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terça-feira, janeiro 26, 2010

Photo velhinha


Uma pequena arruaça (cuidadosamente planejada, claro) em frente à Louis Vuitton.
Paris, maio/2008.

quinta-feira, julho 02, 2009

O dia em que circulei no Jet Set

Não sei se você pensa parecido, mas acho que o fato de certos estabelecimentos comerciais terem nomes em inglês (ou alguma tentativa linguística do gênero) faz com que eles pareçam muito mais toscos do que realmente são.

Lembre-se de todos os bares chamados Fulano's e de todas as boates chamadas Star Night (aqui em Brasília há ou havia uma) ou World Class e você saberá do que estou falando.

E de um restaurante chamado New Jet Set, o que dizer?

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Ele existe, fica em Paris e é sensacional -- um pouco pelo serviço atencioso, mais um tanto pela decoração, muito pela gastronomia e mais ainda pela quantidade inenarrável de personagens que frequentam o lugar.

Repare que não me refiro a pessoas: são personagens de verdade. Poderiam estar num filme francês metido a étnico, num conto escrito por um autor marginal, numa tese antropológica ou em todos esses veículos ao mesmo tempo.

A comida é toda baseada nas receitas vindas do Oriente Médio e tem um sabor responsa. Individualmente, os pratos são meio caros, mas dá para provar um pouco de cada coisa sem pagar muito. Basta escolher a opção do dia ou uma das combinações de entrada-prato principal, prato-sobremesa ou entrada-prato-sobremesa, que têm preços supervariáveis.

Escolhi a fórmula prato-sobremesa. Pedi cordeiro e fui muito, muito feliz. Mas fiquei mais contente ainda observando o resto da fauna. Achei incrível a quantidade de tempo que eles passavam por lá, ainda mais num meio de tarde de um dia de semana.

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Entre os homens, havia uns executivos aqui, uns caras com jeito de trabalhadores-autônomos-posudos acolá e uns tipos com um jeito mafiosíssimo (pense em barrigões de prosperidade alojados em camisas de manga curta, bigodões e colarzões de ouro).

Entre as mulheres, umas moças lindas e classudas -- uma ou outra com uniforme de comissária de bordo -- e outras com um visual suspeitíssimo.

E o que todos eles faziam, afinal, num horário tradicionalmente morto para qualquer outro restaurante? Fiquei até com dificuldade de chutar. Alguns pareciam estar fechando negócios com os companheiros de mesa. Outros falavam no celular por minutos intermináveis. Outros tinham jeito de quem não estava fazendo nada além de tomar alguma coisa e fumar narguilé.

O New Jet Set tem isso: se você quiser, pode simplesmente chegar lá, sentar num sofazinho comprido no meio de outras pessoas, descolar um narguilé individual, fumar e ir embora. Não sei quanto custa.

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Já tinha acabado o almoço quando vi entrar uma moça de uns 30 anos, cabelo chanel laranja-cobre e calcinha laranja gigante aparecendo em cima do cós da calça jeans justa.

Ela fez menção de se sentar no sofá comprido reservado aos fumantes de narguilé, mas um homem bigodudo nos seus 50 anos disse a ela em francês:
- Você não pode se sentar aí. O lugar já está ocupado por outro senhor.

Rolou um começo de climão. Mas um dos garçons interveio rapidamente e avisou que o antigo ocupante do lugar já tinha ido embora e que, sim, ela podia se sentar.

Eu não quis ficar olhando muito. Paguei minha parte da conta, observei a rua um pouco e, 10 minutos depois, o senhor "você não pode se sentar aí" e a mulher de calcinha laranja estavam cada um com seu narguilé e no maior tête-à-tête. Davam risinhos como se fossem conhecidos de muito tempo.

Gosto de pensar que as demonstrações de intimidade louca e instantânea entre os dois não acabaram por ali.

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NEW JET SET
Rue Washington, 14 -- 75008, Paris.

quarta-feira, junho 24, 2009

segunda-feira, junho 22, 2009

Não tem champagne no biscoito de Champagne

Há uns mil anos (tá bom, foram só uns 20), logo depois que a minha família mudou de apartamento, eu acordei num dia chuvoso e feio e resolvi ir direto no pacote de biscoitos de champagne que mamãe comprou em algum lugar aí.

