Férias servem para a gente fazer coisas que nunca faz no dia a dia. Pues, desde ontem eu:
. Me perdi (de propósito) e foi superlegal
. Andei no sol
. Fiquei cor de rosa de andar no sol
. Fui para um shopping e fotografei a decoracao de Natal! Afinal, só em Montevideo voce pode encontrar uma decoracao que misture pinheiros de bolinha e bichos do Hemisfério Sul, tipo pinguins, zebras, elefantes e outros.
Viva!
segunda-feira, novembro 29, 2010
domingo, novembro 28, 2010
Plaza Cagancha
A Praca Cagancha, em Montevideo, tem um mercadinho de artesanato bacanerrimo, mas nao é dele que vou falar. Nao agora...
O lugar serve também como uma espécie de salao de baile ao ar livre para uma série de senhorinhas e sinhozinhos uruguaios. Muito legal. Nao sei se o esquema rola só aos sábados, nem se existe sempre, mas, enfim, aconteceu hoje.
Quando deu fim de tarde por aqui, já havia uma fila enorme de velhinhos sentados em cadeiras de praia (uma colada na outra) de um lado, e um equipamento de som enorme do outro, bem na frente da estacao de metro.
Achei inicialmente que o som fosse para algum espetáculo de artistas de rua, como vemos em Buenos Aires, mas ali o esquema era diferente. Balada pública, no meio da galera, para quem quisesse ver e participar!
O astro da festa era um senhor de terno branco, que apelidei internamente de Carlos Elias do tango. Para quem nao é de Brasília, uma referencia rápida: Carlos Elias é uma figura que frequenta TODAS as rodas de samba da capital federal e danca com TODAS as mocas, a noite inteira -- é inclusive disputado por elas.
Para honrar seu apelido, ele dancou com cada uma das mocoilas das cadeiras. Mas fez um par especialmente interessante com uma senhora de cabelos curtos e vermelhos, blusa preta e rosa branca no colo.
Os dois dancaram superbem -- nada supera o tango dancado pela gente comum, que nao vive de palco nem de gorjeta, comprovei --, mas tem um negocio que vai além disso.
Nunca vou saber se os dois eram namorados ou algo do genero, mas rolou uma sensualidade fortíssima ali, química mesmo, e nada grosseira, que me fez pensar no quanto essas coisas desconhecem barreiras.
Me lembrei ainda que o tango, na origem, lá pelos anos 20 ou 30 do século passado, era algo vetado às mocinhas mais castas. Faz sentido.
Fiquei um tempao observando e fotografando o baile até que precisei voltar pro hotel pra descansar e dar um jeito no picumán (hehe) antes de ir ao Teatro Solís (vi uma peca superlegal, chamada Los de Siempre, adaptacao de um autor uruguaio).
Saindo do hotel, no caminho do teatro, uma hora e pouco depois, o baile continuava a mil.
Mais uma vez, o velhinho de terno branco e sua parceira ruiva davam show en la Plaza Cagancha.
O lugar serve também como uma espécie de salao de baile ao ar livre para uma série de senhorinhas e sinhozinhos uruguaios. Muito legal. Nao sei se o esquema rola só aos sábados, nem se existe sempre, mas, enfim, aconteceu hoje.
Quando deu fim de tarde por aqui, já havia uma fila enorme de velhinhos sentados em cadeiras de praia (uma colada na outra) de um lado, e um equipamento de som enorme do outro, bem na frente da estacao de metro.
Achei inicialmente que o som fosse para algum espetáculo de artistas de rua, como vemos em Buenos Aires, mas ali o esquema era diferente. Balada pública, no meio da galera, para quem quisesse ver e participar!
O astro da festa era um senhor de terno branco, que apelidei internamente de Carlos Elias do tango. Para quem nao é de Brasília, uma referencia rápida: Carlos Elias é uma figura que frequenta TODAS as rodas de samba da capital federal e danca com TODAS as mocas, a noite inteira -- é inclusive disputado por elas.
Para honrar seu apelido, ele dancou com cada uma das mocoilas das cadeiras. Mas fez um par especialmente interessante com uma senhora de cabelos curtos e vermelhos, blusa preta e rosa branca no colo.
