terça-feira, novembro 21, 2006
Pode chegar, freguesa
Já faz um tempo que eu queria colocar aqui essas fotinhos do Mercado Municipal recém-inaugurado em Brasília. Sim, agora temos um Mercado Municipal :-) Não é grande como o de São Paulo ou o de BH, mas não deixa de ser um passeio divertido, principalmente para quem gosta de cozinhar. Sem contar que a gente chora de rir (depois que já foi embora) da pseudo-tosquice-falcatrua dos atendentes, que fazem questão de chegar em você como se estivéssemos em um mercadão desses grandes. hehe.
quinta-feira, novembro 09, 2006
Mais uma dica
No Do Tale (www.dotale.com), você preenche um formulário simples, com seu nome e o da pessoa que você quer transformar em notícia. Em seguida, escolhe a "manchete" que vai atribuir à tal pessoa – fulano descobriu que é gay, foi pego em atos indecentes, etc., etc. E aí, dá um clique final e vê a história escolhida se transformar em um site copiado do da CNN, com título, fotinhos e tudo!
Alguns amigos meus, quando descobriram, ficaram num tal de criar página para dizer que o outro era gay (coisa de menino de 5ª série, hehe)... e o pior é que a página fica tão perfeita que não há como não cair na risada.
Uma dica
(A dica é da Fernanda Velloso, outra xereta em tempo integral)
segunda-feira, novembro 06, 2006
Deu no NYT
sexta-feira, novembro 03, 2006
Aura
quinta-feira, novembro 02, 2006
Brasil brasileiro
Há uns dias, estava meio sem idéias para escrever no blog – quando me deparei com este ótimo texto de Ricardo Calil no site No Mínimo, um dos meus preferidos. Ele discute o livro O Brasil dos gringos: imagens do Brasil no cinema e o documentário Olhar estrangeiro à luz de um filme que está para estrear: Turistas, sobre um grupo de mochileiros que passa por sérios perrengues em terras tupiniquins. E aborda, ainda, diversos outros filmes que têm as nossas paisagens como cenário, embora suas tramas limitem o Brasil ao trinômio carnaval-sexo-Amazônia (e variantes).
O tiozão-mor
quarta-feira, novembro 01, 2006
Bom feriadão!
domingo, outubro 29, 2006
Frase do dia
(De uma moça não-identificada na escola onde eu fui votar)
Obcecada por espirais
Hoje à tarde faltou luz em um dos pavilhões do CCBB e não consegui ver Ascension, obra que deu nome à exposição de Anish Kapoor no distinto local. Por isso, elegi como peças preferidas as de espelhos côncavos e convexos, que sempre produzem umas imagens muito doidas (me fazem lembrar de Uzumaki, a louquésima história em quadrinhos em que a população de uma cidade inteira é arrebatada por espirais).
sexta-feira, outubro 27, 2006
Chove em Brasília
Boa noite a todos :-)
quinta-feira, outubro 26, 2006
To do list
Exigências da vida moderna (quem agüenta tudo isso??)
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia.
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma.
Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo.
Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina.
Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.
Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!
Tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes. Chame os amigos e seus pais.
Beba o vinho, coma a maçã e dê a banana na boca da sua mulher.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir.
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro.
E já que vou, levo um jornal...
Tchau....
quarta-feira, outubro 25, 2006
Bom dia!
terça-feira, outubro 24, 2006
Dois filmes
segunda-feira, outubro 23, 2006
Horror e pânico
Recebi dia desses, lá no jornal, um disquinho que me pareceu muito bacana: Contos, cantos e acalantos, da Biscoito Fino (oba!), com produção musical do Tim Rescala, vocais de José Mauro Brant e participações especiais de Bia Bedran (que eu amo), Mônica Salmaso (idem) e Soraya Ravenle (quem?). A proposta, diz a contracapa do álbum, é fazer "uma aventura musical pelo folclore brasileiro". A capa era linda, o livreto também, ou seja, tudo para ser uma graça! Pensei: "vou propor uma matéria, fazer umas entrevistas fantásticas com esse povo, etc., etc.".
Quando começo a ouvir a música, no entanto, dei um passo para trás. A primeira diz assim: "Esse menino não é meu / Me deram para criar / O consolo de quem cria / É saber acalentar". À medida que fui ouvindo, começo a ouvir histórias sobre "tangolonomangos" que vão tomando conta de menininhas até que uma geração inteira de irmãs morre; meninos que choram de frio enquanto Nossa Senhora lava roupas no riacho e por aí vai. E, daí para a frente, o que a gente tem é uma sucessão de acalantos que envolvem seres das trevas, punhais, lágrimas em profusão, etc. Não que todas as faixas sejam assim, mas são quase todas. Tipo um roteiro de filme de terror, só que com a linda voz da Mônica Salmaso a embalar tudo.
Todos os cânticos, vale observar, são retirados do folclore brasileiro e, pelo que entendi, são cantados desde os séculos dos séculos da formação da nossa sociedade.
Admito que fiquei meio apavorada (por motivos óbvios) com as letrinhas contidas no disco. Eu não sei direito em que idade a criança começa a ter o entendimento das coisas ditas ali. Ao mesmo tempo, não sei se um pai ou mãe se incomodaria de contar esse tipo de história para o filho, ainda que ela esteja embalada numa melodia suave.
No fim das contas, desisti da propor a matéria. Afinal, como é que eu vou recomendar para o leitor uma coisa que não me desce de jeito nenhum?
Alguém, então, me sugeriu que eu discutisse o teor das músicas de ninar cantadas para as crianças brasileiras – o que também não gostei. Primeiro, porque isso é assunto para uma tese sociológica, antropológica ou pedagógica. Segundo, porque o terror dos acalantos não é exclusividade dos brasileiros. Uma das minhas melhores amigas trabalhou de baby-sitter na Alemanha e me contou algo do tipo: "No escuro, moram dois carneirinhos; um branco e um negrinho; se a criança não vai dormir, eles vão lá e mordem" (eita!!). Terceiro, porque se eu sair descendo o sarrafo em um disco de cânticos populares voltado para crianças, provavelmente serei linchada pelos aguerridos defensores do folclore nacional (bom, não que eu não seja uma, mas achei o CD um absurdo, e ponto final).
De onde se tem que anda difícil criar as crianças (foi o que disse outra amiga quando mostrei a ela o álbum). Pelo que tenho visto, os pais têm tido poucas opções de entretenimento inteligente para os filhos – tipo Sítio do Picapau Amarelo, Turma da Mônica, Daniel Azulay, Castelo Rá-tim-bum, etc. No mais das vezes, é optar por isso ou por ícones que não têm muito a ver com a nossa realidade. Essa amiga me falou de uns: Teletubbies, Barney, Backyardigans, aquele pingüim, o koala, a turminha do gelo, etc., etc. Eu, hein...
P.S.: Eu sei que essa foto de cima não tem nada a ver com o texto, mas eu queria botar uma imagem aqui. A foto foi tirada em São Miguel dos Milagres (AL). Clique sobre ela para ver uma versão maior no Flickr ;-)
Lembrando
teste
domingo, outubro 22, 2006
A tosqueira do sábado à noite
Duas coisas sempre me intrigaram na televisão brasileira. Uma delas era o porquê de certos jogos de futebol serem transmitidos para todo o planeta, à exceção da cidade onde estavam sendo realizados. Afinal, quem em Brasília (por exemplo) quereria saber de um jogo de futebol ocorrido no Rio Grande do Sul? A que carioca interessa uma partida organizada na Bahia? Etc., etc. Aí, descobri os torcedores distantes, como meus irmãos (gaúchos, crescidos em Brasília e torcedores do Palmeiras). Esses não vão poder ir ao estádio e não vão se contentar com os gols dos melhores momentos do Globo Esporte. Estão no direito de ver o jogo.