Naquele momento, aqueles biscoitinhos me pareceram a maior criação da história da arte: dourados, arredondados, com aquela crosta delicada feita de açúcar a cobrir a massa quase por completo. E ainda por cima o nome do produto indicava que havia champagne e glamour de verdade na receita. Tudo o que alguém pode querer num dia cinza.

O primeiro gosto, no entanto, foi totalmente aquém do esperado. O tal biscoito de champagne era uma coisa meio doce, seca, massuda. Comi por mais um tempo por pura teimosia. Mas nunca mais fiz questão dele.

E passei mais um tempão sem me lembrar dessas coisas até o dia em que me vi cara a cara com os tais dos biscoitos rosa de Reims (na região de Champagne).

O propósito deles é servir de acompanhamento para as taças de champagne que o pessoal toma (o biscoito é tão doce que deve ajudar o sujeito a não ficar tão bêbado). E a massa tem a incrível propriedade de não se desmanchar quando entra em contato com líquidos (uau). De modo que os usos e costumes locais mandam a pessoa mergulhar o doce no champagne de vez em quando e... bom, não é preciso mais nada, né? Basta ser feliz.

Os biscoitos rosa de Reims são assim. Vejam e vocês acreditarão que eles são bons.

Pois é, mas não são nada demais. Eles têm o mesmo sabor do meu biscoito de champagne da manhã chuvosa dos meus 7 anos. A diferença é que há um corante na massa. Pura aparência.

E, antes que eu me esqueça, não há champagne nos biscoitos de Champagne. A massa é a mais básica que se pode imaginar para um biscoito: farinha, ovo, leite, açúcar e fim.

O reencontro com a iguaria foi tão chocho que nem me dei o trabalho de tentar experimentá-la como manda o figurino. Melhor não.

O gosto da decepção é mesmo uma coisa muito esquisita.

domingo, junho 21, 2009

Champagne bom, champagne indie

Existem duas formas de conhecer a fabricação do produto que dá nome à região de Champagne, na França. A primeira delas é visitar as grandes caves, cujas sedes ficam nas cidades de Reims e de Epernay.

Moët & Chandon, Veuve Cliquot e Taittinger são as principais delas. Lotam de turistas do mundo inteiro (inclusive eu, rsrsrsrs). Por 10 euros, entrei na Taittinger, assisti a um vídeo em francês do qual entendi lhufas, fiz um tour guiado numa caverna (já usada pelos galo-romanos nos primeiros séculos depois de Cristo) cheia de garrafas, tirei umas fotos e... desejei loucamente o momento final da visita.

Aliás, acho que todos na turma estavam na mesma ansiedade.

Dá para imaginar o que acontece nesse momento, né? Depois de subirmos uns 600 degraus para voltar da caverna galo-romana à superfície, todos nós, turistas, bebemos uma tacinha de Taittinger ao pé da vaca.

E, depois, fomos gentilmente convidados à passar à lojinha, onde poderíamos adquirir mais daquele saboroso líquido a preços módicos (40 euros a garrafa mais barata, a de demi-sec).

Preferi tirar fotos da garrafona usada para batizar navios (imagem acima).

Dizem que quem visita uma grande fabricante de champagne fica sabendo automaticamente como são todas as outras. Por isso, resolvi partir para outro esquema, que, no fim das contas, me pareceu muito mais jogo: o dos Vinheiros Independentes. Batizei-o de champagne indie.

Os afiliados a essa associação são pequenos vinheiros pouco comprometidos com a criação de uma champagne que vá agradar desde o sultão de Brunei até o banqueiro paulistano (para isso, existem as grandes caves). Ao fabricar suas milhares (e não milhões) de garrafas anuais, se metem em cada etapa da produção e dão um sabor muito mais pessoal às próprias bebidas.

Esse espírito 'mão na massa' se percebe facilmente na visita a qualquer vinha indie. Estive em duas: a Laurent Gabriel e outra cujo nome não me lembro de jeito nenhum (atenção, engraçadinhos: a culpa não é do champagne).

A primeira é superfamília. Quase morri de timidez quando soube que as explicações sobre a vinha seriam dadas na sala de estar da turma, em meio a retratos de bebês. Quando a guia (uma moça mais ou menos da minha idade) veio trazendo a filha pitizenta, pensei: "Ferrou. Se o produto dela for uma merda, não vou conseguir disfarçar e ainda vai rolar aquela pressão básica pela compra".