Os dois dancaram superbem -- nada supera o tango dancado pela gente comum, que nao vive de palco nem de gorjeta, comprovei --, mas tem um negocio que vai além disso.
Nunca vou saber se os dois eram namorados ou algo do genero, mas rolou uma sensualidade fortíssima ali, química mesmo, e nada grosseira, que me fez pensar no quanto essas coisas desconhecem barreiras.
Me lembrei ainda que o tango, na origem, lá pelos anos 20 ou 30 do século passado, era algo vetado às mocinhas mais castas. Faz sentido.
Fiquei um tempao observando e fotografando o baile até que precisei voltar pro hotel pra descansar e dar um jeito no picumán (hehe) antes de ir ao Teatro Solís (vi uma peca superlegal, chamada Los de Siempre, adaptacao de um autor uruguaio).
Saindo do hotel, no caminho do teatro, uma hora e pouco depois, o baile continuava a mil.
Mais uma vez, o velhinho de terno branco e sua parceira ruiva davam show en la Plaza Cagancha.
sábado, novembro 27, 2010
Montevideo
Dias antes de vir para cá, fui tomada por um misto de empolgacao com preguicite aguda.
Empolgacao porque sim, porque viajar é a melhor coisa do mundo e porque melhor do que viajar... só planejar a viagem.
E preguicite aguda por uma série de motivos. Primeiro, porque andei cansada pra burro nos últimos tempos. Segundo, porque me ocorreram milhares de perguntas. ¿Por que nao fui para um lugar tropical me acabar no mar e nos drinques coloridos? ¿Por que tenho que passar os dois primeiros dias sozinha? Por que, por que por que????
Para piorar, tudo foi megatenso até eu conseguir chegar aqui ontem. Peguei um transito animal entre o trabalho e o aeroporto, o Aeroporto de BSB estava uma ZONA, o voo atrasou pacas e eu morri de medo de perder a conexao em Porto Alegre.
Em POA, atraso de novo.
Em compensacao, fui recebida aqui com uma superlua (a foto ficou uma droga porque nao tenho tripé) e várias surpresinhas legais.
Minha preguicite foi lavada por uma dose cavalar de mate num café superfofo que achei do nada, o Matearte, que fica na Sarandí, 294, principal rua do centro historico de Montevideo.
E agora tudo faz sentido!
Ora, vim para cá para bater papo, fotografar grafites, descobrir coisas (tipo uma banda que fez um show meio de jazz meio de candombe no meio dos prédios do centro) e passar todo o tempo que eu quiser fazendo tudo isso!!!
E porque viajar para lugares tropicais com drinques coloridos custa pelo menos tres vezes mais do que vir para esta cidade velha e cinzenta que já ADORO.
Vir para MVD está ridiculamente barato. Sensacional. Aconselho mesmo. Só nao dá para querer comparar com Buenos Aires, Santiago ou qualquer outra cidade da nossa América hispanica. Perda de tempo. É outra história. Outro timing. Outra lógica.
Já tirei várias fotos, e todas virarao um superálbum quando eu voltar a Brasília.
Terca-feira vou pra Colonia del Sacramento, e aí eu mando mais notícias. Ou nao. ;-)
Beijos!
Empolgacao porque sim, porque viajar é a melhor coisa do mundo e porque melhor do que viajar... só planejar a viagem.
E preguicite aguda por uma série de motivos. Primeiro, porque andei cansada pra burro nos últimos tempos. Segundo, porque me ocorreram milhares de perguntas. ¿Por que nao fui para um lugar tropical me acabar no mar e nos drinques coloridos? ¿Por que tenho que passar os dois primeiros dias sozinha? Por que, por que por que????
Para piorar, tudo foi megatenso até eu conseguir chegar aqui ontem. Peguei um transito animal entre o trabalho e o aeroporto, o Aeroporto de BSB estava uma ZONA, o voo atrasou pacas e eu morri de medo de perder a conexao em Porto Alegre.
Em POA, atraso de novo.
Em compensacao, fui recebida aqui com uma superlua (a foto ficou uma droga porque nao tenho tripé) e várias surpresinhas legais.