E, depois, alguém me contou que, se transmitirem o jogo no cidade da partida, ninguém vai ao estádio. Mas e se o ser humano quiser fugir da roubada que é ir ao estádio, se meter entre torcidas organizadas, se arriscar a levar copinho de xixi na cabeça e por aí vai? Ele não tem esse direito? Acho que tem. Mas não sou eu que vou reivindicá-lo. Afinal, futebol é um assunto irrelevante (essa foi a única coisa inteligente que Diogo Mainardi disse até hoje).
A outra coisa que provoca a minha curiosidade é: quais os critérios usados pela galera da programação da Globo para escolher os filmes exibidos sábado à noite? Tenho a impressão de que há alguém meio sádico por trás disso. Um pensamento do tipo "Viu? Quem mandou ser pobre, quem mandou não ter $ para sair à noite, para comprar um DVD, nem para alugar um DVD? Agora geeeeeeeeela, vai ter de assistir a um filme horrível no Super Cine".
Só esse tipo de lógica pode sustentar a exibição de uma gama tão limitada de títulos. Ontem, eu e meu irmão mais novo (que vê um monte de filmes na TV, embora passe longe de Super Cine) ficamos tentando delimitar o tipo de história que rola nos títulos exibidos sábado à noite. Chegamos aos seguintes argumentos:
1. Mulher bonita, porém solitária, conhece um homem bonito, inteligente, gentil e ótimo amante, praticamente um príncipe encantado. Eles saem, viajam, transam, trocam declarações de amor e se casam. Um belo dia, ele surta e se revela um porco insensível, um poço de ciúmes e obssessão. Ela não entende a razão e tenta fugir dessa roubada. Começa a perseguição, que sempre envolve pessoas correndo com cara de sofrimento, facas, revólveres, cordas e etc. Mas tudo acaba bem (com o cara preso para sempre ou morto). As cenas finais (sempre à noite) normalmente incluem viaturas policiais, pessoas enroladas em cobertores e muita chuva.
2. Homem forte, porém afetuoso, recebe uma notícia: seu irmão / pai / sobrinho / filho foi violentamente (e injustamente) assassinado pela máfia italiana / russa / coreana / japonesa. Ele jura, sobre o corpo do parente morto, que fará justiça com as próprias mãos. Afinal, a NYPD e a LAPD (ou qualquer outra polícia que o valha) são muito fraquinhas. Ele vai à caça usando suas armas e sua grande força física. Luta contra vários homens e, no final, não sem antes correr o risco de ter a mesma sorte que seu parente, consegue que os meliantes sejam presos, julgados, condenados ou simplesmente mortos. Opcional no roteiro: nesse meio tempo, ele conhece uma mocinha e eles se apaixonam.
3. Uma família vive feliz e contente numa casa até que, por um acaso do destino, descobre que há monstros / assassinos / assaltantes / almas penadas rondando o local. As crianças, sempre mais sensíveis, tentam alertar sobre o problema, mas são ignoradas a princípio. Depois, tudo degringola. Acho que posso pular essa parte da descrição, né? O importante é que, no final, acaba tudo bem. Pode ser numa noite de chuva, com várias viaturas policiais e pessoas enroladas em cobertores.
Eu queria muito saber porque há tão poucas exceções à essas histórias. Por que o cinema de sábado à noite (não só na Globo) tem de ser o depositório de toda a porcaria produzida por Hollywood? Raramente a gente vê na programação um filme brasileiro legal, uma comédia fera ou mesmo um clássico americano dos anos 40 / 50 / 60. De madrugada tem tanta coisa interessante – dia desses, eu assisti a Nove rainhas na TV aberta, e direto verifico que há obras bacanas passando às 3h, 4h da manhã.
Será que não dava para transmitir isso um pouco mais cedo? Não bastasse a pessoa não querer ou não poder sair no fim de semana, ela ainda tem que ficar se martirizando por isso... credo.
Ou será que os programadores das TVs fazem isso de propósito para as pessoas desligarem o aparelho e ir fazer algo mais interessante, como aproveitar a hora vaga para namorar um pouquinho? ;-)
segunda-feira, agosto 07, 2006
Eu quero uma cabana nas estepes
Em geral, são essas as representações que a gente tem dos pobres animais, né não?
É por isso que digo: esqueça os camelos como você os conhece e vá assistir (se ainda não viu) ao documentário Camelos também choram, belíssima co-produção feita entre a Mongólia e a Alemanha. Já saiu em DVD.
O filme não só mostra os camelos mais lindos que já vi na vida (saudáveis, fortes, com um pêlo brilhante, comprido, maravilhoso). Também emociona pelo roteiro, uma história simples e ao mesmo tempo grandiosa. Os personagens são os integrantes de uma família de pastores da Mongólia. Eles vivem no sul do Deserto de Gobi, no meio do nada, criando cabritos e camelos. Uma das fêmeas, após um parto complicado, dá à luz um camelo albino, que é imediatamente rejeitado.
Os pastores, que dão a impressão de criar camelos há milênios, tentam todas as técnicas possíveis para tentar aproximar a mãe do filho. Chegam a amarrar as pernas da mãe para que ela não fuja enquanto o bebê-camelo tenta alcançar as tetas. Não há jeito. Um filhote criado sem o leite e o calor da mãe tem grandes chances de morrer (de fome e de tristeza) ou de se tornar algo parecido com um bichinho de pelúcia. Mas um filhote morto ou transformado em brinquedo é algo sem nenhuma serventia para uma família que depende economicamente dos animais.
A solução é tentar um ritual conduzido por um violinista. Para isso, dois dos filhos da família seguem (de camelo) até um vilarejo para pedir que um músico os visite no local onde vivem. O resto não dá para dizer – porque quando o filme chega neste ponto é porque já está perto do fim.
Ver um filme assim é uma oportunidade de entrar em contato com algo totalmente diferente de qualquer coisa que a gente possa ver na nossa realidade ocidental, brasileira e urbana. Ali, naquele deserto, vive-se com pouco (a maior parte dos mongóis ainda é nômade), mas o cenário não parece ser de pobreza. A cabana é simples, mas aparenta ter sido construída com engenho suficiente para manter todo mundo aquecido e protegido dos ventos do deserto. A mobília, apesar de simples, revela alguns trabalhos de arte muito legais.
O cotidiano ali também não permite muitas escolhas, mas também não parece triste: é acordar, fazer rituais, cuidar das crianças, dos cabritos, dos camelos, comprar, vender e só. De vez em quando, uns lamas vão ao local e todos juntos fazem oferendas aos espíritos para que tenham saúde e tempo bom. Veja: as únicas coisas que importam ali são saúde e tempo bom, e não bobagens como aparência, status, magreza, ostentação e coisas do tipo. Imagina, eles não devem saber quem são Madonna, Tom Cruise, Ronaldinho – chega a ser comovente a cena em que os filhos se divertem assistindo a um programa soviético de 1969 na TV.
Claro que, apesar de bela, a realidade ali não é perfeita. E os pastores estão longe de serem considerados bons selvagens. Em uma cena, a mãe é tosca a ponto de amarrar a filha mais nova para que ela não se aproxime do fogão (ora, bebês e camelos não são bem a mesma coisa. hehe). Também não deve haver muito espaço para conversas superprofundas, romantismo ou carinho entre os casais do clã. Mas as coisas são assim mesmo, nada é ideal, certo?
A fotografia bacana e a presença do moleque mais figura da história dos documentários (o nome dele é Ugna) também contam pontos a favor do filme. É isso.
domingo, agosto 06, 2006
Homens, fora!
