segunda-feira, novembro 28, 2005

Caiu uma lágrima (oooh)

Sou uma chave de limado aço.
E meu formato não é arbitrário.
Durmo o meu vago sono em um armário
Que não enxergo, presa a meu chaveiro.
Há uma fechadura que me espera,
Uma somente.
A porta é de forjado
Ferro e firme cristal.
Do outro lado
Está a casa, oculta e verdadeira.
Altos e na penumbra os desertos
Espelhos vêem as noites e os dias
E as fotografias dos defuntos
E o tênue ontem das fotografias.
Em dado momento empurrarei a dura
Porta e farei girar a fechadura.
(Jorge L. Borges - Uma chave em East Lansing)

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E se beijo a ousadia
E o mistério de teus lábios
Não haverá dúvidas nem ressabios
Te quererei mais
Ainda.
(Mario Benedetti - Ainda)

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Achei esses dois poemas tão legais que copiei descaradamente do blog da Alê para cá :-D
Boa semana!

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindos todos, vai lá ver o outro. Tô apeixonada... rs...bj