Minha preguicite foi lavada por uma dose cavalar de mate num café superfofo que achei do nada, o Matearte, que fica na Sarandí, 294, principal rua do centro historico de Montevideo.
E agora tudo faz sentido!
Ora, vim para cá para bater papo, fotografar grafites, descobrir coisas (tipo uma banda que fez um show meio de jazz meio de candombe no meio dos prédios do centro) e passar todo o tempo que eu quiser fazendo tudo isso!!!
E porque viajar para lugares tropicais com drinques coloridos custa pelo menos tres vezes mais do que vir para esta cidade velha e cinzenta que já ADORO.
Vir para MVD está ridiculamente barato. Sensacional. Aconselho mesmo. Só nao dá para querer comparar com Buenos Aires, Santiago ou qualquer outra cidade da nossa América hispanica. Perda de tempo. É outra história. Outro timing. Outra lógica.
Já tirei várias fotos, e todas virarao um superálbum quando eu voltar a Brasília.
Terca-feira vou pra Colonia del Sacramento, e aí eu mando mais notícias. Ou nao. ;-)
Beijos!
segunda-feira, novembro 22, 2010
Grafites cariocas
No Rio há grafites muito legais, muito trabalhados, como se tivessem sido feitos sob encomenda.
O da foto de cima, por exemplo, tenho quase certeza de que foi produzido dessa forma. Isso porque grafiteiros trabalham à noite, e o criador desses peixes bizarros dava retoques em sua obra em plena luz do dia, numa avenida bem movimentada.
OK, nessa cidade as coisas mais estapafúrdias são feitas à vista de todo mundo, mas não creio que tenha sido o caso... ;-)
Não tirei muitas fotos nem desses nem de outros grafites porque coisas ruins podem acontecer com quem fica posando de fotógrafa gringa. Mas só olhar todos já foi superbom.
sábado, novembro 20, 2010
Lourão
A gente sabe que os bichos estão ficando velhinhos quando o pêlo original vai sendo aos poucos substituído por um de cor branca, certo?
Pois o labrador amarelo que parou bem na minha frente no café tinha o rosto todo claro, como se tivesse mergulhado em giz.
Entrado em anos, mas serelepe, mais ou menos como os bípedes que circulam ali entre Copacabana e o Leme. Quem conhece bem o Rio sabe do que estou falando. ;-)
Coisa linda de meu deuzi!
Fez das pedras portuguesas molhadas -- e cheias de gente -- a sua cama. Ao mesmo tempo, não parou quieto: levantou e abanou o rabão para crianças e adultos que passassem por ali para fazer um afago.
Deve ter ficado ali quase 10 minutos, completamente na sua, até que a dona (uma moça bronzeada e de cabelos aloirados, com a barriga pulando entre a calça jeans e o casaco justos) veio, chamando-o no falso inglês relax dos surfistas:
- E aí, Lourão? Vamo lá?
E Lourão, que não é mané, foi, claro.
Pois o labrador amarelo que parou bem na minha frente no café tinha o rosto todo claro, como se tivesse mergulhado em giz.
Entrado em anos, mas serelepe, mais ou menos como os bípedes que circulam ali entre Copacabana e o Leme. Quem conhece bem o Rio sabe do que estou falando. ;-)
Coisa linda de meu deuzi!
Fez das pedras portuguesas molhadas -- e cheias de gente -- a sua cama. Ao mesmo tempo, não parou quieto: levantou e abanou o rabão para crianças e adultos que passassem por ali para fazer um afago.
Deve ter ficado ali quase 10 minutos, completamente na sua, até que a dona (uma moça bronzeada e de cabelos aloirados, com a barriga pulando entre a calça jeans e o casaco justos) veio, chamando-o no falso inglês relax dos surfistas:
- E aí, Lourão? Vamo lá?
E Lourão, que não é mané, foi, claro.
quinta-feira, novembro 18, 2010
terça-feira, novembro 16, 2010
Caninos
Sentar-se num café num dia de chuva, numa mesa bem em frente à rua, para olhar o movimento enquanto se toma um capuccino quentinho pode ser uma coisa espetacular quando se está numa cidade tipo Paris ou Buenos Aires.