Esse estranho hábito de levar os namorados e maridos para comprar roupa, sapato, essas coisas, por exemplo. Ontem, eu e mamãe fomos ver qual era a dos 10 anos do Bsb Mix e ficamos espantadas não só com a enorme quantidade de coisas cafonas – mas também com a horda de homens acompanhando as suas consortes.
As caras deles não pareciam lá muito felizes.
Teve uma hora em que fui experimentar uma blusa verdinha, uma das poucas coisas legais que vimos, e mami ficou assistindo a agonia de um desses caras (sentado, esperando a mulher fuçando as araras). Uma hora, ele levantou, furioso, e saiu, o que fez com que a mina gritasse para ele voltar e esperar mais um pouco. Ela finalmente escolheu o que queria e foi experimentar. O cara sentou de novo e fez a mesma cara de esfíncter contraído. Aaaaah!!!
Vimos umas cenas parecidas enquanto passeávamos pelo pavilhão montado lá no Pontão do Lago Sul. Invariavelmente, as moças se entretinham enquanto os caras ficavam meio afastados, olhando para o nada, esperando pelo momento em que elas resolvessem comprar algo. Talvez alguns deles estivessem aguardando o instante em que finalmente deveriam se apresentar para dar o dinheiro ou o cheque.
A gente ficou especulando se os caras estavam ali a convite (ou obrigação) das mulheres, ou se eles tinham se oferecido para acompanhá-las.
Acho que se eu tivesse de deixar um, apenas um conselho para a humanidade (oh, pretensão), pediria às mulheres que não chamassem seus amados para acompanhá-las (há tempos que dispensei meu namorado dessa tarefa). Nem no Bsb Mix, nem na Daslu, nem na Marisa. Aliás, muito menos na Marisa: nada pior do que sair para comprar roupa de baixo, meia-calça, etc., e ver que há homens acompanhantes espiando de rabo de olho o que as outras mulheres estão comprando. É constrangedor.
(Foi mal se o texto parece machista, mas ver aqueles rostos agoniados ontem não foi nada legal. hehe)
segunda-feira, julho 17, 2006
Vencendo a preguiça
Até que hoje (agora há pouco, na verdade), eu recebi um e-mail que me deixou com vontade de opinar aqui. Resumindo a história, é sobre o desfile do Fause Haten na São Paulo Fashion Week. Ele lançou, para as mulheres, roupas que "gritam: sou bela, chique, rica e sofisticada" (sozinha, não seria capaz de criar tamanha cafonice. Isso eu tirei de um textinho no próprio site da SPFW, hehe). E, acompanhando esse conceito, também explorou na passarela a frase "O que você faria com alguns quilos a menos?", slogan do remédio Xenical, aquele para obesidade (cuja propaganda, estranhamente, mostra mulheres absolutamente magras e normais).
Caso algum dos leitores (os que sobraram depois que fiquei meses e meses sem nem tocar no blog) não saiba o que é Xenical... a explicação está abaixo:
Xenical (orlistate), produto destinado à perda de peso, é comercializado em 149 países. O Brasil é o 10o mercado. O medicamento conquistou essa posição porque é o único remédio eficaz para a redução de peso que não atua no sistema nervoso central e, portanto, não causa efeitos colaterais como aumento de pressão, insônia, taquicardia. O orlistate diminui em 30% a absorção de gordura ingerida com os alimentos. Xenical é eficaz na prevenção e como coadjuvante no tratamento do diabetes tipo 2, indicação reconhecida pelo Ministério da Saúde. Cerca de 23 milhões de pacientes já o utilizaram no planeta desde 1998, quando o produto foi lançado.
Nesse e-mail havia fotinhos de várias instant celebrities, tipo aquela menina que foi expulsa do casamento do Ronaldo com a Cicarelli, segurando sacolinhas da Roche (fabricante do Xenical) com essa frase. Tinha também o próprio Fause bebericando uma champagne (e pode tomar isso com remédio? hehe). As roupas, segundo dizia o material de divulgação, são feitas para que os indivíduos se sintam bem, celebrem a qualidade de vida e a auto-estima. Afinal, diz a empresa farmacêutica, com alguns quilos a menos as pessoas querem se vestir bem – e se sentirem bonitas quando se despem.
Mas a gente precisa levar em consideração o seguinte: quem é que precisa de Xenical? Pela descrição do remédio, são pessoas que estão de fato muito obesas e que precisam de uma alternativa antes de apelar para o último recurso (leia-se cirurgia de redução de estômago). Mas com essa estratégia de divulgação usada pelo estilista, a impressão que dá é que qualquer pessoa que esteja se sentindo mais cheinha pode mandar o remédio para dentro e... festa! Daí, é só emagrecer rapidinho para poder vestir qualquer coisa (até as roupas do Fause Haten).
Pô, eu confesso que queria muito emagrecer muito, adoraria poder usar qualquer coisa e seria o máximo se pudesse conquistar isso tudo de um jeito simples (sem a necessidade maluca de horas suando na esteira, aulas de abdominal, etc.). Mas ao mesmo tempo me parece um despropósito abusar de algo que não é feito para você (e sim para alguém cujo peso passou dos três algarismos antes da vírgula, já está sofrendo com diabetes, pressão alta e por aí vai), por conta de um capricho, só pelo prazer de vestir um blazer horroroso com um laçarote, um top com detalhes em dourado ou algo do tipo!!!
Quer dizer, no final das contas, o desfile não parece uma celebração da qualidade de vida, mas da magreza – o que todos os outros fazem, desfile após desfile. Essa mentira a gente não compra...
sábado, maio 13, 2006
ñññññ...
Tive a idéia de fazer dois supercomentários sobre CDs que escutei recentemente, mas acho que até isso vou deixar pra lá.
Posso dizer o seguinte: o CD Libertango, lançado por um grupo homônimo de tangueiros cariocas, não vale a compra. Achei legalzinho eles quererem ressaltar o lado mais jazzístico do Astor Piazzola, e só. O problema é que muitas das músicas do álbum têm letras, e não é nada fácil interpretá-las. Acho que o vocalista errou a mão em todas as faixas cantadas. Não sei se esse comentário se faz necessário aqui, mas eu detesto Balada para un loco. Urrgh.
E acabei de ouvir um lançamento do gaitista Toots Thielemans (clique aqui para acessar o site oficial. Ele tem um autógrafo stáile!), que eu não conhecia. Foi o que pude fazer para tirar uma música que ouvi na TV enquanto passava pelo setor de transporte daqui do jornal: abalou, tic tic tic tum, tic tic tic tum, tic tic tic tum, estou apaixonaaaaaaaaaadaaaaaaaaaaaa... É um CD com vários standards de jazz, gravados por nomes igualmente desconhecidos por esta blogueira (à exceção de Madeleine Peyroux, que canta superbem). E aí entra o Toots com uns arranjos de gaita. Não obstante algumas das faixas terem a maior cara de música-de-tiozão-sukita, o disco no geral é gostoso de ouvir. Bacana o suficiente para fazer a gente se esquecer dos refrões grudentos da Companhia do Calypso.
quarta-feira, maio 03, 2006
Os sentidos da arte
Não sei se está todo mundo sabendo sobre a mostra, ou sobre a polêmica com relação a algumas das obras exibidas ali, então vamos lá: Erótica reúne peças de todos os tempos, de diferentes técnicas (pintura, escultura, fotografia, etc.), tendências e criadores. Uma delas, em especial, causou a ira do grupo católico conservador Opus Christi, que chegou a usar um mandado de segurança para retirar a obra da exposição. Ela se chama Desenhando com terços e mostra vários órgãos sexuais masculinos desenhados com o objeto usado nas orações dos católicos. A autoria é da artista plástica Márcia X (1959-2005), que dedicou os últimos anos da carreira a retratar o pênis – de todas as formas que conseguisse. No site dela dá para ver a obra.