Tudo melhorou depois que Marie, a guia, entregou a pitizenta para a mãe e contou a história dos pais. Em poucas linhas, é o seguinte: a mãe era dona de casa (acho) e o pai consertava o maquinário das vinhas dos outros. Um dia, resolveram ir atrás dos retalhos de terra das duas famílias e abrir a própria cave, que atualmente produz 20 mil garrafas por ano.

Eventualmente, Marie e o pai têm uns arranca-rabos porque ela prefere colocar mais uva chardonnay na composição, enquanto monsieur Laurent prefere a pinot noir.

A fábrica não é glamourosa. Mas o produto é tãããããããããão melhor. Constrangimento zero. E preços bem mais camaradas: cada garrafa custa 13 euros em média. Quase o preço do ingresso que a Taittinger cobra para te dar direito a uma taça. Comprei, claro.

A outra era um pouco maior e mais arrumadinha. Mas o tratamento não mudou muito. Rolou um papo com a dona da vinha, que ofereceu biscoitos cor de rosa para acompanhar a bebida. Champagne gostoso e barato também. Recomendo demais.

sexta-feira, junho 19, 2009

A cidade dos patos

Langeais é uma cidade minúscula na região de Indre-et-Loire, na França. Tem no máximo mil habitantes. Alguns turistas dormem lá antes ou depois de ir visitar o Castelo de Chenonceau, de onde a rainha Catarina de Médicis governou a França durante um tempo.

Quando cheguei lá, tipo umas 17h30, 18h, os moradores já estavam quase todos recolhidos em casa. Ao que parece, a partir desse horário, a cidade fica entregue a esse casal de patos. Reparem no garbo com que eles desfilam na rua principal de Langeais, que deve ter uns 500 metros.


Os motoristas que ainda circulam no vilarejo param pra dar passagem às aves, lógico. Elas, por sua vez, nem sequer se dão o trabalho de voar para fugir dos carros.

O passeio da dupla continua abaixo.




Cansados de fugir, os patos buscam abrigo num regato cheio de plantas.

E depois percebem que talvez seja melhor andar na calçada normal, de pedestres. O da direita ainda dá a impressão de gostar de olhar vitrines.

sexta-feira, junho 12, 2009

Eros e Psiquê


Eros e Psiquê: para os que namoram, para os que estão solteiros, para os que têm um avec/tico-tico no fubá/etc. e para todos que, independentemente do estado civil, gostam de fotografia e escultura. :o)
Foto: feita em Azay-Le-Rideau, França, em maio de 2009.

domingo, junho 07, 2009

Querida, cheguei



Galera, estou de volta ao Brasil e às postagens diárias do blog. Vou começar a sessão fotográfica com três imagens de Sevilla: laranjas, loja de instrumentos musicais no bairro de Santa Cruz (ex-gueto judeu e atual reduto da balada e da gastronomia) e teto dos Reales Alcázares (misto de fortaleza e palácio supercomum nas cidades espanholas antigamente ocupadas pelos árabes).
Quem ler as postagens mais antigas verá que também coloquei as fotos que prometi há alguns dias...
Beijos!

sábado, junho 06, 2009

Só um mês?

O próximo post que escreverei aqui já será feito no Brasil.

É, estar aqui foi bom, mas preciso voltar. Fiquei aqui por quase 30 dias, que valeram por uns 200, tamanha a quantidade de coisas que fiz, vi e fotografei.

Por falar em fotos, me aguentem. Vou encher esse blog de imagens assim que ligar o computador aí do outro lado do oceano.

quinta-feira, junho 04, 2009

Com voces, o editor de pães

Descobri que na França ninguém é simplesmente padeiro, doceiro, queijeiro, chocolateiro, açougueiro ou criador de casacos de pele.

Como assim?

Simples, ora: bote na frente de cada métier mencionado acima as palavras "artesão" ou "artista" e você descobrirá o que esses profissionais realmente fazem. Perdi as contas de quantos letreiros com os dizeres artisan boulanger (padeiro), artisan chocolatier, artisan boucher (açougueiro) e outros vi por aqui desde que cheguei.

Perto de onde estou, tem até um artisan fourrier, que nada mais é do que um sujeito que faz e conserta casacos de pele. Chiqueza ou tiraçao de onda? Vou deixar para voce decidir.

Numa cidade onde todo mundo compete para ver quem vende mais chocolates, pães, queijos e outras delícias, não basta fazer o pão mais macio, o queijo mais degenerado ou o chocolate mais delicado. Também é preciso mostrar a todos quem é capaz de elevar a producao de qualquer coisa a um nível próximo do êxtase.

