quarta-feira, março 04, 2009

Luxo antropofágico

Em volta das obras de uma filial da Curves, avistei uma série de curvas absolutamente imperdíveis. Um belo dia, alguém foi lá e aproveitou aquele muro todo branquinho de madeirite para fazer uma homenagem à pintora modernista Tarsila do Amaral.



Pensando bem, ninguém melhor que o Abaporu (1928) para fazer as honras de uma casa que diz valorizar as formas arredondadas.


Minha recriação preferida, no entanto, é a de Operários (1933). Clique na pintura da homenagem para vê-la maior e repare nas figuras de olhinhos puxados, nos loiros e nos ETs. Antropofagia pura!


Essa última eu não reconheci (admito) até que uma colega viu a foto e apontou: é A Negra (1923).
Daria uma super-reportagem, um perfil incrível de quem fez tudo isso. Cheguei a pensar que fosse alguém da própria construção o autor das releituras. Mas... na obra, ninguém sabe, ninguém se lembra quem foi! A responsável se recorda de ter autorizado um professor e seus alunos a fazer as pinturas, mas não faz a menor ideia dos nomes das pessoas nem de que escola se tratava. A galera chegou lá, fez os trabalhos e ficou totalmente anônima. É algo ao mesmo tempo interessante e frustrante.
Onde ver: quadra comercial da 105 Sul, em Brasília. Vá rápido, porque a pintura já não está essas coisas... e qualquer dia desses, a academia abre.

3 comentários:

Felipe disse...

Me lembrou aquela personagem do desenho do Popeye, uma gigantona desproporcional, hehehee...

bj

Mari Ceratti disse...

Eita! Não lembro dela. Vou ver se acho no Youtube. :-)

Anônimo disse...

kkkkkkkkk
Operários cover, tipos, surreal mesmo.