Outra peça que deu o que falar foi o homem por trás de uma imagem de São Jorge, retratado por Alfredo Nicolaiewski. No final das contas, a obra também foi retirada da exposição. Foi combinado entre os artistas que eles não deixariam a mostra vir a Brasília caso as duas criações não fossem reintegradas. Sendo assim, nós do Planalto Central perdemos a oportunidade de ver obras instigantes e diferentes.
Vários artistas, como a fotógrafa Rosângela Rennó, condicionaram a cessâo de suas obras à reintegração de Desenhando com terços ao acervo da exposição. Como isso não aconteceu, Erótica não virá mais para cá. A exposição foi vista por aproximadamente 55 mil pessoas em São Paulo e por mais de 90 mil no Rio de Janeiro.
Todo esse imbróglio me faz pensar em um poder de veto importantíssimo que está em nós – e que não tem nada a ver com os mandados de segurança, nem com a figura do censor que existia durante os anos de ditadura militar. Esse poder é muito mais simples: se uma obra qualquer nos desagrada esteticamente ou filosoficamente, podemos simplesmente virar a cara e não vê-la. O programa de TV está ruim? É só mudar de canal. A música desagrada os ouvidos? Há milhares de outras estações para ouvir. A obra de arte ofende os valores? É só não olhar para ela, pois.
A organização religiosa enalteceu a democracia que a permitiu ser ouvida – e que levou para longe dos olhos de seus integrantes as peças consideradas blasfemas. E, enquanto isso, por causa de um grupo limitado de pessoas, milhares de outras tantas vão deixar de ter acesso a várias produções artísticas – poder ver uma obra de arte, analisá-la, gostar ou não dela, também é um direito.
Particularmente, acho que nenhuma das duas obras pode ser considerada uma criação extraordinária. Essa do terço… entendo que a Márcia X quis chocar – e há quem tenha visto algo interessantíssimo ou megarepulsivo no desenho. Em mim, ela estranhamente não provoca nada. Já para a do Nicolaiewsky, tenho duas palavras: é kitsch e é agressiva. Dá uma sensação de flagra que eu não gosto muito. É uma pessoa desconhecida, fazendo algo íntimo, não é para todo mundo ficar vendo, né? (Se a visse na exposição, com certeza passaria para o próximo quadro. Poder de veto é isso, gente!).
Não sei como foi a exposição nas outras cidades (alguém viu? Deixe um comentário), mas o ideal seria que o CCBB deixasse uma sala separada para essas obras mais controversas (já que o pessoal topou bancar todas as escolhas do curador). Pelo menos o do Rio e o de Brasília têm estrutura mais do que suficiente para isso. Aí, era só botar um superanúncio dizendo que aquelas peças poderiam ser consideradas ofensivas, etc., etc., e que a pessoa estaria naturalmente livre para vê-las ou não. E botar uma censura etária para a exposição inteira, né não?
Mas com mandado de segurança não deve dar para fazer muita coisa. E certamente o banco não quis nem pensar na possibilidade de perder vários correntistas por causa de duas criações artísticas – sim, houve quem ameaçasse cancelar as contas no BB por causa da exposição.
É uma pena. Uma grande pena.
(Viu as obras de arte? Quer deixar um comentário sobre elas? Fique à vontade!)
sexta-feira, abril 28, 2006
Cartão-postal - o fim da saga
"Antes de voltar para o Brasil, em abril de 2003, comprei vários cartões-postais para mandar para a galera. Comprei de Santiago, de Valparaíso, Viña del Mar, etc., etc. A idéia era preenchê-los com calma e enviá-los no intervalo entre o check-in e o embarque de Santiago para São Paulo.
Desnecessário dizer que, no dia do embarque, acordei atrasado e saí correndo pro aeroporto, quase perdi o vôo. E os cartões ficaram por enviar. Foram guardados nas minhas coisas durante esse tempo todo.
Até que, no final do ano passado, encontrei uma amiga que estava indo para Punta Arenas, no Chile, e me perguntou se queria alguma coisa. Então, pedi a ela que enviasse todos os cartões-postais que estavam comigo."
Foi assim que tudo aconteceu.
Oráculo do MCDQEPD
Simplicidade também é um sinal de inteligência.
Às vezes, quanto mais elaboração mental e firulas aplicamos nas ações cotidianas, mais o resultado dessa ação corre o risco de virar uma nhaca.
Prenda-se ao essencial.
terça-feira, abril 25, 2006
Agora falando sério
Felipe acha que mulher gata não vai ao banheiro. Vocês concordam?
E a música do dia é...
minha vida é mesmo tão sofisticada
Saiba, esse glamour não dura o tempo inteiro
Eu também preciso ir ao banheiro"
De Sandy, aquela que vai ao banheiro, na música Discutível perfeição, do novo álbum de S&J.
E tenho dito.
domingo, abril 23, 2006
Incursão
Tem pizzaria (a popular Primo Piato, a moderninha Baco), comida italiana (o chiquérrimo Unanimità), petiscos gostosinhos (a fashion Azulejaria), pub (a agitada O'Rilley), japonês (o sushi maluco do Haná), francês (o tradicional La Chaumière) e creperia (o gostoso C'est si bon). Não à toa, a quadra está sempre cheia, de modo que é quase impossível estacionar ali.
No meio de tantos locais badalados, existe um que não é gostoso, nem moderninho, nem inventivo, nem agitado. Não é sequer popular. É um bar de uns 25 metros quadrados (no máximo), com um puxadinho atrás da loja para a colocação de cadeiras extras, o que é a cara de Brasília. Justamente pela sua absoluta falta de características – inclusive de um nome –, esse lugar estava me intrigando há um bom tempo. Há tempos que eu queria entrar e ver como era o ambiente, saber como é ser a negação de tantos programas bacaninhas que há para fazer em uma única quadra.
Pela agitação que o lugar sempre se encontra – e assim estava hoje, quando finalmente tive coragem de adentrar o recinto – cheguei à conclusão de que o dono não precisa de um puxadinho para fazer caber mais gente. A entrada é feita por um corredor mais estreito do que o resto do ambiente, com piso velho de cerâmica marrom. À esquerda, vários anúncios de bebidas que não fogem do convencional. Tem cartazes com logotipos da Bavária, da Bohemia, da Skol. Noto que o dono tem preferência pela Antartica e sua musa, Juliana Paes, o que é completamente compreensível. Há Julianas Paes às pencas, sempre na mesma pose, quase um carimbo pop (como aquele que Andy Warhol fez da Marilyn Monroe).
Juliana olha pra mim. E eu olho para o outro lado do corredor, onde há apenas um quadrinho com uma paisagem, desses que a gente compra em loja de R$ 1,99 da rodoviária.
Há um balcão, mas não há ninguém ali – a única voz que faz companhia ao dono do bar é a da Glória Maria, narrando o Fantástico. Na parede do balcão, uma daquelas placas entalhadas de madeira com a inscrição "Canto do Trago". Detalhe: tal qual um bêbado que passa a ver tudo errado, assim estão as letras, sinuosas, escritas ao contrário. Dãããã... sou eu que estou vendo tudo torto ou é a placa que é assim mesmo? Engraçadinhos.
