lado, prédios enormes, metálicos, um dos símbolos da empolgação tecnológica que tomou o país nos últimos anos. Do outro, uma coisa me intrigava: umas casinhas num estilo oriental meio antigo, todas muito próximas umas das outras. Mas não me dei conta de perguntar a alguém se aquilo poderia ser a versão coreana da favela. Acho que não...

No primeiro dia, que foi quando tirei essa foto aí de baixo (em Samsung-dong), vi uma outra cena que achei curiosa. As ruas estavam todas decoradas com lanternas coloridas, porque era a semana do aniversário de Buda (fomos até num templo, depois eu ponho umas fotos). Atravessamos a rua e, de repente, vejo algo que me parece saído de um animê.

Umas cinco meninas, todas vestidas de rosa-tutti-frutti, faziam a promoção de um chiclete com aroma e sabor de flores. Era uma ótima oportunidade de se integrar ao povão, hehe. Foi por isso que a turma se aproximou da árvore cheia de papeizinhos cor-de-rosa. Era só pegar um daqueles, entrar na fila e aguardar para receber uma amostra da guloseima. Tudo isso enquanto uma mina histérica (falando em coreano, claro) anunciava o chiclete em um microfone no meio da rua.

O tal do chiclete floral, aliás, era uma delícia. Tratei de detoná-lo por completo. Só sobrou um brinde, um tererê de celular, que guardei. Talvez eu o coloque no álbum de fotos que vou colocar na viagem.

Em nenhum momento consegui disfarçar que estava achando tudo aquilo muito exótico. Tinha como ser diferente?