terça-feira, março 31, 2009
Nos pegue-e-pagues do mundo
segunda-feira, março 30, 2009
Queres casa?
Quem não for proprietário antigo, nem milionário, nem herdeiro, nem estiver disposto a compartilhar um cubículo com uma galera terá de viver cada vez mais longe dessas áreas. Consigo imaginar as cidades-satélites de Taguatinga, Ceilândia, Sobradinho, Samambaia e Guará, entre outras, infladas -- quase explodindo -- de gente de classe média disputando seu espaço metro quadrado por metro quadrado. E pagando bem por isso. Aliás, vejo cada vez mais -- na tevê e em panfletos -- ofertas de condomínios elegantes sendo construídos fora do coração do Distrito Federal.
Esse chute sobre o futuro não veio do acaso, mas a partir da observação de todas as pessoas do universo (tá bom, só das pessoas entre 20 e 30 anos que moram aqui). Não há quase ninguém que eu conheça, e olha que eu conheço gente à beça, que não esteja numa pressa daquelas de comprar apartamento. Ou que não esteja na corrida para passar logo num concurso público com um supersalário e, então, comprar um apartamento (cujo preço, claro, acompanha ou antecede a tendência de alta dos salários de vários tipos de servidores do Estado). Ou que não se pergunte se o salário na iniciativa privada será o suficiente para garantir o financiamento de um apê.
Quando vejo tudo isso, me pergunto uma série de coisas. Será sintoma da idade? Digo, essa vontade de ir com tudo rumo à compra da casa própria -- e, portanto, da estabilidade -- é algo típico das pessoas da minha atual faixa etária? Ou será que essas pessoas também estão antevendo o fenômeno que descrevi lá em cima, nos dois primeiros parágrafos?
Certezas, de verdade, só existem três. Uma delas está nas estatísticas. A compra da casa própria está sempre nos primeiros lugares da lista de desejos do brasileiro. Outra é a de que, em breve, não vai mais sobrar lugar para construir na cidade, a não ser que deem uma banana definitiva para o tombamento de Brasília. Com o fim dos espaços, qualquer apartamentinho potencialmente ganhará um valor ultra.
Finalmente, essa espécie de corrida maluca tem muito a ver com uma cidade que tem no funcionalismo público estável (e bem valorizado nos últimos anos) uma de suas principais bases econômicas. Gostaria de ver como ficaria o mercado se as torneiras da verba voltada aos servidores do Estado fossem fechadas com força. Será que a tendência de cortes ao orçamento do setor (como os anunciados recentemente pelo governo) se mantém nos próximos anos?
Até que a resposta seja dada de vez, ainda tenho mais um tempo para decidir se -- algum dia, quem sabe -- me junto à onda de conhecidos, colegas, amigos e cia. e garanto um lugar definitivo na Brasília futurista, inchada e incógnita de dois mil e quelque chose. Ou se simplesmente resolvo ir contra a corrente.
domingo, março 29, 2009
Imagem do dia
Festa do caqui
sábado, março 28, 2009
Como juntar...
sexta-feira, março 27, 2009
Arte urbana ou provocação gratuita?
O JC da segunda imagem tem carregado a sua cruz em outros pontos da cidade além da Asa Norte. Não lembro mais onde foi que o vi, mas nenhuma das aparições me deixou tão impactada quanto essa registrada na foto. Primeiro, porque ver Cristo assim, em plena luz do dia, é meio surreal. Segundo, porque eu sei que essa pilastra superalta havia sido pintada (nessa cor mostarda pavorosa) pouco tempo antes, e deve ter dado um trabalho mega! Se eu fosse o pintor desse prédio de lojas, cortava os pulsos na base da fricção.
Gato e sapato
quarta-feira, março 25, 2009
terça-feira, março 24, 2009
Rosana
Uma amiga — que já adotou a igreja — me deu a ideia dia desses, disse que é ótimo. Não que ela esteja namorando, mas pelo menos tem conseguido conversar num nível aceitável com uns meninos. Trocou até telefones, e-mail, MSN, etc. Aleluia, irmãos.
Semana passada, saí com ela para comer um crepe e ela me veio com a sugestão:
— Você podia me acompanhar na semana que vem.
— Mas eu não sou evangélica. Fiz primeira comunhão, rezo Ave Maria…
Ela me interrompeu com um risinho.
— Você já participou de algum “pegue-me”, digo, Segue-me?