Noto que o dono do local começou a me olhar. E antes mesmo que eu tome fôlego para perguntar se "Canto do Trago" é mesmo o nome do lugar, ou se o aluguel dali é caro, ou se ele não tem proposta de passar o ponto adiante, viro as costas e me vou. Não quero a experiência de um diálogo com um desconhecido capaz de nomear um lugar assim toscamente. Meu irmão e uma amiga, que ficaram com medo de entrar na caverna, me esperam lá fora.
sábado, abril 22, 2006
Fuxico
Em síntese, é a institucionalização da futricagem, né não? :-D
Por enquanto vou deixar essa opção "on" no meu perfil porque sou curiosa e porque agora não tenho mais tempo nem saco de ficar tentando saber mais da vida alheia. Quem sabe depois eu mudo de idéia...
Cartão-postal, a saga continua
O endereço e CEP, nobre blogueira, estava certo. Já o carimbo quase me fez cair pra trás.
Estava escrito assim: Correo de Chile, 23 de abril de 2005, Punta Arenas.
Como eu não sabia onde fica essa localidade, fui pesquisar no excelente Guia criativo para o viajante independente na América do Sul, de Zizo Asnis, também apelidado de Guia da criança remelenta (por causa da menininha que estampa a capa do livro). Eis o que o autor disse sobre o local:
"Punta Arenas, com 113 mil habitantes, fica no extremo sul do Chile, na beira do Estreito de Magalhães, um canal na pontinha mais astral da América do Sul, que por muito tempo serviu de conexão entre os oceanos Atlântico e Pacífico. É a capital da XII região chilena, a região de Magallanes. Em seus arredores existe uma rica fauna típica da Patagônia, destacando as curiosas colônias de pingüins".
Não há notícia de que meu pai já tenha estado na Patagônia chilena.
sexta-feira, abril 21, 2006
46
Oscar Niemeyer, Lucio Costa e companhia deviam achar as nossas construções superfuturistas quando as projetaram. De fato, a são. Mas, dialeticamente (claro, eles todos eram marxistas), elas também carregam um adorável ar retrô se a gente for parar para vê-las. Andar nessa cidade deve ser como andar por qualquer uma dessas cidades do leste europeu nos tempos do comunismo – nunca estive em nenhuma delas, mas imagino que elas sejam assim. Tudo meio cinza, quadradinho e igual. Pelo menos aqui o nosso frio não é de matar e a gente tem os ipês amarelos e as árvores do cerrado para dar uma colorida no ambiente.
Por trás das linhas retas, dos desenhos ao mesmo tempo leves e sólidos, algo apodrece. Não estou nem falando do que acontece de ruim nos prédios públicos, não é de corrupção que se trata. Prédios de 30, 35, 40, quarenta e poucos anos são, pelo que li recentemente, o equivalente arquitetônico dos bebês. E no entanto eles, nos 46 anos de Brasília, se desmancham por pura falta de cuidado de quem deveria mantê-los. É um descuido que vejo, de forma geral, na cidade que meus pais escolheram para viver e criar seus filhos.
Nos últimos dois anos, a gente viu várias coisas acontecerem por aqui: o prédio do TJ, onde a galera do jornal almoçava direto, foi interditado por tempo ilimitado. Os vidros da catedral estão a ponto de despencar. O prédio do INSS pegou fogo não faz nem seis meses. O palácio da Alvorada passou por uma reforma longuíssima porque até dia desses ele estava um horror.
Uma pessoa de 46 anos, hoje, não é sinônimo de pessoa caída.
Uma cidade de 46 precisa ser assim?
(OBS.: estava há um tempão para escrever esse texto, mas ele tomou um rumo totalmente diferente do que eu tinha imaginado. Depois faço outros abordando tópicos que não apareceram aqui. Ah, sim, eu gosto muito de viver nessa cidade).
Estatísticas
quarta-feira, abril 19, 2006
Postal
"Mari, muitas saudades
Você iria gostar de Valpa. A cidade é a sua cara.
Beijos, pai"
Olhei a parte da frente do cartão: Valparaiso, Chile, que pela foto realmente deve ser uma gracinha.
Uai, não foi pra lá que ele viajou agora, pensei. Até que olhei para a data de postagem do selo: 23 de abril de 2003.
Isso me fez pensar no que pode ter acontecido com o postal para chegar quase três anos depois – a data do selo, por sinal, é a do meu niver (tá chegando!).
Obviamente os correios perderam a carta. Tenho certeza de que ele ficou esse tempo todo escondido atrás de uma mesa (já perdi várias coisas assim), até ser resgatado por uma faxineira que estava fazendo uma grande limpa no local. O que me intriga é pensar como.
Vai que, na hora de separar as correspondências nacionais das internacionais, havia tanta coisa em cima da mesa do funcionário que o meu postal foi simplesmente parar onde parou.
Vai que a funcionária separadora de cartas também se chamava Mariana e tinha vontade de, uma vez na vida, receber um cartão postal do próprio pai. Assim, guardou o cartão como uma lembrança saudosa, até que se deu conta de que aquilo não lhe pertencia realmente.
Vai que, na hora de separar o material, a funcionária recebeu a visita de seu amante e eles fizeram sexo tórrido na mesa, por cima de uma pilha de cartas, fazendo várias delas voar pelo chão (inclusive a minha, que foi para trás do móvel).
Alguém tem mais alguma idéia de como o meu postal ficou no limbo dos correios chilenos esse tempo todo? Mande um comentário...
Caravana rolidei
Não conheço o Pedro pessoalmente, mas o leio pra caramba, de modo que estou assim, algo imodesta desde que soube da menção (hahahahaha, sou muito jeca mesmo).
Clique aqui para ler o comentário :-)
segunda-feira, abril 17, 2006
Scary movie
Uma coisa me deixou curiosa: certas imagens, fora de contexto, são apenas imagens. Uma escada encostada na parede, uma mulher antiga se penteando no espelho ou um farol são somente o que são – até que uma história qualquer empreste outro significado a eles.
Me deu medo, muito medo. Antes disso, só Bruxa de Blair (o 1, claro) tinha assustado tanto assim. Em compensação, O Iluminado, meu scary movie preferido, me pega por outros elementos – não pelos corredores banhados de sangue, mas pelas interpretações perfeitas e pela história, dessas bem amarradas do começo ao fim.
O tal vídeo me deu um senhor susto. Pelo menos os minutos na esteira passaram mais rápido.
sexta-feira, abril 14, 2006
Reabrindo a casa
create your own visited countries map
Sensacional esse mapa mundi que mostra os países onde a gente já esteve (clique acima para fazer o seu). Me deu ânimo de entrar aqui de novo, depois de mais de um mês sem nem dar sinal de vida.
Andei até pensando em implodir esse blog, já que a maior parte da minha energia criativa está voltada para o novo trabalho – que é um superxuxuzinho, mas me deixa sem muita vontade de escrever coisas depois que termino. Continuo observando a vida, buscando diálogos e histórias malucas no meio da rua, mas tá dando uma preguiiiiiiiiiiiiiiiça de botar tudo no papel (ops, no blog).
Amanhã eu mando mais um texto. Possivelmente, uma matéria. Beijos a todos.
quarta-feira, março 08, 2006
Mais uma da série
- Eu, particularmente, acho essa Ná Ozzetti muito chata.
(E eu fiquei me perguntando: por que diabos alguém vai ao show de alguém que considera chato? Seria uma atitude dessas típicas de começo de namoro? O cara ficou com pena ou ciúme de a mina ir sozinha?)
domingo, março 05, 2006
O demolidor
Dizem que Bin Laden vive em algum lugar na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. Mas eu e alguns brothers o vimos em um fim de mundo chamado Praia da Redinha, em Rio Grande do Norte...
terça-feira, fevereiro 28, 2006
As três moças
Elas sentam bem bonitinhas num banco de concreto. Uma pergunta à outra:
- E você, já beijou?
- Eu não.
- Nem selinho?
- Nem selinho.
- Então você é BV.
Confesso que me senti uma velha.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Che!
