... O quanto odeio um conjunto de três letrinhas que o mundo corporativo passou a utilizar para descrever seus presidentes, diretores, altos executivos: CEO, ou chief executive officer. Lê-se "ci-i-o".
Eu não sei quem foi o primeiro a usar esse termo, mas certamente essa pessoa achou que estaria facilitando muuuuito a própria vida e a dos outros. Deve ter facilitado sim, dentro do mundo corporativo e, talvez, na mídia dos países de língua inglesa.
Mas aqui no Brasil a coisa complicou. Na mania de importar tudo o que vem de lá de fora, o mundo corporativo daqui também trouxe essa aberração. Aliás, da mesma forma tão cândida, inocente e irracional como os srs. executivos acharam lindo incorporar palavras do tipo "sharear", "drivar" e... a pior de todas, "estado-da-arte".
Não satisfeitos com a criação de CEO, os caras também acharam por bem usar as três letrinhas para descrever os diretores de operações (COO), de finanças (CFO), de segurança da informação (CSO), de tecnologia e por aí vai.
Ainda bem que não precisamos empregar essa terminologia nos textos daqui. O divertido é ter de lembrar os caras durante as entrevistas: "a gente não usa esses termos aqui. Como é que se traduz o seu cargo mesmo?".
4 comentários:
C-people... para os íntimos. Qdo eles são despedidos passam a ser... C-fu-deu.
E o MBA, que quer dizer Master in Business Administration ou, perfeitamente traduzível, Mestrado em Administração de Empresas. É mania de brasileiro importar palavras e siglas. Parece que se for em português, é de qualidade inferior. O pior é que nisso, a própria sigla perde seu significado, já que agora tem MBA em Finanças, Marketing, Comércio Exterior, Serviços de Saúde, Telecomunicações, TI... E os nomes de lojas, placas, propagandas? As vezes me sinto como se vivesse em uma colônia norte-americana. Do you feel the same?
Eu sempre critiquei ferozmente essa absorção de termos estrangeiros utilizada aqui nos meios de informática, marketing e administração. Não vejo nada mais pedante e pretensioso. E ainda tenho que ouvir gente falando, por exemplo, que é ridículo traduzir o orkut porque as expressões em portugues ficaram ridículas. Ridículo, para mim, é incorporar um monte de palavra de outro idioma, sem nem pestanejar. Coisa de quem tem complexo de vira-lata.
Pois é, Albert. Não é mais fácil escrever simplesmente mestrado? *suspiro*
Já o divertido dos nomes de lojas em inglês é quando a gente encontra uns donos toscos, capazes de batizar o próprio negócio assim: "milleniun's", "bar do Jhohnny" e outras tosqueiras.
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