Descobri que há meses venho carregando na minha bolsa verde (do trabalho) dois cartões de bares /restaurantes das últimas férias.
Decidi que eles seriam os temas dos posts de hoje e de amanhã. Um sobre Madri e o outro sobre Barcelona, que tal?
O primeiro cartão é do Mesón del Champiñon, na capital espanhola. Curiosamente, ele fica perto -- ao mesmo tempo -- de uma região com várias roubadas gastro-turísticas e de outra com várias coisinhas interessantes. A região das roubadas é a Plaza Mayor. Nunca tente achar nada legal por lá. Tá na cara que é tudo estranho. E a das coisinhas legais é a Cava de San Miguel (o lugar que conheci fica no número 17; 91-559-6790), que reúne ainda mais bares de tapas. Me lembro em particular do Mesón de La Tortilla (no número 15), onde teria ido se tivesse sobrado tempo (e bucho, hehe).
Trata-se de um lugar simples, mas que oferece um dos petiscos mais Iloveyou que já provei: cogumelos grelhados com azeite, salsinha e sal. Os cabos dos champignons são cortados para dar lugar a um pedacinho de presunto cru. Não lembro quanto paguei, mas não era caro e a porção tinha um bom tamanho. Gostei tanto que deve ter sido por isso que guardei o cartão até hoje na bolsa. Se você tem viagem marcada para Madrid, vá. Esqueça a frescura -- você vai ficar de pé, com uma galera em volta e um cheiro de cigarro -- e veja se é bom ou não é.
Não tirei fotos, mas achei essas daqui, que servem para tentar aqueles que se perguntam se comem ou se tomam água e mexem os dedinhos até a fome passar. :-)
Outro lugar fera é a Sidrería El Tigre (Calle de las Infantas, 30, Chueca), onde fui parar depois de uma viagem malsucedida -- queria ir ao Bocaíto, perto dali, para comer o que me venderam como as tapas favoritas de Pedro Almodóvar e encontrei o lugar fechado. Quer dizer, malsucedida o cacete. O lugar é sensacional. Oferece opções para os mais e os menos durangos.
Os mais pedem uma cerveja e ganham um petisco sem pagar um euro extra. Os menos pedem uma cerveja ou uma sidra tirada na serpentina (deliciosa, nada a ver com Cereser) e o cardápio, que é cheio de coisas fofas. A variedade de queijos, frios e tortillas, tudo perfeito, chama a atenção. Mais uma vez, come-se de pé, em meio a frequentadores totalmente locais. Não repare no chão cheio de guardanapos. Bar de tapas e lata de lixo são dois conceitos que, aparentemente, ainda não se encontraram.
Na rua em frente à Sidrería, ainda há um restaurante italiano legal para quem quiser variar entre um petisco e outro. Esqueci o nome, mas não é difícil de achar.
Outras dicas que sei de cabeça:
- Museo del Jamón: estão espalhados por Madrid. Encontre o mais perto do seu hotel aqui.
- Rua Caballero de Gracia, perto da Gran Vía: impossível falar de um lugar só nesta rua. A partir do Frescco (um lugar bom para quando o corpo pedir vegetais folhosos), existe uma infinidade de restaurantes de vários estilos, inclusive um contemporâneo excelente, barato e com serviço rápido, cujo nome me esqueci (juro!), mas é só procurar pelos garçons com jeito de filipinos que você acha. Também fui numa baladinha ótima, ou que pelo menos costumava ser assim, nessa rua. Mais detalhes aqui.
É isso, minha gente.
Na falta de uma imagem de algum dos lugares acima, usei a foto que tirei num bar/restaurante fera em Toledo, a uma hora e pouco de Madri. Se chama Alfileritos 24, fica na rua de mesmo nome e é também fantástico. Beijos.
5 comentários:
pô mari, que "fera" essas dicas. (fera aqui tbm quer dizer Calouro).
o museum deve ser uma delícia :p
um dia, qdo for a Madrid, sem dúvidas lembrarei das dicas!
beijasso!
Na Espanha, comi muito melhor em outras cidades, do que em Madri. Talvez não tenha dado sorte nas escolhas.
Solin, é tudo imperdível! Vá nem que seja para discordar depois.
Lorena, onde você comeu melhor do que em Madri? Se tiver dicas sobre a Andaluzia, estou aceitando. :-)
Beijos! Mari
Em Madri nós pegávamos um trem ou ônibus e viajávamos para cidades próximas. Fomos a Toledo também, Ávila e redondezas. Não poderia, no entanto, dar dicas, e não sou a pessoa mais indicada para isso. A escolha de um restaurante era aleatória. Escolhíamos baseados no nosso gosto, claro, mas, às vezes, também na proximidade, no apetite, quando não seguíamos as dicas do pessoal do hotel. Acho que dei mais sorte fora Madri, ou em relação aos restaurantes, ou na escolha dos pratos, talvez. Isso sem falar que já sou chegada no charme das cidades pequenas e seus costumes. Mas, com certeza, não tenho a menor idéia de nomes que, além de já fazer um bom tempo, não havia muito interesse em guardar, já que, no caso de voltarmos, as escolhas seriam feitas da mesma forma.
L., já caí em tantas roubadas fazendo escolhas aleatórias que preferi adotar a pesquisa quase obssessiva como parte do meu modo de viajar... Pra vc ver: cada um, cada um. :-)
Beijos!
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