— Ah, não. Nunca fui católica a esse ponto. É como eu te disse: fiz primeira comunhão, rezo uma Ave Maria de vez em quando, mas nunca fui assim… fervorosa. Já fui em terreiro de candomblé, comunhão espírita, templo budista…
— Melhor ainda. Assim é que você vai ser acolhida mesmo. Pede um crepe doce para a gente dividir e eu te conto como é.
Em síntese, é o seguinte: em todos os cultos existe um momento em que o pastor pergunta se há pessoas novas por ali. Quem quiser se apresentar se levanta e diz o nome. Depois que todos os novatos já fizeram isso, a banda toca e todos vão cumprimentá-los. Ao que parece, essa hora é decisiva. É quando os meninos veem quem são as meninas novas, e quando as moças avaliam os meninos. A paquera rola a partir daí.
Segundo a minha amiga, é melhor fazer uma produção.
— Vai arrumada, tá? Todo mundo vai. Faz uma escova, bota um saltinho, que o negócio é fino.
Treinei uns sorrisinhos e uns acenos para fazer para a galera, mas posso desistir de tudo isso se tiver um surto de timidez na hora.
Também me esqueci de perguntar se eles fazem questão que a menina seja virgem. Mas… nada de queimar etapas, né? Primeiro, conhecer os meninos. Depois, fazer outras coisas.
Agora, estou cá de escarpin, terninho jeans, lente de contato azul, escova e bolsa Prada made in Feira do Paraguai esperando a minha amiga chegar. Queria fazer xixi, mas não tem banheiro aqui, né? Vou deixar para ir quando já estiver lá.
Eu aproveito para retocar o batom e pedir para Jesus não ficar muito brabo por eu estar indo para a igreja pelos motivos que acabei de te contar. Quer dizer, vai ser bom também ir para orar, buscar uma tranquilidade, né? Mas eu preciso muito de alguém, meu Deus do céu. A situação está séria, minha amiga. Muito séria.
segunda-feira, março 23, 2009
Hunf
Vieram para confundir
De todas as imagens que dão sobrevida ao visual do concreto aparente de Brasília, esta (na 107 Norte) é uma das mais intrigantes. Não sei se é falta de referência da minha parte ou se a pintura é feita para confundir mesmo, mas não consigo dizer com clareza quem é quem. Pela posição e pelas cores, a personagem da esquerda pode ser budista ou hindu. O da direita me fez lembrar de João Cabral de Melo Neto e de João Guimarães Rosa. Me lembrei que o segundo aparece em mil fotos (tipo essa) de terno e chapeuzinho. Mas ele não é exatamente igual ao usado pelo indivíduo da direita.
Supondo que o cidadão seja de fato o Rosa, podemos passar para a segunda parte do mistério: o que os dois estão fazendo lado a lado?
Pensar que trata-se do autor de Grande Sertão: Veredas é melhor para mim, porque me permite especular com um pouco mais de propriedade (haha). O encontro de dois personagens tão diferentes levitando tão perto um do outro faz pensar em transcendência. Em misticismo, coisa que o velho Rosa levava a sério. E na frase "As pessoas não morrem, ficam encantadas", que o escritor tornou célebre ao tomar posse na Academia Brasileira de Letras, em 1967. Encantamento é uma boa definição para o que se passa entre a figura de amarelo e o homem de terno. Dá para pensar que cada um deles vive a experiência a seu modo. Como, no mais, todos nós fazemos.
Se tivesse que optar por só um modo de transcender, ficaria mil vezes ao lado do Rosa e das letras. Descobri cedo que meditação e yoga -- seja lá o que a personagem de amarelo está fazendo -- não são e nunca serão algo para mim. Não me peça para visualizar um feixe de luz azul voando sabe-se lá por onde, ou para executar qualquer sequência além da saudação ao sol. Tentei muito, tentei até demais, e me dei conta de que quanto mais meu espírito busca a luz, mais me agarro às coisas terrenas. Ao dever de casa que preciso terminar. À informação que preciso checar para uma matéria. À droga que é não conseguir jogar o ar lá para o diafragma enquanto o corpo faz 78 coisas ao mesmo tempo e treme para se segurar na posição.
Agora, sentir as portas da mente se abrirem diante de um texto fantástico é outra experiência. Troco mil aulas de yoga por um livro de Rubem Braga ou qualquer outro escritor bom. Quem faz negócio comigo?