Tem gente que vai mais além na criacao de formas para deixar as profissoes mais glamourentas.

Um artista chocolateiro pode se cansar da denominacao e decidir que ele é um "inventor de ideias em chocolate".

Tambem perto daqui ha um florista que se define como "criador em vegetais".

O melhor caso de todos, no entanto, e o da padaria que fica em frente a floricultura (ops, espaco de criacao em vegetais). É o do "editor de pães bio". Tenho fotos comprovando que realmente vi isso.


Bio, aliás, é outra palavra que anda super na moda por aqui. É bio pra cá, bio pra lá, uma loucura.
É uma dessas palavras que podem significar tudo ou nada, sabe?

Normalmente, designa alguma coisa produzida de forma organica, sem agrotóxicos ou substancias prejudiciais a natureza. E, de preferencia, vendida pelo sistema de comércio justo (ou fair trade ou commerce équitable), de forma a promover uma vida melhor entre aqueles que nao deram a sorte de nascerem franceses e chiques.

Existem queijos bio, cosméticos bio, camisetas bio, bolsas bio e o que mais voce imaginar.

A adicao da palavra bio também pode ser só uma forma de deixar um produto qualquer (mesmo que ele nao tenha as qualidades que descrevi acima) 2000% mais caro que sua versao normal. Mas nao vou botar isso em discussao.

Prefiro fazer como meu amigo que diz que "bio", na verdade, é apenas uma sigla para "biodegradável". É bem mais divertido.

terça-feira, junho 02, 2009

O mais legal e o mais triste das rádios francesas



O clipe acima (agradecimentos ao Bruno, que mandou o link do Youtube!) é o da música Ayo Technology, originalmente do rapper americano 50 Cent e regravada pelo belga Milow. Já tinha falado um pouco sobre a música no post imediatamente abaixo deste. A nova versao é legalíssima e toca direto nas rádios daqui da França (Paris e interior). Junto com Jai-ho!, do filme Quem quer ser um Milionário?, virou hit dessa primavera de tempo maluco do lado de cá do Atlantico. Espero que gostem.

O ruim da programaçao das rádios é, claro, o noticiário sobre a queda do voo da Air France. Tenho evitado prestar superatençao a muitos detalhes porque fiquei bem triste ao ouvir a notícia ontem. Das pessoas que estavam no aviao, só conhecia de nome o Silvio Barbato (ex-regente da Orquestra Sinfonica do Teatro Nacional), mas... uma tragédia assim deixa todo mundo meio que de coraçao partido.

Beijo pra todos.

sábado, maio 30, 2009

Um milhao de coisas

Tenho so sete minutos de conexao web aqui no cibercafe e um milhao de coisas para contar sobre os ultimos dias em que ficamos pulando de cidadezinha em cidadezinha. Oh, vida cruel! hehehehe
Acabei de chegar em Reims, na regiao da Champagne, onde se produz... (complete as lacunas).

Chegamos num dia bonzaco. Esta quente pacas e, na rua principal da cidade, rola uma supermuvuca. Barraquinhas com comidas mil, gente para tudo quanto eh lado e uma banda de percussao e metais que tocava varios rocks. Cheguei a pensar que em algum momento fosse aparecer o Marcelo Camelo para cantar Cher Antoine ou algo do tipo.


Mais cedo, almocamos na cidade onde nasceu o La Fontaine, aquele das fabulas. O jogo americano do restaurante tinha varios trechos de historias. E a comida era otima. Foi divertido.

Queria falar de todas as musicas que estao fazendo sucesso por aqui, mas o tempo corre rapido demais (o ciber vai fechar logo). Um cara fez uma versao acustica de She Wants It (nao sei se eh do 50 Cent ou do Justin Timberlake) e ficou genial. Toca toda hora no radio. Agora preciso ir...
:o)
Beijos.

terça-feira, maio 26, 2009

Castelo (nao eh o de Caras)

Ate hoje, a coisa mais proxima de um castelo a que eu ja havia chegado era aquele Albergue Lua Cheia, que fica em Natal, sabem?

Dai que nesta terca-feira, dia 26 de maio, fiquei conhecendo logo dois. Ambos ficam aqui em Algers, a uns quilometros de Paris.