É isso mesmo que você está vendo: uma imagem de Che Guevara junto a um anúncio de disk parabrisas. Não é montagem, não é um stencil grafite aplicado sobre o texto. O dono do serviço, ou o brilhante publicitário que trabalha para ele, teve a idéia de juntar um e outro e sair fazendo outdoors por Brasília (naquela pista da rodoferroviária / Cruzeiro tem um) e vasos de planta espalhados pelo Parque da Cidade. Foi lá, aliás, que tirei essa foto.
Essa propaganda vale ou não vale por uma aula gratuita de pós-modernismo? Pelo menos vale para me fazer lembrar das aulas de estética e cultura de massa lá da faculdade. Será que eu consigo me recordar de tudo só para escrever esse post?
Senão vejamos: essa imagem de Che é algo clássico. Foi tirada, se não me falha a memória (li um texto em que o fotógrafo Alberto Korda explicava como essa foto foi feita), durante um discurso em Cuba, agora não vou me lembrar quando. O revolucionário rapaz estava assim, olhando para o nada, o lambe-lambe foi lá e fez. O olhar distante do jovem socialista ficou, assim, eternizado em um clique, representando todos os sonhos e supostas antevisões de uma geração. O ano era 1960 e a foto não foi publicada até a morte de Che, tempos depois.
Mas, desde então, os ideais socialistas e todos os outros morreram. É o fim da reverência a quase todos os símbolos (humanos ou não, sagrados ou não). Nesse meio tempo, também aconteceu de os meios de reprodução em massa se aprimoraram incrivelmente. A carinha de Che serviu, então, para vender cerveja, vodka, relógios e roupas para uma geração pouco dotada de qualquer tipo de ideologia. Pós-modernismo tem dessas coisas. O indivíduo deixa de ser objeto de adoração e passa a ser um carimbo, ou algo assim.
E agora Che serve também para vender pára-brisas.
Pode ser que simplesmente o dono seja um fã de Che Guevara e creia que la revolución não foi em vão. Mas eu gosto de pensar que uma simples propaganda possa ter tantos significados por trás.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Preciso de um desses...
da Ansa, em Londres
Cientistas britânicos estão desenvolvendo um remédio sem cafeína para reduzir a necessidade de sono para duas horas diárias -- segundo eles, os testes já realizados deram bons resultados.
Até hoje, os únicos produtos disponíveis no mercado são à base de cafeína. De acordo com a revista "New Scientist", o objetivo dos pesquisadores é limitar a necessidade de sono a duas horas por dia, sem que isso afete o rendimento das pessoas.
Os responsáveis pelo projeto esperam obter mais informações sobre o funcionamento do "relógio biológico humano" nos próximos anos, o que aumentará suas chances de desenvolver remédios para superar completamente a necessidade de sono, até mesmo por vários dias.
Bono, o sertanejo
– Olha esse chapeuzinho. Olha esse cabelo com mullets. Olha esses óculos. Esse Bono é horroroso.
– Mas ele tem atitude fashion, mãe. Ele pode ser horrível, mas convence a milhões de pessoas de que ele é lindo e maravilhoso.
– A mim ele não convence. Parece um sertanejo com esse chapéu.
Mami, dona de uma franqueza infinita, prefere o Steven Tyler, vocalista do Aerosmith.
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Albergue Lua Cheia
Digam aí se não é tchutchuquinho esse albergue... eu colocaria um pouco mais de redes nesse pátio, mas de resto, tudo lindo :-)
Vida de Elmo
Essa coisinha fofinha e peluda de meu deuzi é o Elmo, com quem esbarrei lá no Albergue Lua Cheia, em Natal. Recomendo para todo mundo: o lugar é bem localizado, lindo, imitando um castelo medieval, há quartos individuais e coletivos, o atendimento é bacana e os preços são OK. E de brinde, ainda tem a companhia desse labrador fantástico, vendiiiiiido que só :-) Toda vez que ele percebia que alguém vinha para fazer carinho, ele já se colocava numa posição que facilitasse as coisas. Safado!
É um labrador que vive vida de vira-lata, porque ele passava o dia inteiro circulando por aí (leia-se Ponta Negra). Um belo dia, cheguei de um passeio e perguntei pelo Elmo às sisters da recepção. A resposta foi: "ixi, foi visto essa tarde passeando pela praia, carregando um coco na boca". Sensacional.
Matrix
terça-feira, fevereiro 14, 2006
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
domingo, fevereiro 12, 2006
Trapo humano
Duas coisas me chamaram a atenção no desfile da Zapping na São Paulo Fashion Week: a primeira delas foi o cenário, que dá para ver razoavelmente na foto acima. Para quem não conhece, encheram uma parede com aqueles cartazes de shows que existem aos montes por São Paulo (adoro, acho a cara da cidade). Amo essa cara de pop arte (vejam as bananas ali atrás, tipo Andy Warhol naquele disco do Velvet Underground), as fontes que normalmente são usadas para o texto e a mistura de cores. É algo que antecipa a coleção que virá vestindo os modelos – a Zapping é uma grife essencialmente urbana, jovem e pop. Suas peças de outono e inverno, portanto, seguem essa linha.
O que também me cativou foi a música com a qual os rapazes e moças ressurgiram na passarela quando o desfile acabou. Chama-se This charming man e é uma das melhores do The Smiths. Em um de seus versos, a música diz "I could go out tonight, but I haven't got a stitch to wear". Algo mais ou menos assim: eu queria sair hoje à noite, mas não tenho nenhum mísero trapinho para vestir (pobre Morrisey, ohhh). Como não curti a coleção e não tenho rabo preso com ninguém, posso dizer à vontade que Thaís Losso (estilista da Zapping) levou a frase às últimas conseqüências.
Os looks usam muitas sobreposições – claro, é inverno. Blusinha com camisa com casaco; camisa com suéter com colete; saia com calça e por aí vai. Mas como é que se sobrepõe tudo quando as peças são mirradas do jeito que são, e quando as pessoas que vão vesti-las têm tamanho e forma de gente normal? Para piorar, as calças jeans estão cada vez mais baixas, o que definitivamente só fica bem em meninas... bem, não é caso de ninguém se preocupar, né? Afinal, uma ínfima parte das mulheres brasileiras tem coxas grossas, bumbum grande e quadris redondos. Justésimas, as calças vieram com uma espécie de fru-fru em cores fluorescentes marcando as barras.
Para ninguém dizer que eu sou uma comentarista ranzinza, vou ressaltar que amei os sapatos. Ah!!! Mas eles não são da Zapping. São da Schutz, que se não me engano são gaúchos.
Pois é, caros amigos: se alguém aí reclama que quer sair à noite, mas não tem um trapo sequer para vestir, melhor nem procurar uma das lojas da marca. Vai continuar sem roupa mesmo...
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Ode e retorno
Resolvi escrever esse texto em homenagem ao meu ex-chefe para ver se ele pára de me mandar e-mails dizendo que não agüenta mais entrar neste blog e só ler posts velhos. Taí, cara. Tô de volta à casa.
Taí, meu povo. Cheguei. :-)
terça-feira, janeiro 31, 2006
Depois de mais vários dias sem nem olhar para o computador, voltei pra contar as novidades. Ao fim de três dias e meio em São Miguel do Gostoso (RN), vim para Natal curtir o agito.
Gostoso é literalmente uma delícia, todos (me refiro somente a vocês, leitores VIPs deste blog) deveriam vir antes que o lugar vire moda – e fique infestado de resorts carésimos, tiozões abusados, vendedores ambulantes a rodo, carros com o som ligado no último volume e prostitutas mukissas.