Quero saber quem mais arrisca uma interpretação. Consigo pensar em mais uma, mas o tempo está curto para desenvolvê-la. Vou tentar mais tarde. Enquanto isso, aguardo (sentada, haha) os comentários.
domingo, março 22, 2009
Listinha dominical
* * * * * Cinco bobagens que irritam esta blogueira * * * * *
1. Pisar de meia no chão molhado
Isso costuma acontecer com quem considera chinelo um item secundário. E é um saco! Principalmente quando você acabou de vestir a meia.
2. Restaurantes self-service que salpicam cebolinha e coentro em ingredientes nada a ver
Você está lá no restaurante, feliz e contente, montando uma saladinha para o almoço. Quando vai pegar, por exemplo, a beterraba ralada, vê que há um quilo de cebolinha a título de decoração. P****, cebolinha é feia e embrulha o estômago. Cebolinha não é decoração, cebolinha não deveria ser sequer recomendada para o consumo humano! Já deixei de botar algumas coisas no prato em várias ocasiões porque achei que o esforço para catar esses temperinhos (sim, porque eu cato todos eles) ia acabar com o meu prazer de comer.
3. Calçadas que levam do nada ao lugar algum
Fiz um post sobre isso recentemente. É uma das coisas mais brasilienses que existem, e quase ninguém toca no assunto.
4. Ar-condicionado sem medida
Funciona assim: ou ele está desligado ou ele dá temperatura polar ao ambiente. Como numa vez em que viajei à Bahia de ônibus, estava um calor do inferno e o motorista disse que o ar-condicionado só funcionaria mais tarde, quando a noite ficasse mais fria. É mole? Pois foi exatamente o que aconteceu. Na madrugada, esfriou. E o ar ajudou a dar mais uma geladinha na galera. Brrrrrrrrrrr.
5. Barulho de secador de cabelo
Essa é auto-explicativa. É inacreditável que, com tanta tecnologia nesse mundo, ninguém ainda tenha feito nada para resolver o problema. Imagine quem trabalha como cabeleireiro e tem de ouvir esse barulho todo dia, toda hora? Infernal.
Bom, é isso. Espero que as respostas não estejam muito bizarras.
Normalmente, esse tipo de lista vem acompanhado por um convite para cinco pessoas responderem. Vou burlar a norma (oh!!!) e não chamar ninguém especificamente porque nunca sei quem está com tempo ou paciência para essas coisas. Quem quiser responder responde -- seja nos comentários, seja nos próprios blogs. E se quiser botar o link para o MCDQEPD no blog, vou achar lindo. Bom domingo a todos.
sábado, março 21, 2009
Circo agridoce
Infelizmente, me esqueci do nome. Se me lembrar em algum momento, atualizo o post. Que, por sinal, vai ser comprido. Preparem-se.
A faixa acima foi o motivo principal pelo qual resolvi adquirir um ingresso já meio suado, com jeito de que tinha sido reutilizado muitas vezes. Precisava saber que jeito tinha um fight de anões.
Os pequenos artistas comandam o circo, a começar pela bilheteria. Dizem-se uma família formada por sete pessoas, tal qual na história da Branca de Neve. Mas há circenses de outros tamanhos também.
Do lado de fora da lona, a gente vê várias pessoas que entrarão em cena mais tarde. Primeiro, elas vendem maçã do amor, espetinhos, bebidas, etc. Depois, vão ao picadeiro ajudar no número dos palhaços, engolir fogo, fazer acrobacias e por aí vai. Todo mundo faz tudo junto. O espírito do circo é isso aí.
O palhaço abaixo é um dos mais frenéticos que já vi. Chega dançando o funk The Book is On The Table. A molecada pira.
Gostei mais de ver os outros números. De verde, na foto abaixo, o acrobata Allison Vilar. Apesar de novinho, já é um showman. Tanto que ainda consigo me lembrar do nome dele.
sexta-feira, março 20, 2009
Broadway, etc.
Amanhã, eu mostro um circo aonde fui e aí paro de falar da viagem, porque do contrário vou querer ir para lá de vez. Oh, inconformidade por Brasília não ter praia. :-)
quinta-feira, março 19, 2009
Oh, crianças - 2
MÃE - Qual?
MENINA - Que eu mandei agora há pouco, por telefone.
MÃE (pega o celular e lê a mensagem) - "Mãe, aonde vamos almoçar hoje?" É essa?
MENINA - Essa mesma.
MÃE - Ah, a gente pode ir no...
MENINA (interrompe com irritação) - Não me responde assim, mãe! Responde por mensagem!
MÃE (balançando a cabeça) - Não estou acreditando...
MENINA - Por favor...
MÃE - Aaaaafff, tá bom (e volta-se para o teclado para responder).