Um deles se chama Serrant. O outro eh o Plessis-Bourre. Qual eh o melhor? Bom, prefiro o segundo porque tem mais cara de castelo e o cheiro eh muito melhor (no Serrant rola um arominha de mofo).

Sem contar que a visita guiada do PB eh muito mais divertida. Basta dizer que o guia, um velhinho figuraca, conta varias historias divertidas do lugar a partir de detalhes, como uma mesa de jogos, um desenho no teto, coisas assim.

Tirei varias fotos em estilo Castelo de Caras para fazer uma graca. Assim que puder, coloco no ar para divertimento geral, hehehehehehehehehe.

Agora vou nessa, que a conexao esta quase acabando... ate quinta, gente! :o)

domingo, maio 24, 2009

A feira e a teve de cachorro

Existe em Paris um programao superturístico que, contraditoriamente, é frequentado por bem poucos turistas: a feira de quarta e de sábado de manha na Avenida Presidente Wilson, no décimo sexto distrito (metro: Iéna, linha 9), um dos mais bacanudos da cidade.


Quem chega cedo tem a oportunidade de saber se se emociona com gastronomia ou nao. Eu me emociono muito. Ver vegetais lindos, carnes de todos os tipos, pates diversos, paes, doces daqui, de Portugal e do mundo árabe e delícias da culinaria espanhola, entre outras coisas, é um absurdo, dá vontade de levar tudo.


Ainda dá para se divertir com as mocas de peruca loira que pedem $$ para a Cruz Vermelha da Franca e com uma versao turbinada de frango assado. Sabe frango assado de padaria, televisao de cachorro, e tal? Pois entao... na feira da Presidente Wilson, a teve de cachorro é de plasma ou LCD (voce escolhe), de 58 polegadas, blu-ray embutido, essas coisas.

As cocós giram no espeto e, enquanto isso, a gordura que pinga vai regando umas batatinhas pequenas que ficam por lá assando. Gente, eu provei o frango e as batatas. É bom pacas.

Quem fala frances bem e chega tarde (a feira acaba la pelas 13h) ainda tem a oportunidade de treinar o idioma ouvindo os vendedores se esgoelando para vender a xepa. Dizem que é engracadíssimo.

Mas antes disso dá para ouvir aquelas coisas típicas de feira. Com o meu frances bizarre consegui entender a seguinte frase, maliciosamente dita por um rapazinho que enchia a sacola de frutas para a cliente:
- Voce sabe que ninguém te serve como eu...

O mais legal é que a compradora era bem velhinha e se divertiu até com o gracejo.

sexta-feira, maio 22, 2009

Vendo suas coisas no eBay

Quem viu o filme O Virgem de 40 Anos (uma das minhas comédias recentes preferidas) com certeza se lembra que a personagem da Catherine Keener (a namorada do virgem em questao) tinha uma loja chamada I Sell Your Stuff on eBay (ou Vendo suas Coisas no eBay).

O simples nome do tal estabelecimento é um elemento totalmente surreal, bobinho e gostoso e da origem a um dos muitos diálogos inacreditáveis da comedia. Algo do tipo (abre aspas) por que diabos alguem montaria uma loja para vender em um lugar onde ninguem precisa de intermediarios? (fecha aspas).

Sempre achei que a existencia de um lugar assim fosse so piada de filme ate que vi hoje, mais cedo, aqui na Avenue Mozart, em Paris, uma loja chamada... Vendo suas Coisas no eBay (em frances, claro, mas esqueci como ficava o nome traduzido). Serio, gente. Tirei fotos para comprovar e tudo. Nao vai dar para subi-la hoje, mas juro que farei isso assim que puder.



Nao eh fantastico isso?

Como ja passava das 20h, o ponto ja estava fechado e nao deu para investigar. Mas se abrir amanha e os donos nao tiverem uma cara muito ranzinza, vou dar um jeito de conversar com eles.

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A teve francesa tem um canal chamado Zen. A programacao consiste basicamente em imagens de lugares incriveis, tipo a Ilha de S. Bartolomeu (no Caribe, acho) e barulhinhos relaxantes, como o de agua.

Descobrir essas coisas eh bom demais.

quarta-feira, abril 15, 2009

Viva Pauline Croze!

A moça está longe de ser gata, mas canta umas músicas lindas. Graças a ela, comecei a perder a preguiça que tinha de música pop francesa. Com vocês, T'es beau.