domingo, março 28, 2010

Na 25 de Março - Parte 3

Já fui à Rua 25 de Março uma porrada de vezes desde que viajei a São Paulo pela primeira vez depois de adulta (em 2002), mas nunca me canso de reparar numa série de aspectos.

A primeira, como vocês devem ter visto nos dois posts abaixo, é a quantidade de papos maravilhosos que se ouve -- algo natural num lugar por onde passam milhares de pessoas por dia (na época do Natal, são milhões).

A segunda? A variedade de produtos que podem ser comprados com qualquer quantia. Você tem só R$ 1? Bom, então já consegue sair de lá com uma lembrancinha.

A própria diversidade de quinquilharias à venda é inacreditável. Tem tudo que você imaginar em verde-e-amarelo para a copa do mundo, estátuas de noivinhos (para bolos de casamento) em todos os tamanhos e posições e artigos incríveis para casa (tipo descascador de pinhão), entre outros mil itens.

Surpreendentemente, o amigo que me acompanhou no passeio teve uma dificuldade danada de encontrar um radinho portátil. E olha que a gente rodou.

Não vou me lembrar em qual esquina fica, mas há um shopping popular chamado 25 de Março (dã), que, para mim, é uma espécie de universo paralelo. Cheio de compradores, de produtos e principalmente de chineses (atrás dos balcões), que, em sua maioria, falam um português precário. Sério, tinha muito mais chinês do que brasileiro. Foi a primeira vez que senti necessidade de aprender a língua de Mao.

A polícia está por toda a parte, com homens e com viaturas. Mas não para coibir a pirataria (que permite a qualquer um comprar um relógio Calvin Klein shing-ling por R$ 10), e sim para garantir que todos façam suas compras -- piratas ou não -- em paz e tranquilidade.

Cara, essa ambigüidade é algo muito brasileiro.

4 comentários:

Anônimo disse...

Na primeira vez que fui pra Sampa (primeira MESMO), eu inventei de ir na 25, como bom turista que sou. Fiz mil planos, botei dinheiro na meia, escondi o celular e reforcei o Rexona. Pensei que domingo seria um dia bombante. Cheguei lá. Nada. Comprei um Ray Ban de uma chi-chin por R$ 7. Fiquei frustrado. Fim. HAHAHAHAHAHA.

Arthur H. Herdy disse...

Na primeira vez que fui pra Sampa (primeira MESMO), eu inventei de ir na 25, como bom turista que sou. Fiz mil planos, botei dinheiro na meia, escondi o celular e reforcei o Rexona. Pensei que domingo seria um dia bombante. Cheguei lá. Nada. Comprei um Ray Ban de uma chi-chin por R$ 7. Fiquei frustrado. Fim. HAHAHAHAHAHA.

Mari, a Maricota disse...

"Fiquei frustrado. Fim" é a parada mais desconcertante que já li nos comentários nesses últimos tempos. AMAY!

RC disse...

Muito brasileiro mesmo.

A elite do funcionalismo público comprando na Feira do Paraguai também.