Ouvido por um colega do maridón num supermercado de Brasília.
quarta-feira, março 18, 2009
Senhoras e senhores... a Broadway!
Quem olha a foto nem imagina o sol que rachava os cocorutos de homens, mulheres, crianças, cachorros e gatos àquela hora da manhã.
Perto da Broadway, no caminho para a vila de pescadores, há uma igrejinha.
Um quilômetro e pouco pode não parecer nada, mas em se tratando de Broadway é coisa à beça. Lojinhas de roupa, de artesanatos bacanas, de souvenirs bobos (tem quem goste), imobiliárias, lan houses, salões de beleza, bares e restaurantes de todos os tipos ocupam cada milímetro da rua. Tenho ojeriza à expressão "para todos os gostos e bolsos", mas no fundo ela se aplica bem ao lugar.
A via principal de Canoa tem uns detalhes curiosos, tipo o nome da escola abaixo. Depois, descobri que Zé Melancia é o nome de um pescador e poeta que, de tão respeitado, batiza até uma rua paralela à Broadway. Aqui e aqui, você lê um pouco mais sobre ele.
Essa lan house também é incrível. Ora, se os canoenses têm até a Broadway, por que não poderiam fazer sua própria Beverly Hills?
O nome desse forró também chama a atenção. Me dá a ideia de uma bagunça organizada. :-)
Para o post não ficar muito comprido, faço uma segunda parte da Broadway qualquer hora dessas...
terça-feira, março 17, 2009
A lua lá longe
Acreditem: a foto acima é de uma lua no momento em que nasce atrás das dunas e tem sua imagem refletida nas águas de um pequeno oásis. O cenário é Canoa Quebrada, Ceará. Foi uma visão tão inacreditável que não consegui pensar nem em técnicas de fotografia, em regulagem de máquina nem em nada mais. Deu no que deu: uma foto conceitual, para não dizer horrenda. Depois, fiquei pensando sobre a falta que faz um tripé.
segunda-feira, março 16, 2009
Depois da onda pesada, a onda zen
Será que é preciso contar a história? Bom, vamos lá. :-) Canoa Quebrada, Ceará, começou a virar destino de viagem lá pela década de 1970, quando uns hippies atravessaram a pé umas dunas enormes e se deram conta de que, aê, o visual de lá dava um transe místico.
Antes disso, o lugar era um vilarejo de pescadores sem luz elétrica nem nada. Aos poucos, ganhou uma infra bacana (pousadas, restaurantes, comércio, passeios organizados) e uma estrada em estado razoável que a conecta com o resto do estado.
A vila de pescadores continua lá. Foi até filmada para uns episódios de Malhação. A novelinha da Globo, aliás, deu uma euforia em várias pessoas locais. Agora que Canoa Quebrada foi exibida na tevê, pode-se ver na cidadezinha a jangada que apareceu na Malhação, a barraca de praia da Malhação, o parapente da Malhação, etc., etc., etc. Dá para se divertir observando isso.
A lua e a estrela, símbolos de Canoa (que tiveram origem no desenho que um paquistanês fez durante os anos 70), também foram devidamente registrados para a tevê. Este, da foto, é o original. Ao longo da praia, dá para ver umas duas ou três reproduções nas pedras das falésias.
O canto onde fica essa escultura é supervisitado por bugueiros e turistas. Mas, tirando a obra de arte, esse pedaço de praia nem é tão espetacular. Achei com cara de malcuidado. Melhor andar em direção às barracas Lazy Days (a da Malhação, hehe) e do Casqueiro (também conhecida como Barraca do Símbolo). Perto dali, uns recifes de corais deixam a água com ondas bem calmas. Uma delícia para nadar.
Esse pedaço de mar (foto acima) fica perto da vila dos pescadores. Outro lugar bom para ir é depois do restaurante Bom Motivo. Dali em diante, a praia é praticamente sua. São quilômetros e quilômetros de areia branquinha e quase ninguém por perto. Sensacional. Vale avisar que, por lá, o mar é mais agitado e tem correnteza forte. Melhor ir de manhã cedo, na maré baixa.
Essa duna onde a galera faz aerobunda e esquibunda fica fora da cidade. É preciso descolar um passeio de buggy, o que é facílimo: basta procurar alguém da associação de motoristas. Eles ficam no centro da cidade (a Broadway) com suas camisetinhas brancas de manga azul.
Me amarro muito nessa foto aí de cima, tirada durante o passeio nas dunas. Acho que foi a mais legal que fiz na viagem.
