quinta-feira, julho 08, 2010

The old fashion way


Ontem precisei ir a um dos vários incríveis shoppings da capital federal.

De longe, avistei uma loja de sapatos e o aviso de liquidação. Ou melhor, sale, para ficarmos na língua de Camões, né?

Pô, eu (bem como 99,9% da população feminina) adoro sapatos. Principalmente porque qualquer mulher pode comprá-los a qualquer tempo, esteja ela bonita ou feia, magra ou mais cheinha, desde que se tenha $$$, claro.

Fui olhar os preços: de R$ 150 para cima.

Me deu saudade de uma certa terra onde as liquidações são para valer...

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Chegou para mim um envelope cujo remetente estava escrito a carimbo.

Quer dizer, quem mandou provavelmente envia uma quantidade tal de cartas que deve dar uma certa preguiça de escrever os próprios nome e endereço 1 milhão de vezes.

Dentro, um texto jornalístico datilografado na máquina de escrever. Detalhe: não é o original, mas sim uma cópia em xerox. Fosse em mimeógrafo, eu provavelmente cairia pra trás (amo, ou amava, cheiro de papel que passou pelo mimeógrafo).

A fotocópia dá um ar ainda mais rústico às inúmeras marcações feitas à caneta: parágrafos, correções ortográficas, trocas de palavras e por aí vai. Isso sem contar com as anotações e recomendações ao editor escritas na margem.

Para completar, veio também uma foto recortada de outra revista, para ilustrar a matéria. Engraçado pensar: ainda tem gente que faz jornalismo desse jeito.

Ainda estou decidindo se acho a tal da correspondência comovente ou surreal. Só sei que não vou conseguir jogá-la fora tão cedo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu também adorava o cheiro do papel mimeografado. E ainda existem escolas que usam essa preciosidade pelo interior do país e até mesmo em algumas capitais. Nessa era de informática em que tudo se tornou rápido demais, mecânico demais, superficial, eu diria, é mesmo de chamar a atenção um texto como o que você recebeu.