Reproduzi a notícia no post aí embaixo, mas na correria acabei não emitindo uma opinião (na verdade, eu ia escrever um poema concretista, só que não gostei dele).
A Daspu vai ser um sucesso, principalmente se encontrar uma forma inteligente de distribuição dos produtos (quem compra em sex shop ou algo assim pode comprar Daspu, não pode?). Do contrário, a marca vai ficar igual à daquelas ONGs que fazem produtos lindos, lúdicos, feitos com o coração, nativos, espontâneos e fashion... mas só encontrados em uma ou outra demonstração do Sebrae. Ou numa cooperativa localizada na pqp, lá longe.
Acho que mídia e mercado estão sabendo muito bem se apropriar dessa curiosidade causada pelo mundo das putas para chamar a atenção e lucrar. Não que eu tenha números assim, exatos, para referendar isso. E a Daspu, se conseguir seguir essa onda, aí vai ganhar dinheiro à beça para ajudar as minas da Davida.
Existe uma percepção que, pelo menos pra mim, funciona tão bem quanto os números. Não é que esteja na moda ser prostituta. Mas de repente a dupla mídia-mercado começou a explorar um discurso do tipo "puta é gente como a gente e tem o que dizer, tem histórias pra contar" (e é mesmo, vai dizer que não?) como eu nunca tinha visto. É natural que, como é um mundo que não nos pertence, essas coisas causem curiosidade.
Daí, por exemplo, o sucesso dos livros e dos blogs criados pelas meninas – lá fora e aqui, vide o caso da Bruna Surfistinha. Ou as letras garrafais de revistas como a Nova (que vai recomendar fortemente o uso de Daspu, já estou até vendo) e outras publicações femininas, ao exibir chamadinhas do tipo "os segredos das garotas de programa para você dar mais prazer". E por aí vai.
São um dinheirinho e uma visibilidade sensacionais, que essas meninas não podem perder agora, se quiserem levar seus projetos em frente.
Acaba de me ocorrer uma idéia: a Eliana Tranchesi deveria deixar de ser mané e se oferecer para vender Daspu. A precinhos bem módicos, bem entendido.
Um comentário:
hehehe, Eu achei muito engraçado essa historia. Isso me lembra aquela historia em que o casseta e planeta fez uma comparação entre os politicos e as prostitutas e uma camara de vereadores mandou uma carta indiguinada para a Globo e ai os Cassetas, responderam, mais ou menos, assim: "A nossa intenção não foi ofender nenhuma das duas classes, nem os politicos e nem as prostitutas"
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