Prêmio Dardos - 2
"Com o Prêmio Dardos, reconhecem-se os valores que cada blogger emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web. Este prêmio obedece a algumas regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos".
Os dardos agora voam em direção ao blog 2009, do Ugo Braga.
domingo, março 15, 2009
Oh, crianças - 1
PAI - É tipo aquele de chocomenta, só que sem o choco. Só tem a menta.
MENINA - Ah, bom.
Ouvido em uma sorveteria em Brasília.
Blog, o retorno
Uma semana pegando sol de dia e assistindo a bizarrices na tevê à noite (tipo Caminho das Índias e a cobertura que o Pânico na TV fez do mardi gras), depois do jantar na Broadway.
Foi sensacional. Entre outras coisas, nunca vou me esquecer do dia em que tomei Chicabon no café-da-manhã. De todas as fotos que tirei -- em especial as da lua cheia nascendo entre as dunas. De todas as músicas engraçadas que ouvi. É muita coisa para lembrar.
Quem não foi a Canoa precisa conhecer já: o lugar é fantástico! Durante a semana, vou colocar umas fotos e umas histórias aqui. Se alguém quiser saber de dicas, posso passar umas.
Também deixei um post programado para hoje, mais tarde -- que é para eu passar o resto do dia paparicando a família e sentindo saudade do maridón. ;-)
sábado, março 07, 2009
Uma folga pequenina
Conto tudo quando chegar. Enquanto isso, comportem-se, hein? ;-)
Vou sentir saudades. Beijo.
sexta-feira, março 06, 2009
Trilhas urbanas
Fora desses lugares altamente recomendados por esta blogueira, você poderá encontrar de tudo. Meu empecilho favorito são as calçadas que levam do nada ao lugar nenhum, tipo essa aí embaixo. Ela começa linda, loira e japonesa, toda feita em concreto lisinho. E aí, quando acaba a quadra residencial e o campão da entrequadra surge, ela simplesmente para de existir. Dá lugar a uma grama maltratada, ora pontilhada por tufos, ora cheia de falhas que deixam ver a terra irregular, dura e argilosa do cerrado. Mil pedregulhinhos completam a paisagem. Imagine andar aí num dia de chuva.
Para mim, poucas coisas (desconsiderando as óbvias, tipo a arquitetura de Niemeyer) são tão a cara da cidade.
Essa calçada da foto aí em cima recomeça uns 500m depois, com uns bloquinhos de concreto que proporcionam uma adrenalina razoável. Experimenta andar de salto aí, bem ao jeito das brasilienses, para você entender o que estou falando.
Brasília não é só uma capital que privilegia os carros – há 1 milhão deles, pelas estatísticas mais recentes - com suas longas distâncias e pistas largas. É uma cidade que trata muito mal os pedestres. Os cadeirantes, então, nem se fala. Ela pune aqueles sem condições de comprar um meio de transporte individual ou que apenas querem uma maneira diferente de chegar a algum lugar. Os ônibus são uma droga. O metrô é bom, mas ainda não atende a todo mundo. O taxi é caro.
Ontem passei por uma quadra comercial onde o tapume de uma loja em obras invadia a calçada inteira e obrigava as pessoas a ir pelo asfalto. Detalhe: em uma quadra onde fila dupla é coisa mais do que normal. Pense na delícia de se aventurar entre os carros. À noite.
Essa é outra cena supercomum: em qualquer lugar de Brasília, a qualquer hora, sempre haverá alguém preferindo o asfalto à calçada ou à grama do canteiro de pedestres, porque ele é liso e contínuo. Pode ter certeza de que são altas as chances da pessoa – local ou turista - estar xingando a capital federal de todos os nomes.
Esta é apenas uma das sandices na cidade que insisto em gostar.
quinta-feira, março 05, 2009
Hey Ya
A turma do Snoopy dança Hey Ya, sucesso do grupo Outkast. Vídeo em homenagem ao níver do melhor irmão do meio já nascido neste mundo.
Ao leitor
Quem diria que eu um dia ia dar dicas sobre essas coisas... ;-)
quarta-feira, março 04, 2009
Luxo antropofágico
Pensando bem, ninguém melhor que o Abaporu (1928) para fazer as honras de uma casa que diz valorizar as formas arredondadas.
Minha recriação preferida, no entanto, é a de Operários (1933). Clique na pintura da homenagem para vê-la maior e repare nas figuras de olhinhos puxados, nos loiros e nos ETs. Antropofagia pura!