E no Rio de Janeiro, é bom? Talvez... mas não é bem o que eu esperava fazer na manhã de sábado que passei lá.
Rio pede biquíni, e não blazer preto. Pede protetor solar FPS 50, chá mate gelado e bixxxxxcoito Globo! U-hu!
Mas, se a vida me deu um capuccino, e ele ainda por cima é quente, docinho e em grande quantidade, vou fazer cara de nojinho? Lógico que não.
Na frente do meu café tinha uma fila enorme formada por gente querendo apostar na Mega-Sena. Taí: observar os cariocas e sua vida de bairro é muito bom. Não tem nada a ver com o meu cotidiano daqui, de modo que qualquer movimento de cena se torna delicioso.
Em dois momentos, pararam os pets mais diametralmente opostos do universo: aquele que vou chamar de A Chihuahua Preta Mais Marrenta do Mundo (ou CPMM, para facilitar os trabalhos) e o labrador velhinho mais serelepe da face da Terra, que vai ganhar um post só para ele.
CPMM é um desses bichos inadequados para a vida em sociedade: não pode ver nada que não seja a própria a dona, pois começa a latir de forma ensandecida enquanto mostra os minicaninos afiados.
Ela tem algo de ridículo, pois, embora seja um limão em forma de cachorro, desfila pelo Rio com lacinhos e roupinha de retalhos florais por cima da coleira peitoral.
E a cada vez que ela late, a dona (que exibe um cabelo chanel escovado em forma de capacete) levanta-a pela coleira, transformando CPMM em um cão voador.
O estado de marra da dita cuja ficou ainda pior quando um menino de uns 8 anos, muito bonitinho, se aproximou querendo brincar.
Vamos deixar claro, em primeiro lugar, que a brincadeira dele não era muito inteligente: consistia em apontar dois dedos em direção à bichinha, como se quisesse furar seus olhos.
Pressentindo que o negócio ia dar merda, a dona da CPMM a fez dar um último voo espetacular em direção ao seu colo. Segundos depois, a mulher abaixou o rosto e deixou a mostra os olhos por trás dos óculos estilo Jackie Onassis.
Lentamente, e com um sotaque carioca muito forte, a dona disse:
- Ela morrrrrrrrrrrde.
Preciso dizer que o moleque saiu chutado?
E no Rio de Janeiro, é bom? Talvez... mas não é bem o que eu esperava fazer na manhã de sábado que passei lá.
Rio pede biquíni, e não blazer preto. Pede protetor solar FPS 50, chá mate gelado e bixxxxxcoito Globo! U-hu!
Mas, se a vida me deu um capuccino, e ele ainda por cima é quente, docinho e em grande quantidade, vou fazer cara de nojinho? Lógico que não.
Na frente do meu café tinha uma fila enorme formada por gente querendo apostar na Mega-Sena. Taí: observar os cariocas e sua vida de bairro é muito bom. Não tem nada a ver com o meu cotidiano daqui, de modo que qualquer movimento de cena se torna delicioso.
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Em dois momentos, pararam os pets mais diametralmente opostos do universo: aquele que vou chamar de A Chihuahua Preta Mais Marrenta do Mundo (ou CPMM, para facilitar os trabalhos) e o labrador velhinho mais serelepe da face da Terra, que vai ganhar um post só para ele.
CPMM é um desses bichos inadequados para a vida em sociedade: não pode ver nada que não seja a própria a dona, pois começa a latir de forma ensandecida enquanto mostra os minicaninos afiados.
Ela tem algo de ridículo, pois, embora seja um limão em forma de cachorro, desfila pelo Rio com lacinhos e roupinha de retalhos florais por cima da coleira peitoral.
E a cada vez que ela late, a dona (que exibe um cabelo chanel escovado em forma de capacete) levanta-a pela coleira, transformando CPMM em um cão voador.
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O estado de marra da dita cuja ficou ainda pior quando um menino de uns 8 anos, muito bonitinho, se aproximou querendo brincar.
Vamos deixar claro, em primeiro lugar, que a brincadeira dele não era muito inteligente: consistia em apontar dois dedos em direção à bichinha, como se quisesse furar seus olhos.
