E a coisa mais linda que vi (pela TV) na SP Fashion Week? Foi o Lino Villaventura. Não conheço muito o trabalho dele fora da semana de moda, mas sei que ele gosta de criações muuuuuito femininas e sensuais. Não poderia ter sido diferente dessa vez.
Ou melhor, poderia: toda a feminilidade do mundo foi para as roupas-conceito que ele apresentou dessa vez. Para explicar melhor a idéia de roupa-conceito, basta dizer o seguinte: não é que as vitrines da loja dele vão mostrar essas mulheres de roupas larguíssimas e enfeites estranhos na cabeça. Ninguém vai ter de usar segunda pele toda estampada com um monte de panos, e ainda por cima ter de calçar tamanquinhos anabela.
As peças esquisitas servem, primeiramente, para chamar a atenção do pessoal que está assistindo ao desfile. Depois desse impacto inicial, é a hora de observar o que o estilista quer mostrar.
No caso da coleção do Villaventura, o que eu vi foi o seguinte: cores vivas e tecidos delicados (como cetim e seda) com todos os tipos de estampas fofas imagináveis. É claro que as pessoas podem usar os padrões misturados (conforme outros estilistas mostraram, além do Lino), mas também podem escolher uma cor só, ou duas, e juntá-las a um preto, marrom, jeans, etc., etc. Isso foi uma coisa.
Outro ponto bacana do desfile: vida longa aos bordados, paetês, canudinhos, miçangas! É inacreditável que, até um tempo atrás, a gente só via esse tipo de detalhe em uma ou outra peça nas lojas, principalmente as de modas indianas. Se bem feitos, deixam qualquer roupa mais chique, vistosa, feminina. É uma onda que deve durar pelo menos por mais um ano.
As roupas também mostram que a moda do próximo verão – pelo menos aquilo que a gente usa para trabalhar e sair à noite – está mais larguinho. Não entendi exatamente se ele propôs o retorno da saia balonê (meninas, aquela que a gente usava nos anos 80, urgh!). Mas a gente também não tem que vestir isso se não quisermos. Ainda temos as opções das calças folgadas, tanto as normais quanto as capri (que eu dispenso, obrigada), além das blusas, camisas e batas.
O legal é que essas peças um pouco mais soltas deixam todos os tipos de mulher mais elegantes – e não só as manequins varapaus. Não deixa de ser uma alternativa à moda brasileira convencional, que normalmente é curtíssima, justíssima e decotadíssima, como se todas as brasileiras quisessem ser assim o tempo todo.
Com modelos lindas, maquiagem perfeita e clima suave, Lino mostrou que sensualidade é possível mesmo que um monte de panos estejam cubrindo o corpo. Foi o meu preferido :-)
(Lembrando: as fotos deste e do post abaixo são do site oficial da São Paulo Fashion Week)
Um comentário:
Hey Mari!
Como vc está, menina?
Nossa, vou levar um bom tempo para ler todos os teus posts que perdi nesse meu momento de abandono da vida de bloggueira...
Lino Villaventura é tudo de bom!
Bjocas!
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