quinta-feira, outubro 06, 2005

Alguém se habilita?

Al Qaeda anuncia vagas de trabalho na internet, diz jornal
da Folha Online

A Al Qaeda tem colocado anúncios de vagas de trabalho na internet solicitando candidatos que possam auxiliar na publicação de comunicados e vídeos na rede, publicou nesta quinta-feira o jornal árabe "Asharq al Awsat", que é sediado em Londres (Reino Unido).

A organização terrorista --comandada por Osama bin Laden-- publicou anúncios para vagas nas áreas de produção de vídeo, edição de textos e cobertura da mídia internacional sobre militantes no Iraque, territórios palestinos, rebeldes na Tchetchênia e em outros locais onde há grupos extremistas agindo.O jornal também disse que a Frente Global da Mídia Islâmica, uma organização ligada à Al Qaeda, iria "entrar em contato com as pessoas interessadas, contatando-as por e-mail". Não há informações sobre como os "candidatos ao emprego" poderiam entrar em contato com os recrutadores.

Membros da Al Qaeda sempre usam a internet para divulgar os comunicados do grupo em vários sites islâmicos, onde qualquer pessoa pode postar uma mensagem. Alguns grupos ligados à rede terrorista de Bin Laden também mantêm seus próprios sites, que mudam constantemente de endereço e servidor, assim que são descobertos por autoridades.

Segundo a agência de notícias Associated Press, os anúncios que o jornal afirmou terem sido divulgados não foram encontrados em nenhum site usado pela Al Qaeda.O "Asharq al Awsat" afirmou que o anúncio não especifica o valor do salário a ser pago, mas diz: "Todo muçulmano sabe que sua vida não o pertence, desde que ele faça parte dessa nação islâmica, violentada, e cujo sangue tem sido derramado. Nada pode ter maior prioridade que isso".

No mês passado, a Frente Global de Mídia Islâmica lançou um programa de notícias na internet chamado "Voz do Califado", que diz "combater as mentiras e a propaganda contra a Al Qaeda", divulgada por redes de TV como a CNN (EUA) e a Al Jazira (Qatar).Grupos terroristas usam a internet também para recrutar jovens muçulmanos para a "guerra contra os governos financiados pelo Ocidente" em países árabes.

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