Pressentindo que o negócio ia dar merda, a dona da CPMM a fez dar um último voo espetacular em direção ao seu colo. Segundos depois, a mulher abaixou o rosto e deixou a mostra os olhos por trás dos óculos estilo Jackie Onassis.
Lentamente, e com um sotaque carioca muito forte, a dona disse:
- Ela morrrrrrrrrrrde.
Preciso dizer que o moleque saiu chutado?
domingo, novembro 07, 2010
Retratos da preguiça
Esse negócio de escrever é muito legal, mas dá trabalho e nem sempre rende a audiência que a gente quer. Por outro lado, jogar uns cachorrinhos fofos no blog não representa esforço nenhum e ainda ajuda a aumentar o número de page views. Hehehe.
Essa é a Puga, a (preciso dizer?) pug de uma amiga de adolescência. Fui visitá-la hoje e reparei o quanto a bichinha se confunde com o sofá. Não só porque pelo e tecido são parecidos (ambos beges e enrugados), mas também porque a Puga adora esse canto da casa.
Essa é a Puga, a (preciso dizer?) pug de uma amiga de adolescência. Fui visitá-la hoje e reparei o quanto a bichinha se confunde com o sofá. Não só porque pelo e tecido são parecidos (ambos beges e enrugados), mas também porque a Puga adora esse canto da casa.
sábado, novembro 06, 2010
Resmungos fashion
Num mundo justo, o posto de apresentador(a) de programa de televisão sobre conselhos de moda só seria dado a quem tivesse realmente capacidade de deixar as pessoas bonitas.
Masssss, como vivemos num mundo terrivelmente cruel, pessoas que eu nunca vi nem mais gordas nem mais magras -- e com senso estético ZERO -- ganham $ e fama para deixar as outras saírem ridículas de casa.
Masssss, como vivemos num mundo terrivelmente cruel, pessoas que eu nunca vi nem mais gordas nem mais magras -- e com senso estético ZERO -- ganham $ e fama para deixar as outras saírem ridículas de casa.
(Mamãe me ensinou que não deixar os outros saírem ridículos de casa é um ato de amor; o mesmo vale para avisar ao outro que ele está com bafo, salada no dente e coisas do gênero).
Ontem mesmo eu vi um programa desses. E eu assisto a qualquer coisa sobre moda (de verdade!) da mesma forma que alguns caras veem os debates de futebol: tomando cerveja e conversando MUITO com a tevê. São Paulo Fashion Week é quase uma Copa do Mundo para mim.
Pois eu xinguei a apresentadora quase do mesmo jeito como um torcedor faria se visse seu time injustiçado. Bitch!
Ontem mesmo eu vi um programa desses. E eu assisto a qualquer coisa sobre moda (de verdade!) da mesma forma que alguns caras veem os debates de futebol: tomando cerveja e conversando MUITO com a tevê. São Paulo Fashion Week é quase uma Copa do Mundo para mim.
Pois eu xinguei a apresentadora quase do mesmo jeito como um torcedor faria se visse seu time injustiçado. Bitch!
Senão vejamos: o programa deveria ser feito para ajudar duas meninas do tipo mignon a montar looks legais para o dia a dia e as baladas.
Sempre tive a impressão de que as moças com esse tipo físico são as mais privilegiadas e visadas coleções de quase todas as lojas brasileiras, de modo que não é difícil achar algo que lhes caia bem.
Jeans skinny? Fica legal (se elas não forem muito bundudas ou coxudas, claro). Minissaias e todas as peças com minicomprimentos? Também. Salto alto? Idem. Enfim, há um monte de possibilidades.
E o que não pode? Vamos lá: calça capri (aquelas de pescador) e qualquer sapato que corte a silhueta -- tipo aquelas sandálias em estilo gladiador que estão super na moda --, entre outras coisas.
Só que, a cada bloco, a tal da modelo-consultora ia passando uma peça pior do que a outra para as pobres meninas. Entre elas, estava -- adivinhem? -- uma sandália meia-pata preta horrorosa, que transformava as pernas de uma dela em dois tocos.
Fui à loucura, naturalmente.
