sábado, julho 10, 2010

Vazou


Não sei quanto a vocês, mas eu só recentemente soube da existência do Wikileaks, uma página em que qualquer pessoa pode divulgar documentos secretos contendo material de denúncia.

Leak, em inglês, é o verbo que se usa para falar do vazamento de informações.

Vou fazer um comentário rápido e megassuperficial porque ainda preciso fuçar mais e, principalmente, porque estou na correria!

O sujeito publica o material ali... e vê quem será o primeiro jornalista a prestar atenção no caso.

Para quem tem uma denúncia a fazer, pode ser muito bom, porque os riscos de exposição e de ameaças diminuem consideravelmente.

Para quem está na mídia, pode ser sensacional ou péssimo. Agora, informações quentes teoricamente chegam mais rápido para todo mundo, mas o gosto de ter uma notícia exclusiva e um material único se esvai.

Sem contar que a possibilidade de anonimato torna o processo de verificação dos dados uma droga, e fica mais difícil responsabilizar alguém que divulgue uma bobagem.

A seção About Us do site garante que nunca foram publicados dados incorretos ali, mas nem por isso dá para confiar 100%, né?

Por ora, ele tem dado origem a umas histórias interessantes, como esta.

Em síntese, é o seguinte: nos Estados Unidos, um soldado foi acusado de vazar um vídeo em que colegas atiram em iraquianos civis como se estivessem brincando de videogame. Nessa brincadeira, mataram também um fotojornalista e o motorista que trabalhava com ele.

Desde então, nada mudou muito no jeito como o grande país do norte conduz a guerra. Em compensação, o militar vai responder a um processo quilométrico.

E acho que vêm aí mais uns mil casos como esse.

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