Mas eu estava sentindo falta de um pouco de agito, já que lá tem basicamente casais e famílias com crianças (viajei sozinha). Vim para um albergue aqui em Natal e foi tudo de bom. É uma construção em formato de castelo medieval, o lugar é superconfortável e tem gente boa do Brasil e do mundo inteiro. Como lá não tem TV, nem internet, e a oferta de passeios para todos os lugares é grande, acabei ficando mais uns dias sem dar notícias.
Já passeei duas vezes de buggy pelas dunas (com emoção), mergulhei com os robalos & outros peixes, conheci Tibau do Sul / Praia do Amor /Pipa e fiz um monte de coisas legais, como aerobunda (finalmente!!!!). Assim que eu voltar para Brasília eu vou colocar umas fotinhos aqui.
Hoje de manhã, alguns dos melhores amigos que fiz aqui foram embora para suas respectivas cidades. Fomos para a praia aproveitar o mar e nos despedirmos (rolou um certo banzo). Agora acabei de almoçar num rodízio de camarões e vim para o cibercafé aproveitar para pegar um ar condicionado e fazer a digestão, já que o sol lá fora está de rachar.
Beijos a todos e até a volta,
Mari
terça-feira, janeiro 24, 2006
Hum!
O mar daqui não é azul como nas fotos dos folhetos turísticos (nunca é, né? Esses polarizadores são a melhor coisa já inventada para fazer imagens desse tipo), mas é limpo e calminho, do jeito que eu sonhei. Está sendo muito bom. Em fevereiro eu volto, isso se não me der uma louca e eu não virar dona de pousada, DJ de trance, artesã ou qualquer outra atividade que as pessoas inventam quando gostam de um lugar e não querem mais ir embora.
Beijão a todos, Mari
domingo, janeiro 22, 2006
De volta ao cerrado
quarta-feira, janeiro 18, 2006
A princesa rock and roll
É a sua criação mais bela porque também é a mais minimalista. E a mais feminina. Suas misturas estranhas de cores e estampas, que eram vistas em desfiles anteriores, deram vez a um conjunto muito mais limpo. A começar pela cartela de cores: preto, muito preto, e cinza escuro, abriram o show. Depois, vieram acompanhando peças em verde claro, rosa-pêssego, um roxo meio pálido. Mas tudo muito discreto. O máximo de exagero a que Herchcovitch se permitiu, dessa vez, foram algumas peças em duas cores (verde e rosa-pêssego, por exemplo). As estampas foram pouquíssimas e passavam longe dos quadriculados over de coleções anteriores.
As modelagens amplas, uma característica do estilista, não poderiam faltar. Tecidos molinhos deram forma e movimento a blusas e saias, que compunham looks com calças e casacos de brim e lã. As calças eram bem sequinhas, mas não apertadíssimas – uma marca do estilista, que em outras ocasiões disse achar a moda brasileira "justa demais".
A contraposição de tecidos leves e pesados, de cores claras e escuras, veste uma mulher que tem forte influência da Idade Média (daí a decoração com brasões no cenário). Golas altas, cinturas marcadas no lugar certo (quase nada de saint-tropez), mangas bufantes e amarrações delicadas fazem parte do conjunto. Surpreendentemente, tudo também tem um toque meio gótico, que faz lembrar o rock dos anos 80 – lembrem-se, época em que a gente também viu quase tudo isso nas roupas. As calças no estilo montaria, usadas pelas mocinhas por baixo das saias, vestirá as mulheres no próximo inverno. Nos pés, para amenizar o frio, botas – usadas sempre, com saia ou por cima das calças. No máximo, um sapatinho fechado.
Adivinhem onde??
segunda-feira, janeiro 16, 2006
De volta a Quem somos nós?
A argumentação dos especialistas do filme até que faz sentido – ajudaria muito se os nomes e especialidades dos ditos cujos fosse mostrada no começo da película, e não no final, como foi feito. A correlação entre bioquímica e emoções (não estou nem falando de física quântica) é algo amplamente estudado pela ciência convencional. Até eu saí do filme dizendo que dá vontade de experimentar e ver se dá certo, embora sabendo que é impossível agir assim sempre.
Só que achei o filme tosco assim mesmo. As atuações são horrorosas e os efeitos especiais, uma droga, apesar de feitos com aparente capricho. A forma, nesse caso, não ajudou muito a suavizar a minha avaliação sobre o conteúdo do filme.
Não tem jeito: as teses que costumam chamar de "auto-ajuda" não falam ao meu coração. Tanto pelo que pregam, como pelo uso que foi feito delas (para incentivar a galera que vende Amway, por exemplo), me dão uma preguiça danada. É um filme que tem seu público admirador, e eu não faço parte dele. Nada pessoal, leitores! :-)
Pingüins e cia.
Bichos são bichos, ué, não levam em conta questões culturais como essa. Fêmeas protegem os seus filhotes porque sim, casais se acasalam e eventualmente se reencontram porque sim (e não porque o amor triunfou) e às vezes certos pais têm de abandonar os filhos porque num ambiente daquele a própria sobrevivência tem de vir em primeiro lugar (e não porque existe um suposto senso de família).
O engraçado – fazendo um parênteses – é que, há muito tempo, quando eu era solteira e curtia boate, eu adorava ficar observando os jogos de sedução que aconteciam entre as pessoas. É ritual de acasalamento, mesmo, não muito diferente dos que existem entre os pingüins na Antártida. E me lembrei disso quando, ainda no começo do filme, algumas fêmeas se estapeiam porque o número de machos é insuficiente para a procriação. Não ia estranhar se aparecesse alguma legenda do tipo "sai daí, piriguete, que o macho é meu!!". É hilário.
Por falar em legendas e diálogos, muita gente também criticou as falas atribuídas aos pingüins, por serem (entre outros adjetivos que li em várias matérias) "forçadas" e "descabidas". Fui ao cinema até meio desconfiada, mas no final das contas não me incomodei. Acho que é só uma alternativa à narração convencional dos documentários, sem contar que deve facilitar a vida das crianças que serão levadas pelos pais para ver o filme (tenho certeza de que os meus fariam isso). É só assistir à versão em francês que fica tudo certo.
sexta-feira, janeiro 13, 2006
Tá chegando...
quarta-feira, janeiro 11, 2006
terça-feira, janeiro 10, 2006
Bom selvagem
Fiquei impressionada. Deveria estar? Ou isso é coisa de gente antiquada?
Contagem regressiva
digo que só faltam 6 dias para as minhas férias!!!! E nos próximos dias vou continuar contando!!!
Uhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhuhu!!! :-)
sábado, janeiro 07, 2006
Homem das neves
música + clip
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Matéria dos blogs!
Se alguém ainda não tiver blog e precisar de uma dica para encontrar o melhor serviço, mande um comentário que eu posso fazer algumas sugestões, certo?
É hora de blogar
Mariana Ceratti
Da equipe do Correio
Para muita gente, janeiro tem cara de férias, viagens, diversão. Depois de passear, conhecer lugares e pessoas diferentes, que tal registrar tudo isso em um blog? Cada vez mais fáceis de construir, esses sites fizeram mais democrática a publicação (ou postagem, como se diz no jargão dos blogueiros) de textos, fotos e até vídeos na internet. São um ótimo meio de contar aos amigos, parentes e conhecidos todas as histórias que você e seus amigos — sim, os blogs podem ser elaborações coletivas — devem viver neste começo de ano.
Para atrair leitores
Incluir o seu site em um feed
Esses serviços servem para avisar outros internautas sobre atualizações que você tenha feito no seu blog. Neles, o blog ganha visibilidade ao ser incluído em listas de “atualizados recentemente”. Alguns sites de feed ainda possibilitam que outros internautas “assinem” seu blog e recebam as novidades por e-mail assim que você escrever algo novo.