- Minha filha, você tinha que ter escolhido a sandália nude para alongar as pernas da menina, e não essa. A n-u-d-e!!!
Ambas faziam umas caras absurdas quando se viam no espelho, mas nem podiam demonstrar muito descontentamento. Afinal, estavam ali de graça para ouvir conselhos de uma suposta especialista.
Tenho certeza de que vão chorar quando virem o VT!
Ah! O programa da semana passada falava sobre mulheres altas. O próximo dará dicas para as magras, de medidas enxutas. E desde quando elas precisam?
quinta-feira, novembro 04, 2010
Informação edificante
Nunca tente matar baratas usando um aspirador de pó ligado, porque elas resistem.
Você algum dia achou que fosse precisar dessa informação? Pois é, eu também não.
Até dia desses, quando uma enorme representante da espécie entrou pela janela (tal qual o morcego que me deu um trabalho danado certa vez) e se alojou num cantinho de parede. Malandra!
Como não uso scarpins -- dizem que são ótimos para esse fim -- e eu não podia contar com a ajuda de nenhum ser com 4 bilhões de neurônios a mais, peguei a primeira coisa que vi na hora: o senhor aspirador.
A história acabaria aqui se os eletrodomésticos do gênero tivessem algum mecanismo sádico que triturasse automaticamente qualquer objeto que passasse pelo cano antes de entrar naquele saco de papel. O problema é que eles não têm! Fica a dica para os fabricantes do setor, rs.
Uns dois minutos que desliguei o aparelho, ela ressurgiu de onde nunca devia ter saído. Meio grogue, meio desestruturada, mas ainda viva. E ainda fez uns barulhinhos antes de sair da mangueira. Eca.
Pelo menos agora ela foi para um lugar ao alcance das minhas Havaianas.
Plá!
Você algum dia achou que fosse precisar dessa informação? Pois é, eu também não.
Até dia desses, quando uma enorme representante da espécie entrou pela janela (tal qual o morcego que me deu um trabalho danado certa vez) e se alojou num cantinho de parede. Malandra!
Como não uso scarpins -- dizem que são ótimos para esse fim -- e eu não podia contar com a ajuda de nenhum ser com 4 bilhões de neurônios a mais, peguei a primeira coisa que vi na hora: o senhor aspirador.
A história acabaria aqui se os eletrodomésticos do gênero tivessem algum mecanismo sádico que triturasse automaticamente qualquer objeto que passasse pelo cano antes de entrar naquele saco de papel. O problema é que eles não têm! Fica a dica para os fabricantes do setor, rs.
Uns dois minutos que desliguei o aparelho, ela ressurgiu de onde nunca devia ter saído. Meio grogue, meio desestruturada, mas ainda viva. E ainda fez uns barulhinhos antes de sair da mangueira. Eca.
Pelo menos agora ela foi para um lugar ao alcance das minhas Havaianas.
Plá!
terça-feira, novembro 02, 2010
Como se livrar...
Ontem, antes de dormir, fui dar uma olhadinha na televisão de blogueiro e fiquei particularmente intrigada com o internauta que chegou ao blog depois de fazer a seguinte pesquisa no Google: "Como se livrar do sotaque nordestino".
Uma doideira total!
Primeiro porque nasci na outra ponta do país, segundo porque nunca tive sotaque de nenhum tipo e terceiro porque jeito de falar é um negócio muito pessoal, único. Por mim, ninguém precisa mudar, cada um fica com o seu e acabou. Não é isso que vai determinar o bom ou o mau julgamento que faço de alguém.
Provavelmente, quem fez a pesquisa deve ter entrado neste post e saído meio decepcionado.
Fiquei me perguntando que motivos a pessoa teria para querer uma mudança extrema num aspecto tão forte da própria identidade -- especialmente quando esse desabafo virtual vem no dia em que o #orgulhodesernordestino virou um trending topic tão badalado no Twitter.
(Caso alguém aí leia o blog fora do Brasil e esteja por fora do assunto, basta dar uma olhada aqui e aqui para ver como o assunto nasceu).
Seria alguém pressionado pelo mundo lá fora? Ou alguém que ainda não parou para refletir sobre os próprios preconceitos?
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