sábado, maio 28, 2005

Privada hi-tech

Depois da minha descoberta do controle remoto, uma das coisas mais malucas que vi em Seul (em Tóquio tem também) foi a privada digital. Depois de fazerem o que têm que fazer, os coreanos têm a opção de apertar vários botões – tipo bidê, água morna ou fria, etc. – para realizar, digamos, uma assepsia completa. Se bobear, deve ter até talquinho.

Privada em Seul
Originally uploaded by Mari Ceratti.

Barco em Seul

Seul é uma cidade fantástica. Como eu não sabia o que esperar de lá, acabei gostando muito de tudo o que vi. Menos do caranguejo cru e apimentado que insisti para que pedissem em um restaurante coreano. Às vezes eu me arrependo de abrir a boca...

Mas antes de falar de lá, melhor falar como é que eu fui parar do outro lado do mundo, numa viagem que dura horas e horas sem que o sol se ponha na janela do avião.

Fui a trabalho, conhecer dois dos mais empolgantes mercados de telefonia celular do mundo (depois de Seul, fui pra Tóquio). A Coréia do Sul, então, é uma coisa descomunal. É um país pequenininho, mas com quase 80% da população usuária de celulares. Os caras adoram música, ringtones, baixar joguinhos e outras coisas que, por aqui, demoram um pouco a decolar.

Saí de Brasília, fui a São Paulo e de lá para Nova York. Foram só algumas horas no aeroporto de JFK – que é tão grande que você precisa de trenzinho para ir de um terminal a outro, onde já se viu? (caipira!!! hehehe). Mas já deu para sacar algumas figuras da louca América: tira com copão de café na mão, manos gordíssimos com roupa de hip hop, uma faxineira imigrante chicana e marrenta que dizia toilet paper is not for the hands...

Tirei os tênis, saquei o laptop da bolsa e abri todos os bolsos do meu enorme casaco na saída de JFK. Take your time, disse o oficial da imigração antes de eu passar pelo raio-x. Uma das raras demonstrações de gentileza vindas por parte dessa turma.

A United, que levou a galera de Nova York para Seul (com conexão em Tóquio, avaliem), é bacana. Muito espaço para as pernas. Muito papo com a turma, Veja, Marie Claire e Zuenir Ventura (Minhas histórias dos outros) para passar o tempo. Ouvi Keane pra caramba. Aliás, cantei Keane o tempo todo enquanto estava sozinha na viagem. E dormi muito, principalmente depois que a minha máscara de dormir chegou.

As horas passam rápido. Uma volta lá pelas linhas de cima do globo terrestre, por cima de Anchorage, capital do Alaska. Linha internacional de data. Eu não vivi o dia 14 de maio de 2005.

Saímos daqui na noite de 13 de maio, chegamos lá quase às 11 da noite do dia 15. O cansaço se mistura com ansiedade e empolgação. Hotel novo, celulares coreanos, recomendações mil, elevador escuro, quarto, chuveiro, cama.

Antes disso, tenho de aprender como é que se faz para apagar a luz do quarto. Fico zanzando por 20 minutos procurando os interruptores, um zumbi com vergonha de ligar para a recepção e pedir ajuda, até que um lampejo de inteligência surge: tudo, absolutamente tudo, da luz à TV e às cortinas, funciona com controle remoto. Hora de reaprender como é que as coisas funcionam em uma terra completamente diferente. Bem-vinda à Coréia do Sul.

(Ah, sim: a foto é de um barco-restaurante, no meio da rua, perto do hotel).

Isso!

Sim!!! Voltei... Depois da louca semana da cúpula dos países árabes, fui direto para uma viagem de 10 dias – um périplo, hehe, segundo a definição do Paulo Cunha. Primeiro Seul, depois Tóquio, depois Nova York. Como disse meu irmão, andei na contramão do Lula...
Daqui a pouco eu ponho umas fotinhos e histórias aqui.

Novos links

Tem links novos à direita do blog! Os blogs do super André Machado, da Ale Lain (que eu só conheço pela web!) e o site Máquina de Escrever (do Fernando Paiva, uma das figuras da viagem para a Coréia e Japão) são os mais novos da lista. Leituras boas, eu garanto.

terça-feira, maio 10, 2005

Eu não queria tanto ir na cúpula dos países árabes?
Pois é. Eu fui.
Nem era para escrever a matéria mais legal do mundo (jornalistas morrem de vergonha de aparecer, pelo menos a maioria dos que eu conheço), mas tive as minhas compensações.

Pude conhecer, por exemplo, uma galera da Al Jazeera, que voou 21 horas de Doha, no Qatar, até Brasília. Assim: Qatar - Bahrein - Londres - São Paulo - Rio - BSB.
Já haviam feito isso uma vez, há algum tempo. E na volta vão fazer tudo isso de novo.
Os caras são muito, muito, muito gente fina. Um deles, Rachid Jaafar, simpaticamente contou que já era correspondente em Washington di-ci quando eu começava a andar, em 1982. Uia...

Também tem gente muito da estúpida nesse meio, mas esse tipo de coisa eu não gosto de escancarar no blog. Se alguém quiser saber da história, melhor me perguntar. Ou não... já perdeu a importância. Hunf! :-)

Bom, amanhã tem mais. Um engarrafamentozinho básico, a loucura de sempre da cobertura e, espero, biscoitinhos deliciosos de erva-doce nas salas do evento.
Rapaz, quanto tempo faz que eu não escrevia nada aqui.
Muita correria. Pouca inspiração. Tempo pouco, quando consigo algum prefiro fazer algo que não tenha nada a ver com computador, internet, tecnologia, etc., etc.
Tipo cortar o cabelo. Mudei de cor e de corte. Achei que ficou clááássico :-) Assim que eu conseguir, coloco uma fotinho aqui, ou no Orkut

Dia das mães foi bacana. Muito bacana. Incrível como a minha consegue ser sempre quente e acolchoada e aconchegante, mesmo sendo toda magrinha :-)

terça-feira, maio 03, 2005

Definições (II)

Já Alfred Kinsey (ao contrário do nosso querido presidente da Câmara) é um cara que não confunde as bolas (uepa!!!). Para ele é assim: caretice é caretice. Tesão é tesão. Biologia é biologia.

Gostei da sua mistura de objetividade, nervos de aço (só assim para encarar os que eram contra ele, e eram muitos) e capacidade de ouvir de tudo, tentando não julgar. E, claro, Liam Neeson ficou muito bom, charmosérrimo no papel do cientista. Laura Linney, que interpreta a esposa de Kinsey, também é uma fofa.

Vendo o filme, imaginei que não devia ser muito legal viver naquele tempo. As pessoas tinham dúvidas demais, que hoje nos parecem ridículas (no sentido literal do termo, a turma que estava no cinema riu mesmo). Não que hoje a gente tenha encontrado todas as respostas para a existência, mas a gente tem mais instrumentos para ir atrás delas.

Ou não?

Definições

"Meio virgem" = mistura de catolicismo fervoroso com tesão.

É isso, Severino?