Permitir que seus posts sejam enviados por e-mail
Dependendo do blog, há botões que dispensam o CTRL+C CTRL+V e facilitam a vida de quem quiser passar para frente um texto (post) que você tenha escrito.
Caprichar no português
Preste atenção à gramática, use corretamente as maiúsculas e minúsculas e não descuide da pontuação. Ao escrever “aXiM”, o máximo que você pode atrair são os seus “mIguXinHuXxX”.
Atualizar constantemente
Se outros internautas entram em seu blog constantemente e nunca vêem um novo texto ou foto, a tendência é que eles deixem de visitar a página. O ideal é estabelecer uma periodicidade e manter-se firme nela.
Pensar no seu público-alvo
Pode ser a sua família, amigos, clientes ou interessados em um assunto que é seu objeto de pesquisa. Quando você tem essas pessoas em mente, fica mais fácil pensar em tópicos e estabelecer uma linguagem para a escrita.
Dar preferência aos textos e parágrafos curtos
Eles tornam mais fácil a leitura das páginas de internet. Isso não quer dizer que você nunca vai poder escrever textos longos.
Usar links para outros blogs
Eles também dizem bastante sobre você: quem você admira e lê
Colocar o endereço do seu blog na assinatura do e-mail
A dica é importante principalmente para quem usa o blog com fins profissionais, já que assim o destinatário poderá saber melhor quem é você.
Ser um comentarista ativo
Se você lê um blog com freqüência, deixe comentários sobre o que você achar interessante. Isso faz com que outros internautas vejam que você tem algo a dizer e funciona como um convite para que eles visitem seu blog.
Imprimir o endereço do seu blog em cartões, adesivos etc.
Para divulgar melhor seu trabalho ou criação artística, essa informação pode ser tão importante quanto seu telefone ou e-mail.
As dicas foram adaptadas do texto Divulgando seu blog, publicado por Biz Stone no site Blogger.com. Ele é autor dos livros Who let the Blogs out? e Blogging: genius strategies for instant web content
**************************************************
Os erros mais comuns
Falta de biografia (perfil) do autor
A não ser que você seja alguém famoso, a maior parte dos leitores não vai achar o suficiente simplesmente saber seu nome. Os internautas podem querer saber: você tem alguma credencial ou experiência no assunto que está comentando?
Falta de foto do autor
Uma foto é importante porque dá uma cara mais pessoal ao blog. Com a foto, as pessoas que já o encontraram antes vão reconhecê-lo pela foto, e as pessoas que leram seus textos vão saber que é você quando o encontrarem pessoalmente
Títulos que não descrevem nada
A dica vale principalmente para blogs profissionais: os usuários devem estar aptos a captar o conteúdo de um texto pelo título. Títulos escritos em CAPS LOCK também são ruins. A velocidade de leitura é reduzida em 10% e os usuários podem achar que você está gritando com eles.
Os links não dizem para onde vão
Diga aos seus leitores aonde eles estão indo e eles vão querer saber o que há na outra ponta do link. Geralmente, você deve dar informações preditivas ao longo do texto, ou nas palavras que cercam o link.
Os melhores textos desaparecem
Não deixe seus melhores textos esquecidos nos Arquivos, onde as pessoas só encontrarão algo se elas souberem quando você os publicou. Escolha alguns deles e destaque-os em um menu no seu blog.
A única forma de navegação possível é o calendário
O calendário nem sempre organiza as informações da melhor forma. Alguns blogs provêem uma forma de classificar os posts de modo que os usuários consigam fazer uma lista de todos os posts que fizeram em um deteminado tópico. Use essa categorização e os textos ficarão mais fáceis de achar.
Freqüência de publicação irregular
Para garantir uma produção constante, guarde algumas de suas idéias e escreva-as quando você estiver numa fase de pouca criatividade.
Misturar tópicos
A sugestão vale para blogs profissionais: quanto mais específico for o seu conteúdo, mais selecionados serão os leitores. Isso o torna mais influente no seu nicho. Os sites especializados comandam a web, tenha isso em mente.
Esquecer que seu futuro chefe pode ler
Quando você escrever qualquer coisa na internet, pense em como isso vai soar para um chefe que queira contratá-lo daqui a dez anos. Uma vez que certas coisas são publicadas, elas ficam arquivadas na internet, indexadas em milhares de serviços que você talvez nunca vá saber.
Ter um domínio genérico de blog
Esta também vale para quem pensa em fazer, do próprio blog, um ganha-pão: é tentador começar um blog em qualquer serviços que ofereça contas gratuitas. Mas custa R$ 30 por ano ter seu próprio nome de domínio (o registro, no Brasil, é feito pelo Comitê Gestor da Internet, no endereço www.cgi.br). À medida que sua atividade blogueira ficar mais séria e consolidada, saia de um nome de domínio que seja controlado por outrem.
As dicas foram retiradas e adaptadas do texto Weblog Usability: The Top Ten Design Mistakes, escrito por Jakob Nielsen, especialista em usabilidade na internet, e disponível na íntegra (em inglês) em http://www.useit.com/alertbox/weblogs.html
(Publicado no Correio Braziliense do dia 3 de janeiro de 2006)
quinta-feira, janeiro 05, 2006
Eu quero
iPod: Música para o Snoopy
Uma companhia japonesa chamada Runat (www.runat.co.jp) decidiu unir duas paixões: o iPod e o Snoopy. Ela preparou um kit com uma edição limitada do iPod Nano com estampas do cão e sua turma. Tem capinha, bolsa, adesivos, suporte e cordão para pendurar. São apenas mil unidades, mas à venda por enquanto somente no Japão.
Não tem ninguém indo para o Japão não?
quarta-feira, janeiro 04, 2006
É hora de blogar
Como o texto é muito grande, quem quiser pode pedi-lo que eu mando por e-mail. Assinantes do Correio Braziliense podem lê-lo aqui.
terça-feira, janeiro 03, 2006
Esqueci de dizer!
Habana blues
Melhor contar rapidamente a história, né? Vai que alguém aqui não viu o trailer. É sobre dois grandes amigos que são músicos, acabaram de lançar uma demo (Habaneando) e vêem a oportunidade de começar a trabalhar com produtores espanhóis. Surge aí uma superchance de fazer o próprio trabalho conhecido, ganhar em euros e sair do país. Largar dessa vidinha de nhaca que deve ser Cuba hoje – produtos racionados, preços altíssimos no mercado paralelo, carros que não andam direito, cidades sucateadas, nada de liberdade de imprensa, nada de internet, nada de nada, argh.
Não tem jeito, não tem como um filme feito em Cuba, sobre a situação atual do país, não ganhar contornos políticos, ainda que este seja um filme leve e divertido.
Eu fiquei torcendo muito pelos dois, mas há um ponto da história em que a gente começa a se questionar se a coisa vai valer a pena mesmo. Só o que posso adiantar é que um dos amigos começa a agir como se estivesse muito-a fim-demais de ir logo para a Europa, e que isso não é legal. Vejam o filme para descobrir o resto da história...
*************************************************
Cuba era uma das minhas possíveis opções de férias há alguns meses, e o filme me deixou com vontades antagônicas: ir agora / esperar porque não vale a pena, pelo menos não agora. Depois de assisti-lo, meu desejo era de ir para lá para descobrir essas bibocas onde se faz música boa e tudo que não seja turismo oficial. Mas a perspectiva de pagar caro por certas bobagens me desanimou deveras. Temo pelo país com Fidel, mas também não me tranqüiliza pensar o que pode acontecer com Cuba quando toda a geração da revolución morrer.
*************************************************
Aos que viram o filme: Alberto Yoel (Ruy) é ou não é uma versão cubana e melhorada de Lenny Kravitz?