Esperar o cliente, batalhar programas, demonstrar sensualidade, acompanhar o cliente em passeios e viagens, usar preservativos e lubrificantes e por aí vai.
Essas e outras atribuições estão no job description (uia!!!) dos profissionais do sexo (também conhecidos como prostitutas, quengas, raparigas, etc., etc.), conforme a Classificação Brasileira de Ocupações, publicada no site do Ministério do Trabalho, no link "Trabalhador". Dá vontade de rir, confesso, mas ao mesmo tempo é muito bacana.
Quando Luciene me contou sobre isso, na sexta-feira, achei sensacional, mas não só pelo caráter inusitado da história. Acho que é um (ai, clichê!) sinal dos tempos, uma mistura interessante de pensamento liberal com seriedade.
Ou simplesmente uma demonstração do quanto é melhor viver quando se enxerga as coisas sem hipocrisia e com verdade. Prostituição existe, Aids existe, camisinha existe, drogas e aborto existem, travestis e transexuais há aos montes por aí e não adianta fazer de conta que isso não é com a gente.
E é muito bacana que esse tipo de pensamento tenha extrapolado o campo das instituições governamentais que tradicionalmente trabalham com esse, digamos, público. Exemplos disso são Ministério da Saúde (que faz campanhas sobre DST/Aids com a linguagem própria das quengas, engraçadíssimo) e da Justiça (a quem cabe a prevenção do uso de drogas, trabalho que em alguns momentos se confunde como o do MS).
Se isso tudo é um indicativo de ações concretas, não dá para saber, mas não deixa de ser uma lufada de ar fresco em meio à caretice sufocante do discurso dos Bushes, Ratzingers, Garotinhos, Severinos e outros tantos que amamos.
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